Clássico “Morte em Veneza” em temporada no Arthur Azevedo

Está em cartaz no Teatro Arthur Azevedo, na Mooca, o espetáculo “Morte em Veneza”, um dos grandes clássicos do século XX, de autoria de Thomas Mann (Prêmio Nobel de Literatura). A nova temporada em São Paulo segue até o dia 26, com ingressos a preço popular.

O protagonista é interpretado mais uma vez por Roberto Cordovani. O primeiro convite surgiu após atuar como o vilão escravagista na novela Novo Mundo (2017 – 2020), da Rede Globo. O diretor geral do núcleo da TV Globo na época, Vinicius Coimbra, comandou a montagem da peça até então inédita na América Latina.

A história se passa em 1912, quando o escritor alemão Gustav Von Aschenbach é tomado por “um desassossego” e parte de férias para Veneza. Ao chegar à cidade italiana, hospeda-se em um luxuoso hotel à beira-mar. É aí que conhece o jovem Tadzio. Fascinado pela perfeição estética do jovem, o escritor sucumbe a uma paixão platônica que o levará à ruína.

Combinando reminiscências da cultura grega com a ideia de decadência que dominava a Europa às vésperas da Primeira Guerra, Thomas Mann condensa em “Morte em Veneza” questões como: o artístico e o natural, a luta contra a passagem do tempo, a decadência do corpo e a doença como metáfora de um mundo em agonia.

Sessões sextas e sábados às 20h e domingos às 18h (neste domingo, dia 6, não haverá espetáculo por causa do primeiro turno das eleições). Ingresso R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia) à venda pela plataforma Sympla ou na bilheteria no teatro (1 hora antes da sessão).

Teatro Arthur Azevedo: avenida Paes de Barros, 955, Mooca.

 

 

 

Legislativo: conheça candidatos da região

Neste domingo, dia 6, também serão escolhidos os 55 representantes da Câmara Municipal de São Paulo. Por três edições seguidas, a Folha convidou os(as) candidatos(as) da região para enviarem um breve perfil – o prazo foi encerrado em 25 de setembro (leia mais no Editorial desta semana).

Seguem abaixo os textos encaminhados pelos(as) candidatos(as) ou seus assessores. A Folha se limitou a fazer ajustes para que todos tenham o mesmo espaço. A sugestão é que, após a leitura, o eleitor e eleitora busque mais sobre a história de cada um e as propostas.

Adriano Diogo
Candidato pelo PT. Nasceu em 1949 na Mooca. Geólogo formado pela USP. No período da ditadura foi sequestrado e torturado pelo DOI-Codi de São Paulo, em 1973. Como geólogo, trabalhou no DAEE, na Cetesb, na Sabesp e com hidrogeologia em San Juan, na Argentina. Participou da criação do PT em 1980. Eleito pela primeira vez em 1988, exerceu quatro mandatos de vereador da cidade de São Paulo, trabalhando especialmente nas áreas do meio ambiente, da saúde pública, educação, moradia popular e regiões periféricas. Foi Secretário Municipal do Verde e Meio Ambiente em São Paulo (2003-2004). Também foi eleito três vezes Deputado Estadual (2003 a 2015). Presidiu a Comissão da Verdade do Estado de São Paulo Rubens Paiva (2012-2015), a primeira desse tipo instituída no Brasil. Coordenou o Setorial de Direitos Humanos do PT de 2017 a 2021.

Caio Luz
Candidato pelo MDB. Ferroviário, tem 35 anos, é casado e pai de dois filhos. Entre 2020 e 2021 foi subprefeito da Vila Prudente e mesmo diante dos piores momentos da pandemia, combateu o descarte irregular de lixo, comandou o maior investimento em acessibilidade de calçadas, e usando tecnologia minimizou os efeitos das enchentes. Também foi subprefeito de Ipiranga e Lapa e secretário de Mobilidade em Mogi das Cruzes. A experiência ensinou que grandes obras mudam a cidade, mas são as pequenas que transformam a vida das pessoas, por isso, crê na mobilidade como agente de transformação. Apresentou ao prefeito seu estudo para ampliação da tarifa zero de ônibus para a sexta-feira à noite, ampliando o acesso ao que a cidade oferece, promovendo economia aos munícipes e incentivando o comércio. Veja mais sobre as propostas em caioluz.com.br.

