O governador João Doria (PSDB) e o secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, inauguraram na manhã desta segunda-feira, dia 16, as estações Sapopemba, Fazenda da Juta e São Mateus da Linha 15-Prata do monotrilho, operada pela Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô. Por enquanto, as três novas paradas vão operar apenas de segunda a sexta-feira das 10h às 15h, com cobrança de tarifa. A previsão é que o horário seja ampliado em janeiro.
“São três estações que nos comprometemos a entregar até 31 de dezembro e, hoje, estão sendo entregues. Quando essas novas estações estiverem no uso pleno, a Linha 15 estará atendendo 330 mil pessoas por dia”, declarou o governador.
De acordo com as estimativas do Metrô, a chegada da Linha 15 até São Mateus vai reduzir o tempo de deslocamento para o centro em até 50%.
As três novas estações seguem o padrão da Linha 15: ficam elevadas no canteiro central da avenida Sapopemba. As plataformas têm 90 metros de comprimento e 9,9 metros de largura, a cerca de 15 metros acima do nível da rua. As estações contam portas automáticas em toda a extensão, escadas rolantes, escadas fixas, elevadores, paraciclos e sanitários públicos.
Assim como na avenida Anhaia Mello, o Metrô promoveu a reurbanização do canteiro central da Sapopemba. O projeto de paisagismo liga as estações Vila Prudente e São Mateus, incluindo uma ciclovia com a mesma extensão. O plano envolveu o plantio de mais de 3,7 mil árvores de 45 diferentes espécies e 107 mil metros quadrados de jardim.
Dez anos desde o início das obras
A Linha 15-Prata é o primeiro monotrilho de alta capacidade do Brasil. Os trens trafegam com pneus sobre vigas de concreto elevadas. De acordo com o Governo do Estado, a linha tem custo de R$ 5,3 bilhões, compreendendo a construção de 15,3 km de vias e 11 estações entre Vila Prudente e Jardim Colonial, além do Pátio Oratório e a compra de 27 trens, sistemas elétricos, de sinalização e controle.
As obras da Linha 15-Prata do monotrilho começaram no governo de José Serra (PSDB), em novembro de 2009, mas foram tantos atrasos que se estenderam por dois mandatos de Geraldo Alckmin (PSDB). Em agosto de 2014 foram inauguradas as duas primeiras estações: Vila Prudente e Oratório – mas somente em outubro de 2016 passaram a operar das 4h40 à meia-noite, mesmo período da Linha 2 com a qual faz integração.
Quatro anos depois, em abril de 2018, foram entregues, também em testes, as quatro próximas paradas: São Lucas, Camilo Haddad, Vila Tolstói e Vila União. Em agosto passado, foi aberta a estação Jardim Planalto – a única que foi inaugurada já funcionando plenamente.
Segundo o Estado, a próxima etapa é concluir em 2021 a estação Jardim Colonial – que antes era chamada de Iguatemi. Durante o evento de inauguração na segunda, foi ressaltado que o Metrô trabalha ainda para expandir a linha até o Hospital Cidade Tiradentes.
Estação Ipiranga
Também foi anunciada em 2014 a proposta de prolongamento da Linha 15 até a estação Ipiranga da Linha 10-Turquesa da CPTM, com o objetivo de desafogar o desembarque na estação Vila Prudente da Linha 2-Verde do metrô – a única que faz interligação com a Linha 15. O projeto ficou arquivado nos últimos anos. Em maio passado, quando a reportagem questionou o Metrô sobre a questão, a resposta foi que “a meta no momento é concluir os trechos prioritários e já contratados da Linha 15, até Jardim Colonial”. O que gerou muitas queixas entre os usuários preocupados com a iminência de superlotação nas estações Vila Prudente.
Questionada novamente nesta semana, a assessoria do Metrô informou que: “seguindo as diretrizes do governador de São Paulo, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos trabalha com planejamento e responsabilidade para levar a Linha 15-Prata até a Estação Ipiranga em um sentido e até Cidade Tiradentes na outra direção. O desejo é começar as obras de extensão até o Ipiranga em 2020 e a ampliação até Cidade Tiradentes, ainda nesta gestão, até dezembro de 2022”.