Metrô demole imóveis desapropriados na Santa Clara

A Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô reiniciou neste mês as demolições dos imóveis que foram desapropriados para a construção da estação Água Rasa da Linha 2 – Verde, entre as ruas São Maximiano, Gopiara, Caxiuna e parte da avenida Adutora do Rio Calro, na Santa Clara. Os escombros estavam abandonados, repletos de lixo, tomados pelo mato e servindo de abrigo para moradores em situação de rua desde quando foram esvaziados em 2015. Na área onde existiam as construções já é possível observar um extenso espaço descampado. A vizinhança está preocupada agora com a possibilidade de invasões do terreno.

Embora o Metrô esteja fazendo as demolições não significa a retomada das obras de expansão da Linha 2 – Verde. Conforme a FolhaVP publicou com exclusividade em janeiro deste ano, o prolongamento do ramal foi gongelado novamente até o final do ano. O Governo Federal decidiu excluir o projeto do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e não destinou verba para São Paulo sob a alegação de que o governo estadual não “formalizou a contratação das operações de crédito junto aos agentes financeiros do programa”. O anúncio foi publicado em portaria no Diário Oficial da União do dia 30 de dezembro de 2016.

Em resposta à FolhaVP, o Metrô confirmou que a segunda fase das demolições dos imóveis desapropriados para a ampliação da Linha 2-Verde já foi iniciada e a Companhia está concluindo o processo de contratação da empresa que vai executar a limpeza e manutenção destes terrenos. A expectativa é assinar o contrato ainda neste primeiro semestre para, em seguida, começar os trabalhos que incluirão também a colocação de cercas nos terrenos e correção das calçadas. Além disso, o Metrô garantiu que mantém rondas motorizadas para a vigilância de todos os imóveis de sua posse. A Companhia também ressaltou que a execução dos contratos para as obras civis da ampliação da Linha 2 foi suspensa por mais um ano, até dezembro de 2017, e que mesmo com a crise financeira do país, o Metrô investe na construção e ampliação das linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 15-Prata e 17-Ouro, priorizando a utilização dos recursos para a conclusão destas obras já em andamento. (Gerson Rodrigues)

 

Dois estrangeiros são presos por furto na Vila Prudente

Na manhã do domingo, dia 19, policiais militares da 4ª Companhia do 21º Batalhão prenderam dois estrangeiros no interior da Lojas Americanas em Vila Prudente. O colombiano Cesar Andres Romero, 38 anos, e o venezuelano John Gomes Galindo, 30, foram surpreendidos no interior do estabelecimento, que ainda estava fechado, furtando diversos equipamentos eletrônicos e dinheiro. Com eles também foram encontradas ferramentas de construção utilizadas no arrombamento da loja.

De acordo com o boletim de ocorrência registrado no 56º Distrito Policial – Vila Alpina, a dupla foi observada no interior da loja pela central de monitoramento que fica no Rio de Janeiro. O responsável pela unidade foi comunicado e avisou os seguranças do centro comercial que, de imediato, acionaram a PM.

Ao chegarem ao estabelecimento os policiais se depararam com grande desarrumação, objetos jogados no chão e revirados. Depois de vistoriarem o local encontraram os dois estrangeiros na cozinha com mochilas contendo muitos videogames, celulares, tablets e a quantia de R$ 14.500 em dinheiro.

De acordo com o responsável pela loja, a dupla ingressou no local na noite anterior e, através de um estabelecimento vizinho, acessou a casa de máquina, arrombou o teto e chegou à unidade.

Os dois estrangeiros foram presos em flagrante por furto qualificado, não tendo direito à fiança, pois a pena por esse delito é superior a quatro anos de prisão. Os objetos e valores subtraídos foram apreendidos, avaliados e entregues ao representante da loja. As ferramentas localizadas com a dupla foram encaminhadas para perícia.

Anhaia Mello não resiste às obras do monotrilho

Desde o final de 2009, quando foram iniciadas as obras da Linha 15-Prata do monotrilho na avenida Anhaia Mello, o asfalto da via nunca mais foi o mesmo. Com a intensa movimentação de caminhões, tratores e demais veículos pesados, o pavimento não resistiu e surgiram crateras, rachaduras, ondulações, entre outros problemas. Quando reparos acontecem são apenas paliativos. Atualmente os piores trechos são os que ficam perto das obras das próximas estações previstas: São Lucas, Camilo Haddad e Vila Tolstoi.