Claudio Fonseca
Candidato pelo PCdoB. Professor de Ciências Físicas e Matemática, lecionando nas redes públicas. Iniciou sua atividade política no movimento estudantil e desde então, luta ao lado dos profissionais da educação em defesa de seus direitos e da escola pública laica e de qualidade. Atualmente, é presidente licenciado do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (SINPEEM). Foi vereador por três mandatos na Câmara Municipal de São Paulo. É autor de leis, projetos de lei, emendas parlamentares, ações e campanhas que abordam temas como educação, trabalho, defesa dos serviços e servidores públicos, saúde, mulheres, combate ao racismo, LGBTQIA+, bairros e zeladoria, equipamentos e espaços públicos, arte e cultura e a luta central por uma sociedade com democracia, direitos e igualdade social.


Danilo Bifone

Candidato pelo PDT. Nasceu na Mooca, é advogado formado pela USP, servidor do Ministério Público Federal e conselheiro do CADES. Inconformado com ausência de verde na cidade, passou a plantar árvores voluntariamente, com recurso próprio e seguindo a legislação. É fundador do Muda Mooca, grupo que há mais de 20 anos promove o plantio de árvores e a transformação de espaços públicos, iniciativa que se expandiu para outros bairros e que já plantou mais de 30 mil árvores. Foi responsável pela criação da Praça Daniel Bifone, na Mooca, onde antes era local de descarte de lixo e entulho. Como vereador, pretende continuar o trabalho em defesa do meio ambiente, da mobilidade urbana e da causa animal, lutando pela ampliação de áreas verdes, criação de ciclovias e educação em tempo integral, além de melhorar a segurança da região.

Edir Sales

Candidata pelo PSD. Professora, advogada, radialista e vereadora eleita pelo quarto mandato consecutivo, sempre com grande atuação na Zona Leste, em especial na região da Vila Prudente. Sua carreira parlamentar também inclui dois mandatos como deputada estadual, período em que lutou pelo metrô para a Vila Prudente e, mais tarde, para a implantação da Linha 15 – Prata até São Mateus. Também se dedicou para conseguir a retomada das obras do Hospital de Vila Alpina e Hospital do Sapopemba e, recentemente, para trazer a UPA 24 horas para a região. Defende muitas bandeiras. Em 2024, foi reeleita Presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte e também tem se dedicado a áreas como Saúde, Infraestrutura, Causas Sociais, Direito das Mulheres e Defesa dos Animais, inclusive com a destinação de recursos de Emenda Parlamentar.


Evando Reis
Candidato pelo PDT. Engenheiro eletricista com pós-graduação em Meio Ambiente, ex-subprefeito da Mooca e defensor da Zona Leste. Tem 40 anos de experiência na Gestão Pública. Pretende devolver tudo que aprendeu para a cidade através da prestação de serviços comprometida e eficiente. Não usa dinheiro público na campanha, afirma ser o “1° Vereador Custo Zero da Cidade de São Paulo”. Promete cortar gastos desnecessários, criar um Gabinete Virtual e direcionar recursos para Saúde, Educação, Esportes e Cultura. Também luta por energia estável, cobrando a regulamentação dos postes usados pelas empresas de energia, gerando receita para a cidade. Propõe ônibus grátis para estudantes e trabalhadores de baixa renda, promovendo inclusão e mobilidade e garantindo que os que mais precisam tenham acesso a oportunidades.

