No próximo dia 1º de dezembro, completa um ano que o forro da sala principal de espetáculos do Teatro Municipal Arthur Azevedo, na Mooca, cedeu durante a madrugada após grande volume de chuva e fortes ventos na região. A programação cultural não parou, mas, desde então, as atrações ficaram restritas a públicos menores no saguão, na sala multiuso e em parte do palco. A previsão da Secretaria Municipal de Cultura era que o teatro voltaria à capacidade total neste segundo semestre, mas o ano está chegando ao fim e o problema não foi sanado. O desabamento do teto aconteceu pouco mais de três anos após o teatro ser reaberto em agosto de 2015.
Inaugurado em 1952, o Teatro Arthur Azevedo foi fechado às pressas em setembro de 2011. O prédio apresentava graves falhas estruturais, como infiltrações que colocavam em risco os funcionários, público, atores e demais membros das companhias teatrais. Espetáculos chegaram a ser interrompidos por causa de goteiras atingindo pessoas na plateia.
A reforma começou em julho do ano seguinte e contemplava, entre outras melhorias, a troca total do telhado. O projeto foi idealizado por uma arquiteta da Secretaria Municipal de Cultura e realizado pela construtora Engetal. A obra estava orçada inicialmente em R$ 5,4 milhões e de acordo com o divulgado pela Prefeitura na reinauguração, o investimento final foi de R$ 7,8 milhões.
Questionada novamente sobre a questão, a Secretaria Municipal de Cultura informou que, no início deste ano, a empresa que realizou as últimas obras no teatro foi acionada para corrigir pequenos vazamentos. Estudos técnicos apontaram que, com os reparos iniciais realizados, seria possível manter o teatro em funcionamento se apenas a área do palco na sala principal fosse utilizada. A plateia deveria continuar interditada. Em maio e junho, após mais chuvas, a construtora foi chamada novamente para consertar as calhas, fez reparos em trincas e colocou uma malha extra de proteção. Em outubro foi realizado o agendamento do pregão eletrônico para a manutenção completa do forro – obra que a Secretaria espera que vai sanar definitivamente o problema.