Prefeitura garante plantio de novas árvores na rua Guaimbé

Na semana passada o corte de duas antigas e grandes árvores na rua Guaimbé, esquina com a rua Madre de Deus, gerou muita polêmica na Mooca. As espécies foram cortadas durante a madrugada do último dia 22 pelo Corpo de Bombeiros, após atenderem chamado de árvores em estado crítico. Entre a vizinhança surgiram rumores de que elas tinham sido cortadas ilegalmente. Nesta semana, após questionamento da Folha, a Prefeitura Regional Mooca informou que outra espécie já foi plantada no trecho e, após abertura de novas covas no local, mais duas também serão plantadas.

A ação minimizou a indignação de alguns vizinhos e moradores do bairro. “Não estava aceitando o ocorrido. As árvores que foram cortadas aparentavam estar sadias e a remoção parecia que tinha ocorrido para benefício próprio, mas, como outra espécie já foi plantada e parece que outras duas também serão, fico mais tranquila”, afirmou uma moradora da rua Guaimbé que pediu para manter o nome em sigilo.

Quem também ficou mais aliviada foi o dona de casa Roseli Pessoa, que reside na rua Madre de Deus. “Estava muito chateada com o corte dessas árvores. Se outras forem plantadas será uma prova de que a remoção foi realmente necessária”, declarou Roseli.

A Prefeitura Mooca informou também que a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente foi acionada por se tratar de uma remoção fora do padrão comum, no caso foi emergencial. A administração local esclareceu também que uma equipe da Secretaria fará uma avaliação do serviço executado e irá pedir um posicionamento do Corpo de Bombeiros. (Gerson Rodrigues)

Shopping não informa sobre segurança após novo assalto

No último sábado, dia 25, por volta das 20h15, quatro criminosos invadiram o Mooca Plaza Shopping e roubaram 36 aparelhos de celulares de uma loja de telefonia e R$ 1 mil de uma lanchonete, segundo informações da Secretaria de Segurança Pública. Na fuga, houve disparos de arma de fogo no estacionamento.  É o segundo assalto no empreendimento em dois meses. Na noite de 30 de setembro, também um sábado, um trio armado com metralhadora roubou aparelhos e equipamentos de outra loja de telefonia. Em ambos os casos ninguém ficou ferido. Questionado pela Folha, o Mooca Plaza não informou o que tem feito para melhorar a segurança para lojistas e clientes.

No crime do último sábado um homem armado e duas mulheres anunciaram o assalto na loja de telefonia e colocaram os objetos roubados em duas mochilas. Um quarto suspeito ficou acompanhando a ação do lado de fora. Em seguida, um deles ainda roubou o dinheiro de uma lanchonete. Testemunhas viram o quarteto fugindo em um veículo UP branco.

Já na rua, viaturas do 21º Batalhão de Polícia Militar, com o apoio de batalhões vizinhos, conseguiram localizar o carro e ao perceberem a aproximação policial, os quatro deixaram o veículo às pressas, atirando contra o patrulhamento, e correram para o interior da Favela de Vila Prudente. Os policiais abordaram o motorista que permaneceu no automóvel e ele revelou que estava parado nas proximidades do shopping, quando os criminosos entraram no carro e o fizeram refém para a fuga. No UP do comerciante de 43 anos a polícia recuperou as duas mochilas com os celulares e o dinheiro roubados e encontrou ainda uma pistola calibre 635, um simulacro e munições, além do documento de identidade de um homem de 32 anos. A foto foi mostrada para testemunhas que o reconheceram como um dos participantes do roubo no shopping.

O boletim foi registrado no 56º Distrito Policial – Vila Alpina como roubo e a equipe está à procura do suspeito já identificado.

Na página oficial do Mooca Plaza no Facebook há vários relatos de clientes sobre o pânico no momento do crime e de indignação com a insegurança. O empreendimento estava lotado e com muitas crianças por contra da atração natalina com personagens da Disney. Vídeos postados nas redes sociais por vizinhos mostram as pessoas deixando o shopping correndo e a movimentação policial na rua.