Onde os trabalhos do monotrilho já foram finalizados, entre as paradas Vila Prudente e Oratório, não há grandes problemas, pois a avenida foi recapeada há cerca de um ano pela Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô, que assumiu a responsabilidade pelo serviço na assinatura do contrato de execução da obra da Linha 15. Mas, a partir da estação São Lucas, o pavimento está muito deteriorado.

A professora Suzilene Rosa Oncala, que utiliza a Anhaia Mello para ir e voltar da escola onde leciona no Sapopemba, conta que a situação piora a cada dia. “Em alguns trechos sou obrigado a praticamente parar o carro para conseguir passar. Além de ser perigosa, essa precária condição gera muito trânsito”, comenta. “Próximo à estação Vila Tolstoi está caótico. Há enormes buracos com pedriscos que podem causar acidentes. Percebi que jogam essas pequenas pedras e depois cobrem com asfalto, o que acaba piorando, pois surgem desníveis que balançam muito o carro e o motorista pode perder o controle”, completa Suzilene.

Quem também está cansado de escutar reclamações é o frentista do posto de combustíveis em frente ao canteiro de obras da estação Camilo Haddad, no São Lucas. “Um dos principais assuntos com os motoristas que param para abastecer é sobre os buracos. Conheço um que teve prejuízo de quase mil reais, porque quebrou o amortecedor e uma das rodas ao passar por uma dessas crateras”, relatou Bruno dos Santos.

Questionado pela reportagem, o Metrô informou que já acionou as empresas contratadas para recomposição, em caráter de urgência, dos trechos de via mais prejudicados. Foi ressaltado que nos demais pontos os serviços serão realizados de acordo com a conclusão das etapas das obras de implantação do monotrilho, que segundo estimativas da própria Companhia são apenas no final do ano.

A Prefeitura Regional Vila Prudente informou que o recapeamento da via será realizado pelo Metrô após a conclusão do monotrilho, no entanto, de forma emergencial, tem realizado o serviço de tapa-buraco ao longo da avenida. Houve a promessa de que o trecho mais problemático nas proximidades da estação Vila Tolstoi seria recuperado ainda nesta semana.

Banda cover do Kiss tem integrantes da Mooca

Formada por quatro fãs do consagrado grupo de rock Kiss, conhecido mundialmente pelas maquiagens e apresentações performáticas, a Destroyer Kiss é a mais antiga banda cover do Brasil que faz tributo aos norte-americanos. Criado em 1984, o conjunto já realizou mais de três mil shows pelo país e América Latina, com participações em mais de 300 programas de TV.

O fundador da banda, vocalista e guitarrista Fábio Stanley é mooquense desde o nascimento. O baixista e vocalista Jota Simmons também mora no bairro. Os demais integrantes são: Leonardo Criss – baterista e voz; e Diego Frehley – guitarrista e voz. Todos os sobrenomes são artísticos em homenagem aos músicos Kiss: Paul Stanley, Gene Simmons, Peter Cris e Ace Frehley.

“Nosso objetivo sempre foi o de oferecer entretenimento. Tocamos ao vivo os antigos sucessos do Kiss, incluindo a atuação de palco e o aparato cênico característico dos shows deles”, conta Fábio revelando que todos os ensaios acontecem na Mooca. “Os figurinos obedecem os padrões estabelecidos pelo Kiss e os shows também são incrementados com efeitos visuais pirotécnicos”, completa.

Em 1997 a Destroyer Kiss foi oficialmente reconhecida pelo Kiss original como a única banda tributo atuante na América do Sul. Outro momento inesquecível para os integrantes aconteceu em 2003, quando o próprio baterista do Kiss, Eric Singer, veio ao Brasil e participou de quatro shows com a Destroyer. Em 2007 foi a vez de tocar com o guitarrista da banda na época, Bruce Kullick. Já em 2009 o conjunto foi eleito como o melhor grupo cover do Brasil em competição promovida pelo Domingão do Faustão da Rede Globo.

Atualmente a Destroyers segue com suas apresentações em bares, teatros, casas de shows, casamentos e outros eventos. Para saber mais sobre o grupo acesse o site: www.destroyerkiss.com.br.

