Governador inaugura novas instalações do 8º Distrito Policial

Na manhã de hoje o governador João Dória (PSDB) inaugurou oficialmente as novas instalações do 8º Distrito Policial, que fica na rua Sapucaia, 206, na Mooca. A delegacia, que estava em reforma desde maio do ano passado e vinha funcionando provisoriamente na região central da cidade, é responsável pelos bairros do Brás, Belenzinho e parte da Mooca. Participaram da cerimônia o secretário estadual da Segurança Pública, general João Camilo Pires de Campos, o Delegado Geral da Polícia Civil, Ruy Gerraz Fontes, além de outras autoridades policiais e parlamentares. O prefeito Bruno Covas (PSDB) também esteve presente.

O Governo do Estado investiu R$ 4,6 milhões nas obras que permitiram a reforma e ampliação da estrutura para a melhoria das condições de trabalho dos policiais e do atendimento ao público. Mais de 70 mil pessoas moram na área abrangida pela unidade, além da população do entorno.

A delegacia, construída em área total de 1.250 m², recebeu nova mobília e equipamentos de informática. O local passou a contar com 25 salas e 10 banheiros, além de sanitários privativos, cofre para drogas, sala de meios de reconhecimento, salas para atendimento à população e 11 celas. A carceragem funcionará apenas para prisões administrativas que envolvem, principalmente, casos de não pagamento de pensão alimentícia.

“O padrão implantado nesta delegacia será o adotado em todas as unidades do estado. Além da questão arquitetônica, o atendimento terá o padrão Poupatempo, com muito mais agilidade e precisão”, declarou o governador. “A nossa meta é reformar 500 delegacias até o final da nossa gestão em 2022. Até o próximo ano pretendemos entregar a reforma de 120 unidades”, acrescentou.

O delegado titular do 8º DP, Hamilton Rocha Benfica, que assumiu o cargo há uma semana, destacou a importância dessa nova estrutura. “Com esse novo prédio poderemos realizar um trabalho muito melhor, receber a população de forma digna e oferecer nosso serviço com ainda mais eficiência. Além do conforto, o prédio é totalmente acessível e adaptado para receber portadores de necessidades especiais. Fiquei muito feliz ao ser escolhido para coordenar essa delegacia modelo”, afirmou Benfica. (Gerson Rodrigues)

Governador discursou na cerimônia de inauguração
Carceragem conta com 11 celas para detidos por crime administrativo
Sala dos investigadores com nova mobília e equipamentos de informática
Protesto em vila histórica demolida no Tatuapé

No último sábado, dia 7, integrantes do grupo Muda Mooca, movimento que defende a ampliação de áreas verdes na cidade, fizeram um ato colocando 50 cruzes brancas de madeira sobre o entulho que restou da demolição da histórica vila operária da rua João Migliari, construída na década de 1950 no Tatuapé. A vila teve 55 dos 60 sobrados destruídos ao longo nos últimos seis meses. A última ação de demolição aconteceu no dia 1º deste mês.

“O nosso patrimônio histórico também faz parte da luta pelo meio ambiente. Instalamos uma cruz para cada imóvel demolido em protesto à ilegalidade praticada pelos autores”, comentou o advogado Danilo Bifone, que é fundador do Muda Mooca. “A ação foi uma forma de demonstrar a nossa tristeza com a perda dessa memória histórica da nossa cidade. São Paulo está sucumbindo diante da especulação imobiliária. As vilas, que tanto contribuíram para a formação do bairro, não são mais vistas”, completou Bifone.

Conservada e em uso, a vila começou a ser esvaziada em fevereiro, após o proprietário exigir a saída de todos os locatários. Naquele mês, 20 sobrados foram demolidos do lote em que está sendo construído um edifício. Os demais imóveis foram derrubados irregularmente no dia 1º deste mês, um dia após a obra ter sido embargada pela Subprefeitura Mooca.

Os cinco sobrados que restaram foram provisoriamente tombados no dia 2, após um pedido de vizinhos e arquitetos ser aberto na Prefeitura. Enquanto a preservação não for votada em definitivo pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp), os imóveis não poderão ser derrubados. (Gerson Rodrigues)