Em nota enviada ao jornal, o shopping diz que ocorreu um assalto em uma loja e que não houve vítimas. Ressalta que está à disposição das autoridades e que colabora para a investigação do caso. A Folha questionou quais medidas serão adotadas para melhorar a segurança, mas não obteve resposta. (Kátia Leite)

Mooquense é o campeão do concurso “Chef da Casa”

Aconteceu no domingo, dia 26, na cozinha experimental do Colégio João XXIII, a grande final do segundo concurso de culinária Papo e Cozinha, que desta vez elegeu o “Chef da Casa”. O vencedor foi Alexandre Antoniolli, morador da Mooca, com o prato Risotto de Língua Bovina com Alho Poró. O segundo lugar ficou com Marco Mancini, que fez Frango a Kiev e na terceira posição, Rogério Biava com uma Pescada Rústica com Risotto e Purê de Abóbora. Os jurados foram o proprietário da Churrascaria e Pizzaria Boi Brasil, Rodrigo Tadeu Mantovani; a representante da Village Cepam, Monize Blanco Amaro e o jornalista da Folha, Gerson Rodrigues.

Cada cozinheiro executou uma receita de livre escolha. A parte obrigatória foi a utilização de uma das proteínas disponíveis: frango, peixe e língua de boi. Porém, as três proteínas estavam embaladas e os concorrentes escolheram às cegas. Na sequência, os participantes tiveram três minutos para escolher demais ingredientes e uma hora e quinze minutos para finalizar o prato e apresentá-lo para a avaliação. Por ter conseguido mais visualizações em seu vídeo divulgado antes da final, Rogério Biava teve um bônus e ganhou 15 minutos a mais para cozinhar no domingo.

Além da desvantagem no tempo, o vencedor Alexandre Antoniolli ainda teve que superar o nervoso quando descobriu a proteína surpresa. “Quando abri a embalagem e vi que tinha escolhido a língua do boi achei que não fosse me dar bem. Nunca tinha preparado antes. Mas, aos poucos fui me acalmando, colocando as ideias no lugar e consegui fazer um bom trabalho. Estou muito feliz”, declarou o mooquense que entregou o prato faltando um minuto para estourar o tempo limite.

“Antoniolli levou o título, pois se saiu melhor justamente com o ingrediente mais incomum de preparar”, destaca o chef Renato Chiantelli, organizador do concurso.

A cerimônia de premiação será neste domingo, dia 3, a partir das 20h, na Churrascaria e Pizzaria Boi Brasil. Antoniolli receberá uma Smart TV LED de 40 polegadas, além do título Chef da Casa 2017. O segundo e o terceiro colocados ganham um forno micro-ondas 30 litros e uma fritadeira sem óleo Ayr Fry, respectivamente.

O concurso teve promoção do Central Plaza Shopping, da Churrascaria e Pizzaria Boi Brasil, do São Cristóvão Saúde e da Folha. Contou também com o apoio da Village Cepam, Cantina Dopo Lavoro e Gêmeos Esfiha.

Marco Mancini, Alexandre Antoniolli (vencedor) e Rogério Biava

 

Enchentes de volta e população cobra limpeza

Com o início da nova gestão municipal, em janeiro, a comunidade de Vila Prudente teve a esperança de que a região receberia mais atenção para o problema das enchentes. No entanto, o ano passou sem que o governo tocasse no assunto e as assustadoras enchentes em ruas e avenidas voltaram a alarmar moradores e comerciantes. A mais recente ocorreu na última terça-feira, dia 21, durante o forte temporal que atingiu a cidade no final da tarde. A avenida Anhaia Mello e ruas adjacentes, mais uma vez, se transformaram em rio e comércios e residências foram invadidos pela água. Situação semelhante já havia ocorrido na noite do sábado, dia 18.

