Instalada há cerca de um ano na rua Sapucaia, em frente ao número 934, na Mooca, a estação do programa municipal de compartilhamento de bicicleta – Bike Sampa – está desativada há cerca de três meses. Segundo a vizinhança, além do equipamento ter sido implantado sem consulta prévia à população local, agora permanece sem bicicletas.
“Simplesmente vieram e instalaram. No início as bicicletas estavam estacionadas, mas depois recolheram e deixaram montada essa estrutura de quase 16 metros de extensão, o que atrapalha bastante”, comentou o porteiro do prédio localizado em frente à estação das bikes.
Outra queixa é quanto ao ponto escolhido. “Por causa desse espaço reservado para bicicletas, uma ambulância não consegue encostar caso alguém do prédio precise de socorro. Outro problema é que fica bem do lado do hidrante de água e se acontecer algum incêndio, o Corpo de Bombeiros não consegue parar e acioná-lo. Não pensaram nessas consequências”, comentou o aposentado e morador da rua Sapucaia, Jorge Amaro, que também citou a dificuldade de encontrar vagas para os motoristas estacionarem na via. “Quando alguém vem me visitar, sofre para achar lugar para parar o carro. Esse local de bicicletas pegou o espaço de pelo menos quatro veículos”, completou.
Questionada, a Secretaria de Mobilidade e Transportes (SMT) informou que um novo sistema de compartilhamento de bicicletas passou a vigorar na cidade no dia 30 de janeiro deste ano. Foi esclarecido que o sistema é patrocinado pelo Itaú e será operado pela empresa Tembici. A intenção é que na primeira fase sejam implantadas 25 estações, com 250 bicicletas distribuídas em pontos estratégicos da cidade. A implantação completa do sistema na cidade está prevista para ocorrer até o final deste semestre, com a instalação de 260 estações e 2.600 bikes.
Sobre as antigas estações, foi ressaltado que as mesmas encontram-se em processo de substituição, atualização ou mudança de local por parte da operadora, sendo que qualquer alteração deve ser submetida antes à apreciação da prefeitura regional local e a estudos técnicos da CET. Em relação à estação da rua Sapucaia, nada foi esclarecido.
A Folha também procurou a Prefeitura Regional Mooca e aguarda um posicionamento. (Gerson Rodrigues)