O problema não é exclusivo deste período de pandemia e do aumento de mortes por causa da Covid-19. De tempos em tempos, a densa fumaça que saí da chaminé do crematório Dr. Jayme Augusto Lopes, também conhecido como crematório de Vila Alpina, provoca reclamações da vizinhança e pode ser vista à distância.
“A fumaça preta não ocorre só na pandemia. Outras vezes que liguei no crematório para questionar, alegaram que era problema em um dos fornos. Mas, nos últimos dias, temos notado que ocorre com mais frequência, inclusive várias vezes à noite”, conta um morador do Jardim Avelino, que pediu para não ser identificado. “É uma cena muito desagradável, mas a preocupação maior é com a qualidade do ar na região”, completa.
Questionado pela Folha, o Serviço Funerário do Município esclareceu que o crematório possui filtros de controle para emissão de poluentes por tratamento térmico. Mas, não justificou o motivo da fumaça preta.
De acordo com o Serviço Funerário, entre janeiro e fevereiro deste ano, a média de cremações diárias foi de 27, decorrentes de qualquer causa de morte. Antes de março finalizar, a média diária havia subido para 38 cremações.
O Serviço Funerário informou ainda que os quatros fornos permanecem funcionando normalmente 24 horas e, durante a pandemia, as cerimônias de velório na unidade estão suspensas independentemente da causa da morte.