Na manhã da quarta-feira, dia 22, a reportagem da Folha esteve em pontos que são constantemente atingidos pelas cheias e, além de muita sujeira, deparou-se com a indignação dos afetados. “Infelizmente não tenho mais esperança em relação a uma solução. Estou neste local há quase 30 anos e sempre sofri com a enchente. Já escutei milhões de promessas de políticos, mas nunca foi feito algo eficiente. Pago meus impostos em dia, mas não vejo retorno por parte do poder público”, afirmou o mecânico Fernando de Castro, que possui estabelecimento na altura do número 1750 da avenida Anhaia Mello. “Quando mudou a gestão e entrou o prefeito João Doria, achei que poderia mudar alguma coisa, mas a situação piorou. Em anos anteriores a Prefeitura pelo menos aparecia logo em seguida às enchentes para limpar a via, mas agora nem isso acontece. A sujeira fica toda acumulada”, completou Castro mostrando a situação em frente à oficina.

O vendedor de veículo Sandro Biardi, que trabalha em uma loja de automóveis na avenida Anhaia Mello, em frente à praça Rui Roxo, também reclama da situação. “Basta chover um pouco mais forte para a água subir e entrar na loja. Precisamos recorrer a um galpão na rua de trás para guardarmos os veículos em dias de chuva. Temos muito prejuízo, pois, quando chove um pouco mais forte somos obrigados a fechar”, contou. “O que me chama atenção é que a Prefeitura não limpa mais a via após a enchente, o que ocorria antes. Parece que esta gestão não se preparou para a época das chuvas. Sem a limpeza desta sujeira, na próxima chuva a rua irá encher mais rápido ainda, pois vai tudo para os bueiros”, comentou.

Quem também voltou a sofrer foram os moradores da rua da Prece. “A impressão que temos é que, a cada ano, a via enche com mais facilidade. Não precisa chover muito para a rua virar um rio. Na última terça-feira a drástica cena se repetiu. Um veículo foi quase coberto pela água e a chuva nem foi tão forte”, contou o morador da via que se identificou como Everson.  Outra indignação é que a via possui dois bueiros sem tampa e, mesmo com vários pedidos de reparo junto à Prefeitura, nenhuma providência foi tomada. “Já sofremos muito com os alagamentos e agora temos dois bueiros abertos. Durante a enchente de terça-feira, dia 21, dois carros caíram no buraco. Já fiquei sabendo que duas pessoas também já sofreram quedas por causa da ausência das tampas”, comentou Everson. (Gerson Rodrigues)

Corte de árvores gera polêmica na Mooca

Moradores e comerciantes da Mooca tomaram um grande susto na manhã da última quarta-feira, dia 22. Eles se depararam com o que sobrou de duas antigas e grandes árvores na rua Guaimbé, esquina com a rua Madre Deus. As espécies foram cortadas durante a madrugada e os galhos deixados na calçada. Com isso, surgiram rumores entre os vizinhos de que as árvores tinham sido cortadas ilegalmente durante a madrugada.

“Quando saí do trabalho por volta das 19h, as árvores estavam intactas e hoje (quarta-feira, dia 22) quando cheguei pela manhã encontrei as espécies cortadas no chão. Fiquei sem entender”, contou a funcionária de um comércio localizado na rua Guaimbé que preferiu não citar o nome.

A Folha foi até o local e o funcionário de um estabelecimento existente no trecho informou que o serviço foi realizado pelo Corpo de Bombeiros. A reportagem entrou em contato com o 3º Grupamento de Bombeiros (GB) da Mooca e foi confirmado que o trabalho de corte das espécies foi realizado pela corporação após chamado de árvores em estado crítico e passíveis de queda. Ainda segundo o 3º GB, equipes foram até o local em duas viaturas por volta das 23h30 de terça-feira, dia 20 e permaneceram até as 3h da madrugada. Foi ressaltado que as árvores estavam comprometidas por causa do temporal e foram cortadas para evitar queda sobre veículos e imóveis.

