Em reunião realizada na quarta-feira, dia 5, entre a vereadora Juliana Cardoso (PT) e o prefeito pegional da Vila Prudente, Jorge Farid, foi reafirmado o compromisso pela administração local em dar prioridade ao projeto de implantação da rua dos Crépis, na Vila Bela.

A reivindicação dos moradores tem mais de 50 anos e sofreu vários contratempos. Durante a reunião, que teve participação de moradores locais e de técnicos da Coordenadoria de Projetos e Obras da Prefeitura Regional, foi apresentado o estudo complementar contratado no fim do ano passado pela gestão anterior. Esse trabalho detalha as intervenções a serem realizadas para a contenção da encosta para evitar riscos de novos deslizamentos de terra.

O local sofreu grande desmoronamento de terra e entulhos originários da rua Cobéias em janeiro de 2010. O acidente bloqueia até hoje os fundos de 25 imóveis que têm entrada pela rua Ipoméias. “Sei que essa justa reivindicação é de décadas e acompanho esse pedido desde o desmoronamento”, afirma a vereadora Juliana Cardoso. “Com esse estudo complementar não há mais razões para postegar a obra”.

No final de 2014, a obra foi licitada e a empresa vencedora homologada, mas técnicos da então subprefeitura não deram a ordem de início dos serviços. A alegação é que o projeto era parcial e só contemplava a pavimentação e drenagem.

“Esse é mais um dos desafios que temos aqui na Vila Prudente e que acatamos, mas a questão central são obter os recursos necessários”, declarou o prefeito regional. No Plano Diretor Estratégico Regional da Vila Prudente a obra é uma das prioritárias.

A previsão de custo das obras é de R$ 2,2 milhões. No debate da previsão orçamentária para este ano na Câmara Municipal, o mandato da vereadora Juliana Cardoso indicou recursos para as obras da Rua dos Crépis num dos itens da então Secretaria das Subprefeituras, mas eles estão congelados. “O caminho agora é conseguirmos essa verba na dotação Fundurb [Fundo de Desenvolvimento Urbano], justificando que se trata de área de risco geológico”, disse.

Ao fim do encontro ficou encaminhado que haverá uma vistoria técnica para dirimir algumas dúvidas do projeto. Em seguida, deverá ser agendada reunião como o vice-prefeito e secretário das Prefeituras Regionais, Bruno Covas, para mostrar a importância dessa obra e a liberação dos recursos. (colaboração André Kuchar)

Ao longo da semana passada, a Prefeitura Regional de Vila Prudente investiu tempo e equipes para fazer um grande mutirão nos baixos do viaduto Pacheco e Chaves e remover enorme quantidade de lixo e entulho acumulados, melhorando as condições sanitárias e diminuindo o aspecto de degradação do trecho que serve de passagem para a estação Ipiranga da CPTM e onde vivem dezenas de famílias por causa da ocupação de uma praça pública, cujo processo de reintegração está na Secretaria Municipal de Habitação. Desta vez a ação recebeu o nome de “Faça Seu Bairro Lindo”, programa estabelecido pela nova gestão municipal, e foi mais uma das muitas que já aconteceu no local nos últimos anos. O problema é que passados alguns meses, o espaço sempre voltou ao cenário de abandono e inclusive já registrou incêndios que poderiam ter comprometido a estrutura do viaduto.

Esse foi tema central do encontro na manhã da última quarta-feira, dia 28, entre o prefeito regional de Vila Prudente, Jorge Farid, e o presidente do Círculo de Trabalhadores Cristãos e da Folha, Newton Zadra. Reunidos na sede do jornal, Zadra explicou que há quase dez anos o Círculo tenta implantar um grande projeto social naquele trecho. “A Prefeitura pediu uma proposta detalhada e contratamos profissionais para desenvolver um projeto levando em consideração todas as especificações técnicas que nos foram solicitadas. Os anos foram passando e só ouvimos desculpas ou fomos ignorados”, comenta Zadra que apresentou ao prefeito regional e à equipe técnica que o acompanhava vasta documentação e plantas detalhadas do projeto.

“São essas atitudes que nos fazem desacreditar do poder público. Preferem manter um terreno negligenciado e cheio de lixo, do que viabilizar um projeto voltado para centenas de crianças e jovens. No projeto, está claro que o Círculo vai arcar com os custos”, destaca Zadra, lembrando que a entidade mantém o programa “Construindo o Futuro” que atende mais de 200 crianças carentes no período em que não estão na escola.
Farid se comprometeu a montar um grupo de estudos para tentar encontrar uma saída para viabilizar o projeto. “A intenção é ocupar aquela área para evitar que, daqui a alguns meses, tenhamos que retirar todo o lixo e entulho novamente. A princípio, apenas para não ficar vazio, pretendo colocar algumas opções para a criançada brincar e paralelamente, vamos estudar como viabilizar esse projeto do Círculo”, afirma.

O coordenador de Planejamento e Desenvolvimento Urbano da Prefeitura Regional, Paulo De Lucca, explicou que levantou o processo do Círculo e constatou que pouco mais de quatro anos atrás, o projeto obteve posicionamentos favoráveis de vários setores da Prefeitura, mas acabou parado porque a subprefeita na época, Patrícia Saran, atentou que a área poderia ser utilizada pelo Metrô para expansão da Linha 15 do monotrilho até a estação Ipiranga de trem. No entanto, o Governo do Estado congelou o prolongamento e não há previsão de retomada. A equipe da Prefeitura Regional se comprometeu a cobrar uma posição do Metrô.