Operação Urbana pode decidir futuro de grande terreno na Mooca


Oficialmente chamada de Operação Urbana Consorciada Bairros do Tamanduateí, a proposta de intervenção para faixas da Mooca, Vila Prudente, Ipiranga, Cambuci e Vila Carioca, que margeiam o rio Tamanduateí, está na Prefeitura desde 2002, quando foi apresentada na gestão de Marta Suplicy. Os estudos prosseguiram nas administrações seguintes, inclusive com a realização de audiências públicas na região. Desde 2016, o projeto está em tramitação em várias comissões da Câmara Municipal. Nesta semana, os vereadores decidiram levar ao plenário as discussões em torno dessas intervenções urbanas planejadas para São Paulo (veja no Editorial). Uma delas, a da Água Branca, já foi aprovada em primeira votação.

A Operação Bairros do Tamanduateí visa basicamente aproximar o trabalho da moradia, provocando intenso adensamento da área envolvida. Pela proposta da Prefeitura, os cinco bairros atingidos mais que duplicarão o número de habitantes. Paralelo ao adensamento está prevista uma série de investimentos, como a criação de áreas verdes, mais equipamentos públicos, melhoria da mobilidade urbana e aumento da oferta de cultura e lazer.  A previsão de duração, entre o começo e o término do programa, é de 30 anos. Porém, o início já está atrasado há pelo menos quatro anos.

A Prefeitura pretende custear essas prometidas melhorias justamente pela venda ao mercado imobiliário de bilhões em créditos para construir além dos limites previstos em lei.

A proposta atinge diretamente a área de 100 mil m² entre as ruas Barão de Monte Santo e Vitoantonio Del Vechio, na Mooca, que no passado serviu de depósito de combustíveis da Esso e foi contaminada. Apesar de a comunidade pleitear, com apoio da Folha, há quase duas décadas que o espaço seja transformado em parque público; a proposta que consta na Operação Urbana é que apenas metade do terreno será destinada ao verde. Para o restante estão previstas grandes torres residenciais e comerciais.

A Operação não prevê sequer um parque tradicional em parte desse terreno na Mooca. Pelo projeto restará apenas um grande canteiro, cortado por novas ruas e que é tratado pela Prefeitura como “parque inundável”, pois terá a missão de conter as cheias em dias de temporal.

Todas as vezes que houve discussão na região, inclusive com a presença de vereadores que terão a missão de votar nos próximos dias, a proposta foi alvo de muitas críticas.

Saiba mais

A Mooca é um dos bairros mais áridos de São Paulo. Enquanto a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda 12m² de área verde por habitante, na Mooca o índice está abaixo de 1m².

O terreno pleiteado para se transformar em parque foi ocupado entre 1945 a 2001, por uma distribuidora de combustíveis da Esso Brasileira de Petróleo, subsidiária da multinacional Exxon Mobil. Quando a empresa decidiu encerrar as atividades no local, como parte dos procedimentos para desativação, foi realizada a avaliação ambiental que constatou contaminação do solo e das águas subterrâneas por combustíveis líquidos e metais, entre outros contaminantes. Desde 2012, a Construtora São José é a proprietária da área. A remediação do solo se estendeu por quase 18 anos, supervisionada pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).

 

Estação Tatuapé do Metrô recebe doação de cabelos

Até 31 de setembro, a estação Tatuapé da Linha 3-Vermelha participa da campanha Setembro Dourado que visa receber mechas de cabelos. Os passageiros podem fazer as suas doações em totens coletores durante todo o horário de funcionamento do metrô, das 4h40 à 0h.

As estações Sacomã, Paraíso, Tucuruvi, Sé e Palmeiras-Barra Funda também participam da campanha. As mechas de cabelos coletadas serão transformadas em perucas pela ONG Rapunzel Solidária e entregues às crianças e adolescentes em tratamento no Instituto de Tratamento do Câncer Infantil (ITACI).

Como doar
A ONG Rapunzel aceita cabelos de qualquer cor, inclusive grisalhos ou que passaram por procedimentos químicos, como tintura. A mecha a ser doada deve ter no mínimo 20 centímetros de comprimento.

É importante informar ao cabeleireiro que fará o corte que o objetivo é a doação. O cabelo deve estar seco e precisa ser preso bem firme com elástico. Em seguida, guarde em um saco plástico a mecha ainda amarrada com o elástico.

A ONG incentiva a pessoa a tirar uma foto segurando a mecha cortada e postar nas redes sociais usando as hashtags: #rapunzelsolidaria #doeseucabelo #cabelocresce #doarfazbem #perucasdobem

Saiba mais sobre o trabalho da ONG no site: www.rapunzelsolidaria.org.br.