Questionada, a Prefeitura Regional Mooca confirmou que as duas árvores foram retiradas pelo Corpo de Bombeiros por terem sido prejudicadas pela chuva, sendo que uma delas caiu e a outra ficou em situação de risco. Foi ressaltado que a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente será acionada para apurar se realmente as árvores estavam comprometidas e necessitavam de remoção. A Prefeitura não informou se novas espécies serão implantadas no local. (Gerson Rodrigues)

Tentativa de assalto e tiros no Jardim Avelino

Na noite do último sábado, dia 18, um tiroteio na esquina da rua José Gonçalves Galeão com a avenida Francisco Falconi, no Jardim Avelino, assustou a vizinhança e quem passava pelo local. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, cinco suspeitos armados tentaram roubar veículos que estavam parados no trecho, mas foram surpreendidos por um policial civil que jantava em um restaurante no local.

A Secretaria informou que o policial tentou efetuar a prisão, mas os criminosos atiraram contra ele, que precisou reagir. Três assaltantes fugiram no veículo utilizado na ação e outros dois fugiram a pé, sendo que um deles foi capturado. Por ser menor, o detido foi encaminhado para a Fundação Casa.

Através de imagens de uma câmera de segurança que flagrou a ação dos criminosos é possível observar uma viatura da Polícia Militar passando pelo local no momento do crime, mas, mesmo com o veículo utilizado pelos assaltantes parado quase no meio da avenida Francisco Falconi, os policiais não pararam.

A Secretaria ressaltou ainda que foram realizadas buscas pela região para encontrar os demais envolvidos, mas não foram localizados. O caso foi registrado no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), que continuará com as investigações.

Sobre a viatura policial que passa pelo local no momento do assalto e não para, o 21º Batalhão de Polícia Militar/Metropolitano informou na tarde de ontem que os policiais acreditaram que a movimentação tratava-se do serviço de vallet do estabelecimento que, segundo a pm, estava dentro da normalidade da ordem pública.

A reportagem checou que o estabelecimento não possui  o serviço de vallet. (Gerson Rodrigues)

Mãe denuncia caso de bullying em escola estadual

Há cerca de cinco meses a aluna do 6º ano do Ensino Fundamental da escola estadual Professora Julia Macedo Pantoja, em Vila Prudente, não sabe o que é estudar em paz. De acordo com a mãe da garota, Joice Prate, a filha de 12 anos foi alvo de agressões psicológicas cometidas por outras estudantes. Mensagens agressivas em redes sociais, divulgação de fotos íntimas e celular quebrado são alguns dos abusos sofridos pela menina. O que causou ainda mais indignação à mãe foi a postura adotada pela escola.

Segundo Joice, a primeira orientação da direção da unidade diante do problema foi a de manter a aluna em casa e ela seria aprovada automaticamente. “Achei um absurdo, mas acatei pela segurança de minha filha”, relatou a mãe. “No entanto, após uma matéria da TV Record sobre o assunto, a Secretaria de Educação do Estado alegou que a orientação de deixar minha filha em casa não procedia. Por conta disso voltei à escola e disseram que, por não terem condições de garantir a integridade de minha filha, eu teria que assistir às aulas com ela!”, completou indignada. “Essa medida aumentaria ainda mais o bullyng com a minha filha. Além disso, tenho outro filho menor, não posso ficar cinco horas na escola”, completou.

De acordo com Joice, o problema começou porque sua filha não aceitou consumir bebida alcoólica dentro da sala de aula. “Ela me comunicou e fui reclamar na diretoria. Outras alunas não gostaram que ela e eu denunciamos o fato e então começaram as agressões”, contou a mãe.

Além da questão do bullying, o que tem causado revolta na mãe da aluna é a negligência na resolução da questão. “Questionei a diretoria se nada seria feito com as autoras do bullying. Pedi para que fizessem uma reunião com as envolvidas e os pais, mas alegaram que não poderiam fazer isso em razão do ano letivo já estar quase acabando. Como nada foi feito a solução que encontrei foi a de deixar minha filha em casa até o final ano”, comentou Joice.

