Parte dos moradores da Favela de Vila Prudente continua angustiada. Seus imóveis margeiam a avenida Anhaia Mello e são os que estão na mira do prolongamento da Linha 15-Prata do monotrilho, que vai ligar a estação Vila Prudente à parada Ipiranga da CPTM. Na segunda-feira, dia 7, três representantes da Associação de Amigos da Comunidade de Vila Prudente, entre eles o presidente Aparecido Augusto, estiveram em reunião com o presidente da Folha e do Círculo de Trabalhadores de Vila Prudente, Newton Zadra. A subprefeita de Vila Prudente Elisete Aparecida Mesquita e a vereadora Edir Sales (PSD) também participaram.
Tudo que se sabe por enquanto, é que serão cerca de 1.170 m² de área desapropriada na comunidade. No encontro, os representantes reforçaram o pedido para que o Metrô apresente o quanto antes o projeto do traçado e a proposta para as famílias afetadas, inclusive de possível realocação. “Precisamos dar uma resposta a essas famílias, algumas delas moram aqui há mais de 40 anos e tudo que elas têm pode ser demolido a qualquer momento”, lamentou Augusto.
Desde 2013, quando foi anunciado o prolongamento da Linha 15, moradores fazem o questionamento. A proposta ficou engavetada, mas no ano passado o Metrô retomou o projeto que será colocado em prática, possivelmente no segundo semestre de 2022, após a conclusão da área de manobras de trens em construção. Em março, a Folha recebeu a promessa do secretário de Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, de que no final daquele mesmo mês iria apresentar estudo do Metrô com impacto nos imóveis da favela, o que não aconteceu.
Ao final do encontro, através do intermédio da subprefeita, ficou agendada uma nova reunião fechada entre os representantes do Metrô e da comunidade hoje, às 10h, na Subprefeitura. (Colaboração Renato Corona)