Prefeitura conclui polêmica ampliação do crematório

O crematório Dr. Jayme Augusto Lopes, mais conhecido como crematório de Vila Alpina, teve a sua capacidade ampliada de quatro para seis fornos. De acordo com o Serviço Funerário do Município, as obras já foram finalizadas e os novos equipamentos estão em fase de teste.

Durante os dias mais críticos da pandemia no ano passado, com o aumento de mortes na cidade por causa da Covid-19 e que exigiram maior utilização dos fornos, a vizinhança do crematório ficava assustada e preocupada com a densa fumaça avistada várias vezes ao dia saindo da chaminé. Questionado pela Folha, se a ampliação pode agravar esse problema na região, o Serviço Funerário explicou que serão instalados nos fornos antigos monitores contínuos para realizar o controle de poluentes e transmissão de pressão. Ainda segundo o órgão, os novos fornos, mais modernos, já contam com esses dispositivos de fábrica.

O Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias (SINDSEP) também está denunciando o fato de a ampliação ter ocorrido sem licitação, através de obra emergencial, apesar de ter sido iniciada após o período mais crítico da pandemia.

O Serviço Funerário do Município respondeu que o processo de aquisição dos dois novos fornos para ampliação e modernização do crematório foi iniciado em julho de 2021. De acordo com o órgão, a medida foi necessária porque além do aumento no número de mortes, causado pela Covid-19, em 26 de julho foi instituída a Cremação Social na cidade, conforme publicação da Lei 17.582/2021. A regulamentação trata da possibilidade de concessão de gratuidade dos serviços de cremação à população de baixa renda. Esclareceu ainda que o processo de aquisição dos fornos ocorreu por Dispensa de Licitação, nos termos da Lei 8.666/1993, consonante à publicação em Diário Oficial em 13 de agosto de 2021.