Questionada pela Folha, a Secretaria de Educação do Estado informou que não houve mudança de orientação e não procede a afirmação de deixar a aluna em casa, já que o atendimento aos estudantes é um direito de todos da rede estadual. Foi ressaltado que um processo de apuração sobre o caso foi instaurado e a mãe da aluna envolvida será ouvida pela comissão.

Embora a mãe relate que o caso ocorre há cinco meses, somente agora, restando menos de um mês para o final do ano letivo, foi esclarecido pela Secretaria que, após conversa com a mãe da estudante, ficou definido que a aluna será acolhida em uma ação por parte de alunos, equipe gestora e professores; a qual visa resolver conflitos através do diálogo.

Governo culpa gestão passada por sucessão de problemas no asfalto

Após investir dinheiro, tempo e equipes em algumas tentativas de conserto do asfalto da alça de acesso das avenidas Anhaia Mello e Doutor Francisco Mesquita, sob o viaduto Grande São Paulo, a Prefeitura Regional Vila Prudente informou nesta semana que o problema no local não é a qualidade do pavimento usada nesta gestão, e sim um defeito na obra de reconstrução do pontilhão entregue em 2016. Os trabalhos foram realizados pela Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (SIURB), atualmente Secretaria Municipal de Serviços e Obras, e investidos R$ 2,5 milhões nos serviços concluídos em julho do ano passado.

Segundo a Prefeitura Vila Prudente, engenheiros constataram que a base para aplicação do pavimento não foi feita com material adequado e a secretaria responsável pela obra já foi comunicada. Foi ressaltado que equipes da Prefeitura local continuarão realizando correções no asfalto para preservar a segurança de quem passa pelo trecho até que a solução definitiva seja providenciada pela empresa que realizou a obra de reconstrução do pontilhão.

Paulistas podem receber alerta de riscos por SMS
Situação da avenida Anhaia Mello após enchentes em fevereiro, alerta do Governo tem o objetivo de evitar que os cidadãos sejam pegos de surpresa

 

Desde o último dia 16, qualquer cidadão residente no Estado de São Paulo pode se cadastrar para receber alertas de risco de desastres naturais direto no celular, gratuitamente, por mensagens de texto. A prática de emitir alertas diretos à população já é corriqueira em países como Estados Unidos e Japão, onde são comuns furacões e terremotos. Em São Paulo, pode ajudar a salvar vidas em casos de chuvas fortes, enchentes, deslizamentos, incidência de raios e outros fenômenos causados por eventos meteorológicos.

O sistema foi desenvolvido pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil e está sendo implantado em São Paulo pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (CEDEC/SP). Ele já funciona desde junho no Paraná e em Santa Catarina, onde foi implantado como projeto piloto. No território paulista, terá capacidade para alcançar os 42 milhões de celulares ativos.

“Ter essa comunicação direta com a população sempre foi um anseio nosso. Mas, para o sistema ter sucesso, é preciso a adesão das pessoas”, diz a coronel Helena dos Santos Reis, secretária-chefe da Casa Militar e coordenadora estadual de Defesa Civil. “Ninguém precisa se preocupar com spam. Os alertas são regionalizados e enviados realmente quando há necessidade”, completou.

A partir de ontem, todos os usuários de celular do Estado de São Paulo estão recebendo uma mensagem SMS informando sobre a ativação do sistema. Para se cadastrar, a pessoa só precisa responder essa mensagem com o número do CEP de interesse.  Com isso, o cidadão passa a receber alertas sempre que a Defesa Civil identificar uma situação de risco na área que abrange o CEP indicado.

