Usuários pedem mais eficiência na manutenção de ciclovia

A região conta com uma das ciclovias mais extensa da cidade. Com 12.730 metros, a faixa para ciclistas ao longo da avenida Anhaia Mello, sob os trilhos da Linha 15 – Prata do monotrilho, é muito utilizada como trajeto ao trabalho, estudo e também para o lazer. Recebe ainda usuários de patinetes e skates, além de praticantes de caminhada e corrida. No entanto, muitos relatam que o serviço de manutenção tem sido insuficiente. Em alguns trechos o mato invade a pista e luminárias estão apagadas, provocando escuridão. Durante o verão o espaço é bastante frequentado à noite.

Na altura do número 4900 da Anhaia Mello, no São Lucas, a falta de capinação é evidente. O paisagismo no local está mal cuidado e a vegetação invade a ciclovia. “Tenho usado bastante com o meu filho durante as férias e percebemos que o corte de mato não acontece há meses. Dá impressão de abandono. Devido ao mato, as pessoas começam a despejar lixo e com isso aparecem mosquitos e ratos”, declarou o empresário Alberto Figueiras.

Quem também se queixa da falta de manutenção é o morador do São Lucas, Esdras Santiago. “Toda semana estou na ciclovia e percebo que há mais de seis meses não é realizado o serviço de corte do mato. Esse equipamento é muito importante para região e deve ser melhor cuidado”, comentou Santiago, que utiliza frequentemente o trecho entre as estações do monotrilho Camilo Haddad e Vila Prudente.

A falha na iluminação é outro problema apontado pelos usuários. O morador da Vila Bela, Thiago Catalani, conta que várias lâmpadas estão apagadas ao longo da ciclovia. “Estamos no verão, o que atrai muitas pessoas para a ciclovia, mas os responsáveis pela manutenção não estão atentos. Há várias lâmpadas dos postes queimadas em diversos pontos. Além de atrapalhar quem usa o equipamento, torna o local inseguro”, declarou.

O trecho no final do viaduto Senador Antonio Emygdio de Barros Filho, que passa sobre o acesso à avenida Salim Farah Maluf, também é alvo de queixas. Em dias de chuva o local fica empoçado e impossibilita a passagem de ciclistas. Quando a água escoa muita sujeira permanece acumulada durante dias.

Questionada pela Folha, a Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô, responsável pela construção da ciclovia, informou que os serviços de manutenção – poda do paisagismo, conservação do pavimento e iluminação – é de responsabilidade da Prefeitura. Foi ressaltado que o Metrô realiza apenas alguns serviços de paisagismo no trecho entre as estações Oratório e Vila União, que ainda estão no período de garantia, que são a substituição de forração danificada ou morta e a substituição de exemplares arbóreos que secaram.

A Folha cobra uma posição da Prefeitura há mais de uma semana. (Gerson Rodrigues)

Usuários reclamam de escadas rolantes da Linha 15


Quem já utilizou a estação Vila Prudente da Linha 15-Prata do monotrilho conhece bem a sequência de longas escadas para chegar até a plataforma, principalmente para quem desembarca do metrô e fará a baldeação. O problema é que muitos usuários estão se deparando com as escadas rolantes inoperantes nos horários de maior demanda.

“A estação Vila Prudente está um caos desde que foram inauguradas as últimas estações da Linha 15 até São Mateus. Além do grande aumento de passageiros, o que já era esperado, e da lentidão, agora estamos enfrentando o desligamento das escadas rolantes durante o horário de maior movimento”, reclama Aline Regina. “O Metrô deveria estar preparado, mas nas últimas semanas somos vítimas da falta de organização e humanidade. Observamos crianças, idosos e até pessoas com dificuldade de locomoção tendo que subir numerosos degraus”, relata. “Tenho problemas respiratórios e sofro muito para subir. Em alguns dias estou desistindo e gastando mais com outro transporte porque está praticamente impossível acessar a plataforma”, completa.

O Metrô informou que estações de transferência, como a Vila Prudente, são as mais movimentadas e requerem atenção redobrada nos horários de pico. Por isso, diariamente são adotadas estratégias operacionais com o objetivo de proporcionar condições de maior segurança para os passageiros nas plataformas de embarque. Na estação Vila Prudente da Linha 15 uma das ações implantadas é desligar algumas escadas rolantes nos horários mais críticos de demanda. De acordo com o Metrô, dessa forma, a plataforma fica menos lotada e proporciona maior fluidez dos trens.

Foi esclarecido ainda que esse procedimento também ocorre em outras grandes estações, como a Sé, sempre que é observado excesso de demanda. Porém os usuários lembram que a estação Vila Prudente do monotrilho fica a 15 metros de altura do solo.

O Metrô ressaltou que no caso de passageiros com mobilidade reduzida, sempre que houver necessidade, podem solicitar auxílio a um funcionário para o religamento ou inversão do sentido de direção de alguma escada rolante nas estações.