Desde que foi inaugurado há 15 anos, o Hospital Estadual de Vila Alpina tem uma grave falha estrutural, inexplicavelmente acatada pela Prefeitura ao longo desses anos. A calçada na rua José Jeraissati, além de ser estreita, acumula árvores, telefone público e postes de energia elétrica, que atrapalham o caminho de pedestres e impedem a passagem de cadeirantes e mães com carrinhos de bebê. Outro problema é a impossibilidade do ponto de ônibus existente no trecho receber abrigo para proteger os usuários do transporte coletivo do sol e da chuva.
Depois de vários questionamentos do jornal, a Secretaria Estadual de Saúde informou no mês de junho que a direção do hospital se reuniria com representantes do grupo técnico de edificações do órgão e da Prefeitura Regional para estudarem possíveis melhorias. No entanto, conforme a Folha levantou, a reunião não aconteceu. Não é a primeira vez que o tema cai no esquecimento.
Em agosto de 2014, após a Folha realizar sucessivas reportagens cobrando providências e mostrando várias queixas de pedestres e pacientes, aconteceu uma reunião entre representantes da então Subprefeitura de Vila Prudente e do hospital com o objetivo de tentar um acordo que viabilizasse melhorias na calçada. Logo após o encontro, a assessoria de imprensa da Subprefeitura informou que a gerência do hospital tinha se proposto a recuar o muro da unidade em cerca de três metros, no trecho entre a entrada do pronto-socorro e o ponto de ônibus, permitindo assim que a São Paulo Transportes (SPTrans) colocasse um abrigo no local. Entretanto, passado mais de três anos, a situação no local permanece inalterada.
Ao ser questionada novamente pelo jornal nesta semana, a Prefeitura Regional Vila Prudente informou que o prefeito regional Guilherme Brito, entrou em contato com o hospital e realizou uma vistoria com a sua equipe técnica na última quinta-feira. Foi ressaltado que foi agendada para amanhã, dia 10, uma reunião com a diretoria da unidade para discutir o problema e cobrar providências.
A Secretaria Estadual de Saúde informou que está em elaboração um projeto para analisar a viabilidade da obra. Foi ressaltado que a estrutura física do hospital foi feita com base na legislação municipal e eventuais necessidades relacionadas ao mobiliário urbano, como ponto de ônibus, postes e até mesmo árvores situadas no passeio público são de competência municipal.