O cadastramento poderá ser feito a qualquer tempo, mesmo que a pessoa não receba a mensagem inicial. Basta enviar um SMS para o número 40199, escrevendo o CEP de interesse. Para cadastrar mais de um CEP, é necessário enviar uma mensagem por vez. Não há limite para a quantidade de CEPs que podem ser cadastrados.

Os alertas são curtos, com até 160 caracteres, e visam apenas informar sobre um possível risco. A qualquer momento, a população pode buscar informações detalhadas no site da Defesa Civil estadual (www.defesacivil.sp.gov.br), incluindo orientações sobre o que fazer em cada situação.

A vantagem do sistema SMS é que ele é acessível nos celulares mais simples, sem necessidade de smartphones ou pacote de dados. Por isso, seu alcance é potencialmente maior.

Legislação

A Lei 12.340/14, que trata da prevenção ao risco de desastres, tornou obrigatório que as empresas de telefonia móvel transmitam, gratuitamente, informações de alerta à população sobre risco de desastre. A partir da Lei, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) trabalhou na regulamentação do serviço junto com a Secretaria Nacional e os demais órgãos de Defesa Civil, que elaboraram o sistema de alerta.

O serviço, sem custo para a população, é feito em parceria com o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CENAD), Anatel e operadoras de telefonia móvel.

 

CNH pode ser suspensa mesmo sem 20 pontos

Uma única infração gravíssima pode causar a suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). E com as novas regras que passaram a valer em todo o Brasil desde o último dia 1º, o período mínimo de suspensão para quem comete essas infrações dobrou, passando de um para dois meses.

O Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP) alerta para dez atitudes que tiram o direito de dirigir dos motoristas mesmo sem atingir 20 pontos no período de um ano:

1)  Dirigir depois de beber: multa de R$ 2.934,70 e suspensão da CNH por 12 meses.

2)  Recusar o teste do bafômetro: multa de R$ 2.934,70 e suspensão da CNH por 12 meses.

3)  Ultrapassar entre veículos que estão transitando em sentidos opostos: multa de R$ 2.934,70 e suspensão da CNH de 2 a 8 meses.

4)   Disputar corrida (racha): multa de R$ 2.934,70 e suspensão da CNH de 2 a 8 meses.

5)  Deixar de prestar ou providenciar socorro à vítima ou de evitar perigo para o trânsito em caso de envolvimento em acidente de trânsito: multa de R$ 1.467,35 e suspensão da CNH de 2 a 8 meses.

6)  Transitar em velocidade acima de 50% à máxima permitida: multa de R$ 880,41 e suspensão da CNH de 2 a 8 meses.

7)  Fugir de bloqueio policial: multa de R$ 293,47 e suspensão da CNH de 2 a 8 meses.

8)  Pilotar moto sem capacete ou vestuário adequado: multa de R$ R$ 293,47 e suspensão da CNH de 2 a 8 meses.

9)  Pilotar moto com os faróis apagados: multa de R$ 293,47 e suspensão da CNH de 2 a 8 meses.

10) Transportar na moto crianças com menos de 7 anos: multa de R$ 293,47 e suspensão da CNH de 2 a 8 meses.

Quem cometer uma dessas infrações, será notificado pelo Detran.SP sobre a abertura do processo e terá o direito de apresentar defesa, conforme garante a legislação federal. O recurso, a todas as instâncias, pode ser apresentado de forma 100% online no portal www.detran.sp.gov.br.

Caso os recursos não sejam aceitos, assim que tiver a suspensão decretada, o motorista deve entregar a habilitação e cumprir a pena estabelecida. Também é necessário passar por um curso de reciclagem com carga horária de 30 horas.

Segundo dados do Infosiga SP, banco de dados do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito, 94% dos acidentes com mortes são causados por imprudência. “Com uma simples mudança de atitude, muitos acidentes poderiam ser evitados. Por isso, a conscientização dos motoristas é fundamental. Além disso, a fiscalização de trânsito pelos diversos órgãos autuadores deve ser constante”, avalia Maxwell Vieira, diretor-presidente do Detran.SP.