Metrô ainda não concluiu terminais de ônibus da Anhaia Mello

 

Os usuários dos pontos de ônibus improvisados na avenida Anhaia Mello, próximos às estações Vila Prudente do metrô e do monotrilho, precisam ter mais paciência. Não foi cumprida a previsão da Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô, responsável pelas obras dos terminais Central e Sul, de entregar os espaços no final do ano passado. Questionada novamente pela Folha nesta semana, a Companhia informou que a conclusão da construção ficou para o final deste mês.

O Metrô esclareceu que o cronograma de implantação dos terminais foi alterado em função de atraso na obtenção das autorizações necessárias para a readequação e melhorias do viário no entorno do local, finalização de iluminação pública e instalação do elevador da passarela que vai atender os usuários com necessidades especiais.

Embora o andamento das obras esteja atrasado, a reportagem da Folha constatou nesta semana que o ritmo dos trabalhos no local é lento. Tanto na quarta-feira, dia 14 e na quinta-feira, dia 15, poucos operários foram encontrados em atividade nos canteiros de obras. A reportagem questionou dois funcionários sobre o motivo, os quais informaram que o serviço está na reta final, na fase de finalização de detalhes e, por isso, não é necessário grande volume de homens trabalhando.

A reportagem também indagou o Metrô sobre quando os terminais serão entregues à São Paulo Transportes (SPTrans) para o início da operacionalização dos equipamentos. A Companhia informou que já está em fase de negociação com o órgão municipal para alinhar os termos da ocupação dos terminais, prevista para o período entre o final de fevereiro e início de março.

A Folha entrou em contato com a SPTrans para levantar detalhes de como será a operação dos terminais e quantas e quais linhas atenderão os equipamentos. A reportagem aguarda um posicionamento do órgão. (Gerson Rodrigues)

Comunidade lituana da Vila Zelina celebra data histórica

Neste domingo, dia 18, acontece na Vila Zelina – bairro que concentra vários imigrantes da Lituânia e seus descendentes – a celebração pelo Centenário da Restauração do Estado Lituano. A cônsul-geral da Lituânia em São Paulo, Laura Tupe, é uma das autoridades confirmadas.

Às 8h acontece o hasteamento das bandeiras do Brasil, da Lituânia e do Estado de São Paulo na Praça República Lituana. Às 15h será celebrada missa de Ação de Graças na Paróquia São José (foto) com a participação do Coral Lituano de São Paulo. Na sequência, às 16h15, haverá a tradicional deposição de flores junto ao monumento à Liberdade na praça em frente à igreja.

A partir das 16h30 ocorre a sessão solene e a festa de aniversário no Colégio Franciscano São Miguel Arcanjo, na rua Campos Novos, 153. O evento gratuito começa com a execução dos hinos nacionais lituano e brasileiro e as saudações da presidente da Comunidade Lituana-Brasileira, Rosana Tumas, e da cônsul Laura Tupe.

A programação prossegue com a palestra “Mas o que são estes 100 anos?”, ministrada pelo historiador Marcos Lipas; e as apresentações do Coral Lituano de São Paulo e dos grupos de danças folclóricas “Nemunas” e “Rambynas”. Destaque também para a apresentação interativa com a artista Jurgis Didzlius, convidada especial da Lituânia, que busca uma identidade lituana globalizada.

O evento, que se estende até às 20h, terá ainda a abertura da exposição fotográfica “Como se fosse um domingo”, de Boris Taskov; e feira de artesanato típico, além do tradicional bolo de aniversário.

Diretoria executiva do Juventus afirma que foi vítima de armação

Na manhã de ontem, dia 15, o presidente e o vice do Clube Atlético Juventus, Domingos Sanches e Saulo Moisés Franciscon, respectivamente, se reuniram com o presidente da Folha, Newton Zadra, para esclarecer sobre a matéria veiculada na edição da semana passada, 9 de fevereiro, acerca de áudios vazados para conselheiros, associados e a imprensa de uma suposta conversa entre os dois e o ex-diretor de marketing do clube, Adriano Daré.

De acordo com vasto documento de defesa entregue à Folha, a intervenção se faz necessária porque os áudios vazados “foram editados e divulgados com o intuito de denegrir a honra e a imagem do presidente Sanches e do vice Franciscon por motivos de vingança e financeiros”. No documento consta que o autor dos áudios editados é o ex-diretor Adriano Daré, que foi exonerado do cargo pelo presidente da diretoria executiva.

Ainda segundo a defesa, “Daré gravou e editou os áudios para vingar-se do presidente Sanches porque este não admitiu que o Juventus assumisse os prejuízos apresentados em planilha citada nas conversas” referentes aos eventos  ‘Bacon Day’ e ‘Uma Noite Perfeita’, realizados em setembro do ano passado. O documento, assinado por Sanches e Franciscon, ressalta que os “prejuízos são de responsabilidade do produtor dos eventos e não do Juventus como pretendeu demonstrar Daré”.

Sanches e Franciscon afirmam que “os dois eventos foram contratados pelo então diretor de marketing” e que este induziu o vice a acreditar que seriam lucrativos para o Juventus, “tanto que o vice acabou emprestando particularmente o valor R$ 100 mil para o marqueteiro contratar os artistas”. No documento entregue à Folha, consta também que “Daré admitiu a culpa pelos prejuízos dos eventos e comprometeu-se a pagar, inclusive o empréstimo contraído com o vice, depois mudou de ideia e começou a produzir os áudios com o intuito de vingar-se e fugir das dívidas”.

Sanches e Franciscon reafirmam ainda “que a bem da verdade, o presidente ao tomar conhecimento dos prejuízos dos eventos e a tentativa do ex-diretor de marketing de transferir para o clube a responsabilidade pelos pagamentos, se posicionou totalmente contra e não aceitou a planilha apresentada”. O documento narra ainda outros problemas entre a diretoria executiva e o ex-diretor que teriam motivado a gravação dos áudios.

O documento segue ressaltando que “o marqueteiro Daré frequentava constantemente a sala do Conselho Deliberativo e que o presidente Itamar Colombini Capano e outros conselheiros do grupo de oposição tinham conhecimento dos fatos e sobretudo dos prejuízos dos eventos”.

O presidente e o vice ainda fazem argumentações sobre a provável autoria do vazamento dos áudios, que acreditam ter partido do Conselho Deliberativo, e por fim citam as medidas adotadas desde então: “já protocolizaram na delegacia de polícia uma representação criminal requerendo a instauração de inquérito e a perícia dos áudios editados”. Conta ainda que “posteriormente serão movidas as ações pertinentes para requerer indenizações por danos materiais e morais cometidos contra o C.A. Juventus e contra a pessoa física do presidente e do vice-presidente da diretoria executiva”. Sanches e Franciscon também afirmam que vão processar criminalmente quem tiver vazado dos áudios.

 

Nota da redação: na matéria veiculada na edição de 9 de novembro, a Folha publicou na íntegra a nota de esclarecimento que recebeu do Clube Atlético Juventus, via assessoria de imprensa, no dia 7 de fevereiro às 19h57. A nota é endereçada ao repórter Gerson Rodrigues que, no mesmo dia às 13h32, havia enviado e-mail à assessoria solicitando tal posicionamento da diretoria sobre os fatos denunciados, como determina o bom jornalismo. No e-mail da Folha constava que a reportagem estava à disposição até o meio-dia do dia 8 para que, justamente, a diretoria pudesse expor todas as justificativas necessárias antes do fechamento da matéria.  A Folha também está à disposição dos demais envolvidos e citados para os esclarecimentos necessários.