Fernando Manso
Candidato pelo PRD. É líder comunitário e ativista da Zona Leste. Com um histórico de atuação em prol da comunidade, busca agora ampliar sua representatividade e levar suas lutas para a Câmara Municipal de São Paulo. Destaca sua trajetória de apoio a ações sociais e a incansável defesa da saúde pública, com foco na melhoria das UBS’s e AMA’s da região. É membro do Conselho Participativo Municipal e do Conselho Comunitário de Segurança Vila Prudente como vice-presidente, buscando sempre soluções para os problemas da região. Recentemente foi homenageado na Câmara Municipal com a medalha comemorativa dos 75 anos do Retorno dos Pracinhas, um reconhecimento que reforça seu compromisso com a cidade e seus cidadãos. Como vereador o objetivo é ampliar o trabalho que já realiza em prol da região e da cidade.

Guilherme Brito
Candidato pelo PSDB. É graduado em administração e gestão pública, pós-graduado em gestão de negócios. Foi subprefeito da Mooca e de Vila Prudente, coordenador de Administração e Finanças da Subprefeitura de Vila Mariana, chefe de gabinete da Subprefeitura de Sapopemba e diretor adjunto da Companhia Paulista de Obras e Serviços. Na Secretaria de Estado da Cultura, foi diretor da antiga Diretoria de Artes e Ciências Humanas, e assessor parlamentar. Também foi assessor parlamentar da Secretaria de Estado da Educação, coordenador do Projeto Avança Brasil junto à Presidência da República e coordenador do programa Fábricas de Cultura junto ao BID. Foi membro do Condephaat, Conselho da Fundação do Patrimônio Energético, Conselho da Fundação CERET, Conselho Estadual de Turismo e Conselho Estadual de Juventude.

Ricardo Teixeira
Candidato pelo UNIÃO. Engenheiro formado pela FEI – Faculdade de Engenharia Industrial. Com quase 50 anos de experiência na Administração Pública foi responsável por programas para a redução de acidentes de trânsito e pela criação da Faixa Azul para motos. Também foi responsável pelo maior programa de recapeamento da cidade de São Paulo, iniciado no Governo Serra, e permanece na luta pelo recapeamento das ruas e avenidas dos bairros. Foi um dos criadores da Operação Cata-Bagulho, que ainda funciona. Realizou um dos maiores programas de plantio de árvores e acabou com a taxa da CONTROLAR. A parceria com o eleitor faz parte do mandato e todos os projetos de lei são sugestões de moradores. Em 2017 foi eleito o 5° vereador do Brasil com mais projetos apresentados.

Toninho Vespoli
Candidato pelo PSOL. Nascido no Parque São Lucas, é filho de imigrantes italianos e mora na Vila Industrial. Desde a juventude foi militante da Pastoral de Fé e Compromisso Social e engajou-se em movimentos voltados à melhoria da saúde e contra enchentes. Antes de ingressar na política, lecionou Matemática na rede pública municipal e estadual. Fez história ao se tornar o primeiro vereador eleito pelo PSOL em São Paulo. Foi relator do Plano Municipal de Educação, que garante à cidade um dos currículos mais modernos e completos do país. Já no terceiro mandato na Câmara Municipal, este ano foi chamado para ser coordenador político da campanha de Guilherme Boulos à Prefeitura. É um dos vereadores que mais destinam emendas para a saúde, como divulgou o Estadão, especialmente para unidades de Vila Prudente, São Lucas e Sapopemba.

Vanilda Anunciação
Candidata pelo PT. Mãe, jornalista, militante dos movimentos sociais e populares. Conhece bem a Câmara Municipal, pois foi chefe de gabinete da vereadora Juliana Cardoso, hoje deputada federal. Foi também chefe de gabinete da Subprefeitura de São Mateus. Suas principais atuações são na defesa dos direitos das mulheres e da infância, além da luta pelo fortalecimento do SUS e SUAS, por mais políticas públicas de combate à violência de gênero e por educação pública de qualidade. É oriunda das Comunidades Eclesiais de Base (CEB’s) e da Pastoral da Juventude. Foi presidente da Associação de Moradores do Jardim Limoeiro (São Mateus) e educadora do MOVA. Ao lado da Juliana Cardoso está presente nas principais lutas por melhorias na Vila Prudente e São Lucas.

