Um dos principais nomes da dança contemporânea no Brasil e no mundo. Assim foi lembrado Ismael Ivo, após o anúncio do seu falecimento no último dia 8, aos 66 anos, mais uma vítima da Covid-19.
O famoso bailarino, coreógrafo, cenógrafo, figurinista, ator e autor esteve à frente de grandes companhias e eventos internacionais. Entre muitos cargos, foi diretor e curador da Bienal de Veneza e o primeiro estrangeiro a dirigir o Teatro Nacional Alemão. A grandeza de Ivo foi tamanha que um solo seu foi resenhado no jornal The New York Times, em 1984.
Um orgulho para a região. De origem humilde, nasceu na Vila Ema e estudou em escola pública do bairro. Fica registrada a coincidência de ter nascido num bairro fundado por imigrantes alemães e anos depois, dirigir o Teatro Nacional Alemão.
O bailarino sempre ressaltou que a mãe foi a grande incentivadora. O interesse pela dança começou ainda na adolescência e avançou na carreira através de bolsas de estudos em escolas de dança. Foi em 1983, durante uma apresentação solo, que recebeu o convite para deixar o país.
Teve carreira brilhante no exterior. Após três décadas na Europa, retornou ao Brasil em 2017 e assumiu a direção do Balé da Cidade de São Paulo. Também ocupou a vice-presidência do Conselho de Cultura do Governo do Estado de São Paulo e foi curador do Programa de Qualificação em Artes-Dança.
Como forma de homenagem, o Governo do Estado anunciou que irá implantar a SP Escola de Dança Ismael Ivo, projeto que recebia atenção do artista desde o ano passado.