Comunidade cobra abertura de rua no Jardim Independência

A Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô construiu uma rua na área remanescente do terreno utilizado para unir os trilhos elevados da Linha 15-Prata ao Pátio Oratório, no Jardim Independência. Porém, apesar deste trecho ter sido o primeiro inaugurado do monotrilho, o novo viário que ligará a avenida Secondino até a avenida Anhaia Mello continua bloqueado ao tráfego de veículos. Enquanto isso, o espaço ocioso recebe usuários de drogas que permanecem no local dia e noite. Também são constantes as queixas de acumulo de lixo e entulho.

O comando do 21º Batalhão de Polícia Militar admitiu em matéria publicada em fevereiro pela Folha que está ciente do problema e que o policiamento, embora frequente, também fica limitado pela interdição da rua. Na ocasião, o Batalhão se comprometeu a reforçar com os órgãos responsáveis a necessidade de liberação da via o quanto antes.

Desde dezembro – quando começaram as queixas da presença constate de usuários de entorpecentes, falta de iluminação e de despejo clandestino de lixo e entulho na rua – a Folha tem cobrado o Metrô assiduamente. Em umas das respostas, a Companhia informou que estava providenciando iluminação provisória, pois a definitiva estava a cargo da empresa Azevedo & Travassos que abandonou as obras da Linha 15, foi multada e teve o contrato rescindido no final de 2018, justamente quando aumentaram as reclamações. De acordo com o Metrô, a empresa também estava responsável pela semaforização da via, que não foi implantada.

O Metrô ressalta que foram concluídas a pavimentação, guias, sarjetas, sinalização horizontal e vertical da nova via. Porém, o asfalto, parte das calçadas e até pilares do monotrilho já apresentam sinais de degradação, com marcas de queimadas de lixo e outros produtos.

Em abril, a Companhia esclareceu que a STER Engenharia, contratada para concluir a Linha 15, também ficou responsável pelos serviços pendentes na via e que a liberação da rua estava prevista para o final deste mês.

“Esperamos que o Metrô cumpra o prazo. É uma absurdo deixar a vizinhança conviver com tantos problemas por todo esse tempo”, comentou uma moradora das imediações, ressaltando que não tem paz para entrar e sair de casa. “Sempre tem pessoas suspeitas nas imediações. O Metrô devia manter ao menos um serviço de segurança enquanto não libera a via”, completa.

Questionado novamente na semana passada, o Metrô respondeu que está em tratativas com a Subprefeitura de Vila Prudente para a entrega da rua à administração municipal e também com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) para implantar a sinalização, liberando a via para o tráfego. (Kátia Leite)