 

 

Obra deixa área ajardinada do Crematório esburacada

O Crematório de Vila Alpina completou 50 anos em agosto e além de ser uma das unidades funerárias mais importantes de São Paulo, os seus jardins tornaram-se espaço de passeios para a população. Por isso, nesta semana, muitos se surpreenderam ao encontrarem a área ajardinada esburacada.

“Espero que a nova administração leve em conta que é um espaço público bastante frequentado há anos, onde muitas pessoas têm histórias ligadas à entes queridos e o fato de caminhar nestes jardins traz boas lembranças e conforto”, afirma Juliana Souza, cuja avó foi cremada no local.

A Velar SP, que administra o crematório e o cemitério São Pedro desde a concessão da Prefeitura em março do ano passado, respondeu à Folha que as obras na área do crematório visam a instalação de infraestrutura de transmissão de dados (fibra ótica) interligando os estacionamentos do crematório e do cemitério. Devem ser estender ao longo de outubro. Informou ainda que “não houve remoção de árvores e as áreas afetadas, ao final dos trabalhos, serão aterradas e gramadas”. Foi ressaltado que não “há intervenção nos locais que guardam a memória de muitos que ali receberam suas últimas homenagens”.

O crematório e o cemitério terão uma interligação para carros se deslocarem de um estacionamento ao outro sem a necessidade de um novo pagamento de tarifa. Não foi informado quando começará a cobrança.

Sobre o uso dos jardins a Velar SP afirmou que “agradece àqueles que usam a área gramada do crematório para passeios, práticas esportivas e piqueniques, conferindo ao espaço um aspecto mais humano”.

Confira a situação das piscinas públicas da região

O complexo aquático do Centro Esportivo (CE) Arthur Friedenreich (foto), na Vila Prudente, já está aberto aos munícipes. Para frequentar as piscinas públicas é preciso fazer a carteirinha.  A solicitação pode ser feita pessoalmente no CE, levando uma foto 3×4, cópia do RG, cópia do CPF e cópia do comprovante de endereço. O pedido também pode ser online pelo site: sp156.prefeitura.sp.gov.br.

O horário de funcionamento das piscinas é de terça a domingo das 8h às 17h. O CE Arthur Friedenreich fica na avenida Jacinto Menezes Palhares, 148.

Mooca

O complexo aquático do Clube Esportivo Mooca segue fechado desde novembro de 2022, quando as piscinas públicas da cidade foram reabertas após a pandemia de Covid-19. A promessa inicial da Prefeitura era finalizar a reforma no ano passado.

Questionada pela Folha, a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (SEME) informou que a nova previsão de entrega é na segunda quinzena de outubro. Depois de tanto tempo de atraso, se o novo prazo for cumprido, será entre o primeiro e o segundo turno das eleições municipais.

Tatuapé

Outro enorme balneário da região, o do clube CERET, no Tatuapé, também foi fechado para reforma e os trabalhos devem começar “em algumas semanas”, de acordo com a SEME. As obras serão nos vestiários, casa de máquinas e toda a área da piscina e do deck. Não há data prevista para reabertura.

 

Metrô localiza fotos históricas da Vila Prudente

O Metrô de São Paulo completou 50 anos da primeira viagem no dia 14 de setembro. Nessas cinco décadas de operação foram transportados 33,6 bilhões de passageiros que, não raro, esquecem ou perdem itens diversos dentro das estações e vagões de trens. Com a finalidade de guardar e principalmente, tentar devolver esses objetos aos donos, desde junho de 1975, o Metrô mantém a Central de Achados de Perdidos na estação Sé. Mais de 3 milhões de artigos já foram registrados na Central e 700 mil foram devolvidos aos proprietários.

