Instalada há 46 anos no complexo da Prefeitura na rua Taquari – onde também estão situados o Clube Escola, uma unidade básica de saúde, uma biblioteca, duas escolas municipais e a sede da Prefeitura Regional – a unidade Mooca da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) precisou fechar as portas. O motivo alegado pela entidade são as constantes falhas no fornecimento de energia. Atualmente todos os equipamentos do complexo, de responsabilidade da Secretaria Municipal de Esportes, são abastecidos pelo mesmo sistema de energia.
Desde o último dia 14, os cerca de 300 pacientes da Mooca estão sendo atendidos na unidade Ibirapuera. A AACD afirma que a interrupção dos serviços é temporária, mas depende da resolução do problema para conseguir reabrir.
Não é a primeira vez que o complexo da Prefeitura na Mooca vive às voltas com as quedas de energia. Entre o final de 2015 e o primeiro trimestre de 2016, por conta de problemas na cabine de energia, o sistema elétrico dos equipamentos do local funcionou através de geradores.
A unidade Mooca da AACD conta com Centro de Reabilitação com diversas especialidades: fisiatria, ortopedia, urologia, fisioterapia, fisioterapia aquática, fonoaudiologia, odontologia, psicologia, pedagogia, terapia ocupacional e assistência social. No entanto, segundo a entidade, as frequentes interrupções no fornecimento de energia prejudicavam os atendimentos e também estavam danificando os equipamentos utilizados nas consultas e sessões.
A AACD explicou que os pacientes transferidos para o Ibirapuera não sofrerão prejuízos na evolução do quadro clínico, pois a sede possui infraestrutura necessária e os profissionais que os atendiam na Mooca também estão em atividade no Ibirapuera, dando continuidade aos procedimentos.
Prefeitura
Questionada pela Folha, a Secretaria Municipal de Esportes informou que há alguns dias ocorreu uma pane na cabine de energia, devido às fortes chuvas, o que prejudicou todas as unidades do complexo. Ainda segundo o órgão, no último sábado, dia 17, engenheiros fizeram uma varredura com a intenção de constatar os problemas relatados e não foi detectada anomalia.
A Secretaria acrescentou que os próximos passos serão a revisão e limpeza na cabine que distribui energia aos equipamentos. Foi ressaltado que a manutenção e o custo de todo o complexo relacionados à parte elétrica e fornecimento de água estão vinculados ao orçamento da Secretaria de Esportes e que existe a necessidade urgente de individualizar a entrada de energia, pois cada um deles possui diferentes demandas de amperagem elétrica que fogem do conhecimento do órgão.
A reportagem também procurou a AES Eletropaulo, que informou que realizou vistoria no local e não constatou anomalias no centro de medição de energia de sua responsabilidade. Foi acrescentado que representantes da Secretaria de Esportes foram orientados a realizar inspeção na rede interna do complexo. (Gerson Rodrigues)