Há quase dois anos, em maio de 2016, o deteriorado prédio na esquina das avenidas Vila Ema e Salim Farah Maluf, no Parque Sevilha, que abrigou a antiga padaria Amália, foi ocupado por um grupo de sem-tetos. Desde então, a Folha noticia a situação do imóvel, que apesar da estrutura precária, está servindo de moradia, inclusive para crianças recém-nascidas. Outro problema é que, com a ocupação, moradores do entorno passaram a relatar casos de insegurança. A vizinhança afirma que aumentaram os casos de furtos e roubos na redondeza, assim como a presença de usuários de droga.
Questionado pela Folha, o 21º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano esclareceu que mantém policiamento ostensivo e preventivo diuturnamente no local, com viaturas e motos. O Batalhão ressaltou que no ano passado foram efetuados 11 flagrantes nas proximidades do prédio, sendo dois de tráfico de drogas, dois de roubo, quatro de furtos, dois procurados capturados e um de porte ilegal de arma de fogo. A corporação esclareceu ainda que neste ano foram realizadas dez averiguações de suspeitos, sendo que em uma delas foi flagrado tráfico de entorpecentes.
O 21º Batalhão destacou ainda que vários fatores contribuem para a atual situação do prédio, sendo que a PM é apenas um dos órgãos com atuação na questão, pois, para uma solução, é necessário o envolvimento do poder judiciário, da Prefeitura e do proprietário do imóvel.
A corporação ressaltou ainda que, embora o prédio esteja invadido, os atuais moradores do local são amparados pela lei, pois “a entrada forçada em domicílio sem mandado judicial só é lícita, mesmo em período noturno, quando amparada em fundadas razões, devidamente justificadas posteriormente, que indiquem que dentro do imóvel ocorre situação de flagrante delito”.
Prefeitura
A Secretaria Municipal das Prefeituras Regionais também informou que a Prefeitura Regional Mooca, que responde pela área onde está o imóvel, já esgotou todas as medidas cabíveis no âmbito administrativo, como intimações, notificações, autuações e interdições. No entanto, os termos de auto de interdição não foram atendidos e respeitados pelo proprietário e pelos ocupantes do imóvel e, por isso, a Prefeitura Regional comunicou as autoridades competentes com intuito de se instaurar um inquérito policial.