Quando a busca pelo dono dos itens não é bem sucedida, o Metrô tenta dar uma destinação ao material. Foi assim que, nesta semana, o Círculo de Trabalhadores de Vila Prudente recebeu a doação de mais de 200 fotos históricas que retratam moradores e antigos festejos, como a Volta Pedestre que era realizada nas comemorações de aniversários do bairro, com largada na rua José Zappi. Por vários meses, a equipe do Metrô tentou localizar familiares de supostos donos das fotos, mas sem sucesso na busca ativa, a Companhia optou por entregar o material ao Círculo, entidade que vai completar 85 anos e já conta com um acervo de mais de 3 mil fotos e documentos sobre a história da Vila Prudente.

O presidente do Círculo e da Folha, Newton Zadra, recebeu o vasto arquivo na última terça-feira, dia 24, das mãos do supervisor da Central de Achados e Perdidos, Mori. O assessor da Secretaria de Transportes Metropolitanos, Carlos Alberto Soares, foi o responsável por encontrar as fotos e esteve presente na entrega ao Círculo.

Zadra inclusive se reconheceu em diversas imagens e muitas outras pessoas que contribuíram para o desenvolvimento de Vila Prudente. “O Círculo está muito honrado em receber esse material, vai se somar ao nosso acervo e ajudar a manter viva a história do bairro. Parabenizo muito esse serviço do Metrô e a dedicação dos seus funcionários”, ressaltou.

Serviço
A Central de Achados e Perdidos funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 20h, na estação Sé. Recebe os itens encontrados ou entregues aos funcionários de todas as linhas do Metrô, exceto a Linha 5-Lilás que conta com uma central própria. Há muitos celulares, carteiras, óculos, livros, peças de roupas e objetos curiosos, como muletas e até cadeira de rodas. “Catalogamos tudo que chega aqui e aguardamos o dono vir procurar ou nós mesmos tentamos localizá-lo. É muito gratificante quando conseguimos devolver”, conta Mori. (Kátia Leite)

Maníaco do carro: ao menos sete ocorrências na região

Investigação em curso no 57º Distrito Policial – Parque da Mooca aponta que ao menos sete mulheres, entre 16 e 34 anos, foram agarradas por um homem nas ruas da região. A Polícia Civil já identificou o suspeito como Solirano de Araujo Sousa, de 48 anos. A Justiça decretou a prisão. Ontem, dia 19, a foto dele foi divulgada oficialmente como “procurado”.

Conforme imagens de câmeras de segurança, ele estacionava o veículo, um Fiat Uno cinza sem placas, nas vias e ficava no aguardo das vítimas, que eram seguradas e em mais de uma ocorrência, forçadas a entrar no automóvel – por isso, o caso ficou conhecido por “maníaco do carro”. Por sorte, as vítimas conseguiram se desvencilhar e fugir. Algumas contaram que ele estava com uma faca e acreditam que a intenção era o estupro.

Nas delegacias da região, existe registros de ocorrências nas ruas Antonio Gomes, Parque São Lucas; Manoel Onha, na Mooca; e avenida Sapopemba, na Vila Regente Feijó.

Em um dos casos flagrados por câmeras, a vítima estava em um ponto de ônibus quando foi abordada por volta das 17h30 da sexta -feira, dia 13, na rua Manoel Onha. No mesmo ponto de ônibus, ele tenta agarrar outra mulher às 17h50. Cinco minutos depois, houve outra tentativa de ataque na mesma rua, desta vez de uma jovem de 16 anos, que caminhava em frente à uma escola estadual. Em depoimento à polícia, contou que o homem disse que se gritasse, seria morta. Ela conseguiu escapar e saiu correndo. Em todas as ocorrências, o suspeito usava um boné vermelho e um agasalho com capuz.

O Fiat Uno foi localizado na última quarta-feira, dia 18, abandonado com as portas abertas em uma favela da região. A faca usada na abordagem das vítimas estava no carro.

Quem tiver informações sobre o paradeiro dele pode ligar para o Disque Denúncia, no número 181, sem precisar se identificar.