Núcleo de Negócios tem novo encontro dia 23

No próximo dia 23, com credenciamento a partir das 18h30, acontece a terceira rodada de reunião do Núcleo de Negócios Mooca e Vila Prudente, realizada pela Associação Comercial – Distrital Mooca em parceria com a Doc Contábil e apoio da FolhaVP, do Círculo de Trabalhadores Cristão de Vila Prudente, Sebrae-SP, Acqua Academia e demais empresas. O encontro será no Espaço Pyramid´s do Clube Atlético Juventus e a expectativa é reunir cerca de 120 empresários de diversos setores.

“O Núcleo tem por objetivo maior ser um facilitador para viabilizar encontros empresariais que fomentem e gerem novos negócios, parcerias e conhecimentos”, destaca Elcio Pereira da Silva, da Doc Contábil.

Entre os temas que serão abordados nesta edição estão: saber fazer negócios, incrementar as vendas e entender o cenário atual. “Acreditamos, nós aqui do Núcleo, que torna-se  mais fácil entender o cenário atual quando buscamos interagir com o outro, conhecer outros exemplos vindos de profissionais da nossa área, ou de outro segmento, e o principal: quando buscamos conhecimento”, explica Francisco Antonio Parisi, superintendente da Distrital Mooca da Associação Comercial e um dos organizadores do Núcleo.

Além das dinâmicas envolvendo os participantes, o evento contará com a palestra “O novo ambiente de negócios após a Lava-Jato”, ministrada pelo advogado e professor de Direito, José Luiz Toro da Silva, cuja carreira inclui a passagem pelo Rotary Internacional como governador do Distrito 4430.

As inscrições são limitadas. A taxa de participação, voltada para cobrir parte das despesas do Núcleo, é de R$ 50 que pode ser paga até o dia do evento através de depósito bancário. Interessados em obter mais informações podem entrar em contato pelos telefones: 3180-3093 e 3180-3093 e falar com Daniela ou Bianca.

O Espaço Pyramid´s do Clube Atlético Juventus fica na rua Comendador Roberto Ugolini, 20, Mooca. Haverá estacionamento gratuito no número 152 da mesma via.

Metroviários prometem parar as Linhas 2 e 15

O Sindicato dos Metroviários confirmou participação na greve geral de 24 horas marcada para esta quarta-feira, 15 de março, contra a Reforma da Previdência proposta pelo presidente Michel Temer (PMDB). A expectativa dos sindicalistas é que o ato afete cinco linhas a partir da meia noite, entre elas a Linha 2-Verde do metrô e a Linha 15- Prata do monotrilho com estações em Vila Prudente.

As demais linhas que devem parar são a 1-Azul, 3-Vermelha e 5-Lilás. Apenas a linha 4-Amarela, que é administrada pela ViaQuatro, deve funcionar normalmente.

Os metroviários decidiram manter a paralisação, mesmo após o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo determinar no início da noite que 100% do efetivo deveria operar nos horários de pico, atendendo pedido do Governo do Estado.

A paralisação deve ter adesão ainda dos condutores de ônibus, entre 0h e 8h, além de várias entidades, sindicatos e centrais sindicais. Está prevista a participação de professores do Estado e município, bancários, funcionários dos Correios, entre outras categorias.

Rodízio suspenso

Diante da ameaça da paralisação dos transportes públicos da cidade, a Prefeitura decidiu suspender o Rodízio Municipal de Veículos nesta quarta-feira, durante todo o dia. A medida vale apenas para os carros, as restrições de circulação para os caminhões continuam valendo.

 

 

 

PR-VP no combate ao descarte irregular de resíduos

Não faltam pontos na região em que pouco depois do caminhão de coleta passar, já tem acumulados sacos com lixo, móveis velhos e pneus de veículos, entre outros entulhos. Estes são os chamados pontos viciados de despejo clandestino de resíduos.

De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura Regional de Vila Prudente (PR-VP), a unidade vem promovendo uma força tarefa para combater o problema: faz a limpeza periódica nos pontos de descarte e realiza semanalmente a operação cata-bagulho. Mesmo assim, a irregularidade persiste como na rua São Raimundo (foto), na Vila Califórnia, onde equipes da PR-VP recolheram diversos pneus, entre outros detritos.

A Prefeitura Regional lembra que o acúmulo de lixos em terrenos ou armazenados de modo inapropriado podem gerar a proliferação de pragas e a reprodução dos mosquitos transmissores da dengue, zika vírus, febre amarela, entre outras doenças.

