Desde a inauguração da estação Vila Prudente da Linha 2-Verde do metrô e o início das obras da Linha 15-Prata do monotrilho – sete anos atrás, os transeuntes sofrem para fazerem a travessia da avenida Anhaia Mello no trecho. Neste período, as faixas para pedestres já sofreram sucessivas mudanças de locais, os semáforos não atendem o tempo necessário para cruzar a Anhaia Mello e o fluxo de pessoas e veículos aumentou consideravelmente por causa das paradas de metrô e monotrilho.
O projeto de passarela estava previsto desde a construção da Linha 2 e inicialmente seria subterrâneo, mas foi abortado por causa do córrego da Mooca sob a Anhaia Mello, pois exigiria que a passagem fosse mais profunda que o programado e encareceria demais a obra. Nesse meio tempo, o Governo do Estado anunciou o monotrilho, o que provocou a demolição do antigo terminal de ônibus existente no trecho e a alteração do próprio traçado da avenida. Assim, a construção da passarela sobre a Anhaia Mello ficou para depois.
“Esse trecho não pode ficar sem uma passagem segura para auxiliar os pedestres. Está muito perigoso”, comenta o advogado Osmar Lemes dos Santos, morador das imediações. “Pelo cruzamento com a Ibitirama é impossível fazer a travessias dos dois sentidos de uma só vez. Só se for correndo. Senão tem que fazer em dois tempos e os semáforos demoram”, comenta. “Por causa disso, estou atravessando no cruzamento da rua Itamumbuca e da rua Dr. Roberto Feijó, mas nos horários de pico, acumula uma multidão que se tromba no meio da avenida. A passarela é fundamental”, reforça.
O aposentado João Quirino, que também faz a travessia da Anhaia Mello com frequência, acha a situação um absurdo. “O poder público é insensível. Não se preocupa com a segurança e o bem estar da população. Nesse período de obras no trecho, já fomos jogados de um lado para o outro, tivemos que passar em meio a tapumes, com o risco de escorrer na areia da obra, cair nas calçadas esburacadas. E essa promessa da passarela sempre fica para depois”, reclama.
Atualmente a Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô está construindo os três terminais de ônibus que serão integrados com as estações existentes no trecho. O maior, chamado de Central, fica sob a parada do monotrilho, e os outros dois, Norte e Sul, estão nos dois lados da Anhaia Mello. Após a conclusão das obras, serão entregues para operação da São Paulo Transportes (SPtrans) da Prefeitura.
Questionado pela FolhaVP sobre os prazos, o Metrô informou que a estimativa para a entrega dos três terminais está mantida para o final de 2017, bem como a passarela para pedestres sobre a Anhaia Mello. (Kátia Leite)