Conexão Henry Ford e Anhaia Mello: sem prazo

Enquanto o trânsito da Vila Prudente fica cada vez mais sobrecarregado e congestionado (leia Editorial), a Prefeitura continua sem prazo para tocar o projeto de ligação das avenidas Henry Ford e Anhaia Mello, na alça sob o viaduto Grande São Paulo. A melhoria viária é reivindicada pela Folha há quase 30 anos com o objetivo de desafogar o fluxo de veículos nas ruas Capitão Pacheco e Chaves e Dianópolis.

O final da Henry Ford é interditado por um ramal ferroviário particular que atendia os grandes galpões de fábricas na região. Com o passar dos anos foi perdendo a utilidade e atualmente recebe uma ou duas composições por dia, permanecendo ocioso por várias horas.

Desde 2003 existe parecer favorável da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) para a ligação entre as vias. Em pronunciamentos anteriores, a CET informou ainda que a ideia é manter o duplo sentido de direção na Henry Ford, de forma que a ligação possa favorecer também o motorista que trafega pela Anhaia Mello e deseja acessar a avenida.

A ligação das avenidas está inserida na Lei da Operação Urbana Consorciada Bairros do Tamanduateí, já aprovada na Câmara Municipal e sancionada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) em janeiro deste ano. No detalhamento da Operação Urbana consta que além da conexão com a avenida Anhaia Mello, está previsto outro ramal ligando a Henry Ford à rua Guamiranga. A forma de transposição prevista da ferrovia não é através de passagem de nível, mas ainda será definida na elaboração do projeto executivo.

Cobrada novamente pela Folha sobre a questão, a Prefeitura, através da SP Urbanismo, informou que a Operação Urbana Bairros do Tamanduateí, aprovada pela Lei número 18.079/2024, está em fase inicial de implantação. Foi explicado ainda que “a empresa municipal tem conduzido os procedimentos necessários para instituir o Grupo de Gestão do plano urbanístico, que será responsável por definir as prioridades de investimentos na região e estruturar o leilão de Certificados de Potencial Adicional de Construção (CEPACs) para viabilizar as intervenções públicas previstas”. Mas, não foram dadas previsões de quando todos esses trâmites devem acontecer.

Metrô implanta a operação automatizada aos finais de semana

A Linha 15-Prata de monotrilho completou 10 anos de operação no dia 30 de agosto. O mês passado também marcou o início da transição para o sistema de operação totalmente automatizado – quando não terá mais controladores dentro dos trens. Apesar dos protestos de metroviários, a Companhia defende que a medida é segura e trará benefícios como o aumento da frota em circulação.

O Metrô afirma ainda que a Linha 15 foi projetada desde o início para operar no modo UTO – Unattended Train Operation, tecnologia que permite que os trens operem de forma remota, semelhante ao modelo utilizado na Linha 4-Amarela.

Desde 18 de agosto, o modelo vem sendo adotado aos domingos. Agora, a Companhia informou que a partir deste sábado, dia 7, a operação dos trens passará a ser 100% automatizada ao longo de todos os finais de semana.

Foi destacado ainda que nesta fase, mesmo aos sábados e domingos, os operadores ainda seguem embarcados dentro dos trens. Mais adiante, a automatização será implantada nos dias úteis fora do horário de pico, até a evolução para todos os períodos.

Dez anos

De acordo com o Metrô, ao longo dessa década foram transportados 160 milhões de passageiros. No último dia 20, a linha também registrou o seu recorde de demanda, transportando 140 mil passageiros em único dia.

Atualmente o ramal tem 14,6 km de extensão e 11 estações entre a Vila Prudente e o Jardim Colonial.

 

Rua Cananéia: moradores contestam recapeamento

Na noite do último domingo, dia 1º, muitos moradores da rua Cananéia afirmam que foram surpreendidos com equipes da Prefeitura removendo o asfalto da via. O serviço causou muitos questionamentos. Parte da rua, próximo à praça do Centenário, já passou por recapeamento recentemente e estava em bom estado de conservação. O outro trecho da rua fica entre duas obras do Metrô, as construções do poço Falchi Gianini e da estação Orfanato, recebendo grande fluxo de caminhões.