Na cidade de São Paulo, a lei proíbe a deposição de lixo em vias e logradouros públicos e permite que cada imóvel gerador encaminhe o máximo de 50 kg de resíduos por dia para ser recolhido pela Prefeitura por meio da coleta domiciliar convencional, desde que estejam devidamente acondicionados.

Outra opção oferecida pela Prefeitura é o descarte nos Ecopontos: 1m³ de material por pessoa (equivalente a cerca de 25% do volume de uma caçamba ou a uma caixa d´água de mil litros).

A Prefeitura Regional de Vila Prudente conta com dois Ecopontos: o Anhaia Mello, na rua da Prece, 296; e o São Lucas, na rua Florêncio Sanches, 307. O serviço está disponível de segunda a sábado, das 6h às 22h, e aos domingos e feriados, das 6h às 18h. Mais informações: 0800-7777 156.

Carro-chefe da gestão Doria não foi implantado na região
Desde o início do mandato, o prefeito João Doria (PSDB) tem combatido as pichações na cidade. Além de ações que contaram com ele limpando pessoalmente equipamentos públicos, a principal medida foi a sanção da Lei 56/2005, que prevê multa de 5 mil para quem for pego em flagrante e R$ 10 mil se a pichação for em  patrimônio público ou bem tombado. Os valores podem dobrar em caso de reincidência. No entanto, na região, ainda não foi iniciada a recuperação dos equipamentos e nas Prefeituras Regionais não há previsão para a limpeza de locais vandalizados.

Um dos pontos públicos alvo de vandalismo é o muro do Cemitério São Pedro, na avenida Francisco Falconi, Jardim Avelino. Segundo vizinhos do equipamento, frequentemente há pichadores deixando suas marcas. “Já cheguei a acionar a Polícia Militar, mas quando chegaram os pichadores já haviam ido embora. Se realmente quiserem pegar esses infratores, basta permanecerem durante a madrugada”, comenta um comerciante do local que pediu sigilo do nome. “Esses muros são limpos apenas quando está chegando o Dia de Finados. Logo em seguida os pichadores voltam a agir”, completa.

Outro ponto que também foi alvo de vandalismo é o muro da entrada do Parque de Vila Prudente pela avenida Jacinto Menezes Palhares. Até a placa com o nome e o número do equipamento não foi poupada. Vizinhos contam que o local está assim há anos.

A Prefeitura Regional Vila Prudente informou que não há solicitações de reparos em muros municipais na Coordenadoria de Projetos e Obras, bem como não há notícias de pessoas que tenham sido presas em flagrante na região pela Guarda Civil Metropolitana ou pela Polícia Militar. Foi esclarecido ainda que a autuação ao infrator cabe quando devidamente identificado e que o órgão está focado em vistoriar e constatar possíveis infrações em equipamentos públicos, para as providências cabíveis quanto à limpeza.

A Prefeitura Regional Mooca também informou que nenhuma pessoa foi detida e não esclareceu nada sobre ações de limpeza dos locais pichados.

Edir Sales garante que está focada nas demandas locais

A vereadora Edir Sales (PSD) está iniciando o terceiro mandato na Câmara Municipal, onde foi eleita a segunda vice-presidente da Mesa Diretora e também está na Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa, uma das mais importantes da Casa. Sempre atenta às questões da região, ela conta que já acionou os secretários municipais de Educação e Saúde, Alexandre Schneider e Wilson Pollara, sobre as obras atrasadas do Centro de Educação Unificado (CEU) Vila Prudente e da Unidade Básica de Saúde (UBS) Vila Ema. Também garante que já expôs diretamente ao prefeito João Doria (PSDB) a necessidade de rever os traçados de ciclovias implantados em vários bairros locais na gestão passada.

Entre os seus principais projetos de lei pendentes na Câmara que pretende defender neste início de gestão, está o de 2012 que pede a instalação de banheiros químicos em áreas públicas. “Como o prefeito já manifestou bastante interesse nesta questão, acho que vai facilitar o diálogo com a equipe de governo e aqui na Câmara”, comenta Edir. Outra proposta de relevância para a vereadora é a de 2015, que propõe a vacinação em farmácias. “Não é que vai tirar da UBS, mas o problema é que nas unidades de saúde, a vacina demora para chegar e quando chega, acaba logo. Existe uma pesquisa do CRF (Conselho Regional de Farmácia), que eu represento na Câmara, apontando que 60% da população fica sem a vacina e nas clínicas a dose é muito cara, a maioria não consegue pagar. Então, esse projeto visa aumentar a disponibilidade da vacinação. É de um alcance muito grande. Não seria gratuito, só se houvesse a parceria com o Governo, mas de qualquer forma, além de aumentar a acessibilidade da oferta, também será uma concorrência para as clínicas, que pode acarretar preços mais competitivos”, explica.

