Hospital Público Veterinário no Tatuapé altera agendamento

Desde a terça-feira, dia 11, o Hospital Veterinário Público da Zona Leste, no Tatuapé, adotou novo modelo de atendimento para casos não emergenciais de cães e gatos. Agora, o munícipe deverá fazer o agendamento presencialmente às terças-feiras, das 14h às 16h, para atendimento na semana seguinte – mediante disponibilidade de vagas.

De acordo com a Prefeitura, a medida não afeta os casos de urgência e emergência, que continuarão sendo atendidos por ordem de chegada de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h. A unidade fica na avenida Salim Farah Maluf, esquina com rua Ulisses Cruz (lado par).

Para agendamento o tutor não precisa levar o animal, porém se houver dúvida sobre a gravidade da condição clínica, é indicado que o leve para avaliação. Tanto no dia do agendamento quanto no dia do atendimento é necessário apresentar: Registro Geral do Animal (RGA), documento constando foto e Cadastro de Pessoa Física (CPF) do tutor, além de comprovante de endereço e comprovante de cadastro em programa social, se houver. O serviço prestado é exclusivo à população de baixa renda residente na cidade de São Paulo.

Reclamações

Apesar de a Coordenadoria de Saúde e Proteção ao Animal Doméstico, da Secretaria Municipal de Saúde, afirmar que o novo modelo de agendamento foi bem-recebido pelos usuários no hospital da Zona Norte, a Folha recebeu muitas queixas sobre a mudança anunciada na unidade da Zona Leste. A maioria dos reclamantes afirma que é um retrocesso o agendamento presencial de consulta em plena era tecnológica. (Kátia Leite)

 

Árvore despenca sobre casa na Vila Ema

Durante a ventania que atingiu São Paulo na madrugada desta quinta-feira, dia 13, o tronco de uma árvore de grande porte caiu em uma residência na praça Hugo Gonçalves, nas proximidades da rua Uhland, na Vila Ema. Não houve feridos. Os moradores afirmam que a espécie já estava comprometida e a Prefeitura ignorou o problema.

A queda aconteceu por volta das 4h da madrugada e cerca de uma hora depois, uma equipe do Corpo de Bombeiros chegou ao local para iniciar o corte da espécie. De acordo com os moradores do sobrado, por sorte, a árvore ficou escorada na mureta da varanda, impedindo maiores danos ao imóvel. Quando conversaram com a Folha na tarde de ontem, faltava inspecionar o telhado.

A reclamação é que mesmo antes dos fortes ventos, a árvore apresentava problema. Em março, outra grande parte também despencou e quase atingiu um veículo. Na ocasião, segundo os moradores, a Subprefeitura de Vila Prudente afirmou que não existia necessidade de remoção A proprietária do imóvel atingido ontem, Anne Marie, contou que já havia aberto duas solicitações na Prefeitura por causa da preocupação com a espécie.

Questionada, a Subprefeitura de Vila Prudente afirmou que a queda do tronco foi causada pelas rajadas de vento atípicas, consequência de um ciclone extratropical no sul, e que através de trabalho ágil e integrado entre a Subprefeitura e o Corpo de Bombeiros, a situação foi normalizada. Foi ressaltado que não houve consequências graves e após o ocorrido, foi executada a poda de outros exemplares da praça. (Kátia Leite)

Conselho Tutelar: grande indeferimento de inscritos para eleição

Somente 256 das 2020 pessoas inscritas para as eleições nos 52 conselhos tutelares da cidade de São Paulo tiveram suas candidaturas deferidas pela Comissão Central. Com esse número não é possível realizar as eleições marcadas para 1º de outubro. Pelo regulamento, são necessários 10 inscritos por conselho. Nenhum atingiu esse número.

Essa análise preliminar, com as pendências de cada um dos inscritos, foi publicada no Diário Oficial em 3 de julho. Os pretendentes vetados poderiam regularizar as pendências com recursos até 10 de julho para nova avaliação. Todos os procedimentos têm que ser realizados de forma digital no portal da Prefeitura.

Para as cinco vagas de titular e mais cinco de suplentes ao Conselho Tutelar da Vila Prudente 43 pessoas fizeram as inscrições. Todavia, somente cinco haviam passado na análise. Na Vila Prudente até mesmo dois dos atuais conselheiros e candidatos à reeleição foram indeferidos, por questões burocráticas. No conselho da Mooca dos 37 inscritos, apenas um foi deferido.

Para além das críticas com as dificuldades em lidar com as tecnologias digitais no processo de inscrição e esbarrando em questões burocráticas, o rigor adotado para referendar as inscrições é bem-visto por militantes da temática, sobretudo quando é exigida comprovação de trabalho na defesa dos direitos da criança e do adolescente. O nó é a exigência da carta de referência de entidade do setor a ser anexada pelos candidatos.  

“A comissão central tem que ser rigorosa. Ser conselheiro tutelar é de extrema responsabilidade e por isso não há mais possibilidade de qualquer pessoa se autointitular defensor da infância e adolescência sem as devidas qualificações”, afirma o coordenador do Fórum de Defesa da Criança e do Adolescente de Vila Prudente, André dos Santos Girardo.O pleito virou disputa de interesses de fora dos movimentos da infância, pois o salário virou o grande ideal. A questão é simples: se o candidato tem as devidas qualificações para a vaga, ele não será indeferido”, acrescenta.

Também como gerente do CCA Irmã Jacinta, do Jardim Guairacá, Girardo relata que foi procurado por quatro candidatos. “Não tinham a noção do cargo, nem perfil e nem imaginavam que sou da coordenação do Fórum que vai fiscalizar e sabatinar esses candidatos. Isso é muito triste!”, comenta.

A expectativa agora é a publicação em 24 de julho da nova lista após análise dos recursos dos candidatos indeferidos. (Colaboração André Kuchar)