Coronavírus: crianças com suspeita atendidas em hospital na Mooca

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou que está monitorando três casos suspeitos de coronavírus, todos na capital paulista. São duas crianças e um adulto que, segundo as informações, estão bem, estáveis e recebendo cuidados em casa, com isolamento domiciliar.

Uma das crianças é um menino de 6 anos, que retornou da China no dia 19 de janeiro. E ontem, dia 28, começou a apresentar sintomas de tosse e febre. A outra é uma menina de 4 anos que não viajou à China, mas teve contato com o irmão mais velho e também apresentou tosse e febre. Ambas as crianças foram atendidas no Hospital Infantil Cândido Fontoura, na rua Siqueira Bueno, na Mooca. O hospital do Estado é referência no atendimento pediátrico.

O terceiro caso é um homem de 33 anos, que retornou da China no dia 20 de janeiro. Apresentou febre, tosse e dor de garganta e foi atendido em um hospital privado da capital.

De acordo com a Secretaria, os familiares estão orientados com relação às medidas necessárias para se prevenirem, como uso de máscaras, higienização das mãos e não compartilhamento de objetos de uso pessoal, bem como sobre os cuidados requeridos para os pacientes, que incluem hidratação e a permanência em casa, sem circulação por outros locais e evitando contato com outras pessoas.

A investigação dos casos é realizada pela Secretaria Municipal de Saúde. As amostras biológicas dos pacientes foram colhidas pelos hospitais onde foram atendidos e já foram para análise no Instituto Adolfo Lutz. Os resultados, assim como eventuais novos casos suspeitos ou confirmados, serão divulgados em boletins atualizados periodicamente pela Secretaria.

“Os profissionais de saúde que atuam em São Paulo estão orientados sobre esse novo vírus e a importância de nos informar rapidamente sobre qualquer caso suspeito. Nossa rede de saúde conta com serviços de referência na área de Infectologia e está preparada para atender pacientes que se enquadrem nos critérios clínicos e epidemiológicos. Seguiremos vigilantes, orientando serviços, organizações públicas e privadas, veículos de comunicação e a sociedade civil, prezando pela agilidade e transparência”, afirmou o secretário estadual da Saúde, José Henrique Germann.

É fundamental procurar o serviço de saúde mais próximo se a pessoa apresentar sintomas como febre, dificuldade para respirar, tosse ou coriza, associados aos seguintes aspectos epidemiológicos: histórico de viagem em área com circulação do vírus, contato próximo a caso suspeito ou confirmado laboratorialmente para coronavírus.

Dicas de prevenção

Até o momento, não há caso confirmado de coronavírus no Brasil. Ainda assim, de modo geral, é importante seguir os mesmos cuidados previstos na “etiqueta respiratória” adotada com relação à gripe (Influenza):

– Cobrir a boca e nariz ao tossir ou espirrar;

– Utilizar lenço descartável para higiene nasal;

– Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;

– Não compartilhar objetos de uso pessoal;

– Limpar regularmente o ambiente e mantê-lo ventilado;

– Lavar as mãos por pelo menos 20 segundos com água e sabão ou usar antisséptico de mãos à base de álcool;

– Deslocamentos não devem ser realizados enquanto a pessoa estiver doente;

– Quem for viajar aos locais com circulação do vírus deve evitar contato com pessoas doentes, animais (vivos ou mortos), e a circulação em mercados de animais e seus produtos.

 

Rua das Heras: CET não fará alterações para barrar desrespeito


Moradores ainda estão indignados e assustados com o acidente ocorrido no último dia 16, quando um caminhão-tanque carregado de óleo vegetal tombou ao tentar subir a íngreme rua das Heras – apesar de uma placar logo no início da via alertar para a proibição do tráfego de veículo pesado no trecho. A carreta acabou atingindo ainda três residências que, agora, estão passando por reforma. Enquanto isso, a vizinhança continua assistindo ao desrespeito de motoristas que ignoram a sinalização viária.

Em apenas cerca de uma hora na rua da Heras, na Vila Bela, a reportagem da Folha flagrou seis caminhões tentando subir a rua. Quatro acabaram sendo impedidos pelos próprios moradores que tiveram seus imóveis atingidos, mas dois motoristas ignoraram os apelos e persistiram no desrespeito. Durante esse período, nenhum agente da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) passou pelo trecho, apesar da promessa de intensificar a fiscalização.

Como o problema é antigo e a vizinhança sabe que a CET não dá conta de impedir o tráfego de caminhões, a solicitação é que a via seja transformada em mão única de direção, no sentido da avenida José da Nóbrega Botelho, desde a rua Rio do Peixe ou da rua Mimosa. A proposta foi apresentada diretamente a um representante da CET na reunião do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) em novembro passado, mas os moradores nunca receberam a devolutiva.

A Folha cobrou uma posição e a CET respondeu que “tecnicamente não é viável alterar para mão única de direção o tráfego na rua das Heras”. A Companhia explicou que a via é necessária para a ligação entre a Vila Prudente e a região do ABC e que a mudança criaria problemas de acessibilidade para todos os motoristas. Alegou ainda que “o tráfego seria desviado para outras vias, sem resolver a questão”.

Por fim, a CET reforçou que o local está sinalizado indicando a proibição de caminhões e cabe aos motoristas seguir as regras de trânsito estabelecidas por lei federal. E acrescentou que “o pessoal de campo segue fiscalizando infrações de trânsito na região”.