“Há pouco tempo atrás a rua Cananéia passou por recapeamento, inclusive com a instalação de uma lombada após o serviço. Durante a madrugada, a Prefeitura quebrou todo o asfalto para preparar um novo recapeamento. Além de ser moradora da via, trafego por ela diariamente de carro e afirmo que não havia buracos ou mesmo ondulação para justificar essa obra agora”, escreveu Simony de Carvalho à Folha na segunda-feira, dia 2.

Outro morador da Cananéia, que pediu para não ser identificado, afirma que não foi comunicado com antecedência. “Havia vários carros parados na rua. Além disso, moro entre a rua Falchi Gianini e a futura estação Orfanato, convivemos com vários caminhões dessas obras passando pelas nossas portas, será que é o melhor momento para um recapeamento?”, questiona. “Nos últimos dias notei que até o pessoal de inspeção do Metrô estava sofrendo para achar os pontos onde inserem os aparelhos para medição do subsolo. A impressão é que a Prefeitura não comunicou nem o Metrô sobre essa remoção do asfalto”, completa.

A Folha questionou a Secretaria Municipal das Subprefeituras que informou que os trabalhos devem se estender até final do mês. Em nota afirmou que “apesar da rua Cananéia ser pavimentada, a base dela é de paralelepípedo (pavimentação em paralelepípedo/paralelo). Foram realizados estudos técnicos para atestar que as obras do metrô não vão impactar na mobilidade da via”. Apesar de já ter sido removido asfalto após a rua Falchi Gianini, no sentido da futura estação Orfanato, a Secretaria insiste “que os serviços não serão realizados nos trechos onde estão ocorrendo as obras do metrô”.

 

Começa o alteamento da rede de energia na Anhaia Mello

A previsão do Metrô é que até o final deste ano sejam iniciadas na avenida Anhaia Mello as obras do prolongamento da Linha 15-Prata de monotrilho até o Ipiranga, com a construção de mais pilares para sustentar a via elevada de trilhos. Na outra ponta, junto ao ramal da Linha 10-Turquesa da CPTM os trabalhos começaram em julho.

No caminho do monotrilho estão as enormes torres de alta tensão que atravessam a avenida Anhaia Mello. O Metrô informou à Folha nesta semana que o alteamento das linhas de transmissão de 88kV já foi iniciado pelas fundações e tem previsão de conclusão até outubro.

Após a Anhaia Mello, o novo trajeto da Linha 15 seguirá ao lado do viaduto Grande São Paulo e na sequência, em paralelo a Linha 10 da CPTM, até chegar à futura estação Ipiranga de monotrilho. As obras de construção da nova parada foram iniciadas no dia 7 deste mês.

Para o monotrilho passar ao lado do viaduto Grande São Paulo será necessário desapropriar uma faixa de casas na Favela de Vila Prudente. Na última terça-feira, dia 20, o Metrô também anunciou que está reabrindo a licitação para a construção de 60 moradias que receberão as famílias afetadas. Os imóveis serão construídos no terreno da Companhia que serviu de canteiro de obras da Linha 2-Verde, na rua Tomaz Izzo, na Quinta da Paineira. A entrega das novas propostas está agendada para 2 de setembro.

Será mais 1,8 km de trilhos até a futura estação Ipiranga, cuja meta de conclusão é em 2027. A nova parada vai facilitar o trajeto de muitos passageiros da Linha 15 que atualmente precisam desembarcar na sobrecarregada estação Vila Prudente e seguir na Linha 2-Verde até a estação Tamanduateí para acessar os trens da CPTM.  De acordo com estimativas do Metrô, a estação Ipiranga receberá 28 mil passageiros por dia.

No final deste mês, a Linha 15 completa dez anos de operação. Atualmente, tem 14,6 km de extensão e 11 estações entre Vila Prudente e Jardim Colonial. (Kátia Leite)