Durante a entrevista na sede da FolhaVP, a vereadora falou ainda que considera demagogia barata a promessa de vereadores de doar parte do salário. Acompanhe a seguir.

Folha – A senhora já foi deputada duas vezes e agora está no terceiro mandato na Câmara. Acumula bastante experiência sobre o funcionamento dessas Casas parlamentares. Como a Câmara pode enxugar seus gastos e principalmente resolver a questão dos supersalários de funcionários, alguns deles maiores do que o vencimento do próprio prefeito?

Edir SalesNeste ano, nos trabalhos da Mesa Diretora, já estamos buscando formas de resolver o problema desses supersalários, inclusive recorrendo à Justiça. Vamos fazer uma reavaliação de todos esses casos. Também já iniciamos algumas mudanças, os motoristas, por exemplo, tinha dois vales refeição (para o almoço e janta), agora vão passar a ter um só. Também foi reduzida de 96 para 60 a quantidade de guardas civis metropolitanos na Casa – porque quando vão para lá, ganham o salário mais o adicional que acaba sendo maior que o salário e é pago pela Câmara. Nesse início de mandato já ocorreram esses cortes para economia. Também estamos desligando os funcionários acima de 65 anos, que têm a oportunidade de fazer acordo para a demissão voluntária. A expectativa de economia é grande com essas medidas e a nossa meta é devolver R$ 100 milhões para a Prefeitura no final de 2017. No ano passado devolvemos metade disso.

Folha – Outra recente polêmica envolvendo a Câmara foi a votação para o aumento dos próprios salários dos vereadores em mais de 26% no final do ano passado. A senhora fazia parte da Mesa Diretora, participou da discussão de colocar a questão em pauta, mas se ausentou da votação. O caso provocou enorme repercussão negativa na população, tanto que há vereadores prometendo doar a diferença salarial, caso a correção seja liberada pela Justiça. Como a senhora se posiciona nesta questão?
Edir Sales
Ficamos sem reajuste por oito anos, então, na verdade, agora não foi aumento, foi a correção que, mesmo assim, ficou abaixo da inflação. Entendo que por conta do momento, de grave crise econômica no país, virou uma situação bem delicada diante da sociedade e já esperávamos esse desgaste, eu mesma levantei esse problema durante a discussão da questão na Mesa Diretora e tanto que nem votei. Mas, como a próxima correção só poderia ocorrer em quatro anos, a Mesa avaliou e resolveu levar para votação, porque senão seriam 12 anos sem reajuste. É importante deixar isso claro: uma coisa é aumento, outra é a correção da inflação desse período. Agora, acho uma demagogia barata essa nova mania de prometer doar a diferença do salário para instituições, caso o reajuste realmente ocorra. Eu vivo desse salário, não posso sair doando, mas, como vereadora, tenho outras maneiras de ajudar as entidades e de forma muito mais efetiva do que prometer um valor que não vai passar de R$ 2 mil reais por mês. É importante deixar claro que vereadores são eleitos para legislar e fiscalizar o Executivo, mas somos muito procurados para auxiliar na área social. Então, se eu tenho um mandato e a oportunidade de ajudar as pessoas na hora em que elas mais precisam, por que eu negaria esse auxílio e orientação? Enfim, é muito mais do que sair prometendo que vai doar dinheiro. Tenho meu escritório há 17 anos no mesmo lugar da Vila Prudente (rua do Orfanato, 20). Eu mesmo atendo no escritório uma ou duas vezes por semana para evitar o deslocamento até a Câmara. É só agendar. Então, acho mesmo uma hipocrisia essa história de doar o salário.

Folha – Na região estamos enfrentando o atraso e a morosidade em diversas obras públicas, como a construção do CEU Vila Prudente e da UBS Vila Ema, ambas da Prefeitura. Até como parte da função de fiscalizar o Executivo, como a senhora pode ajudar nestas questões?

Edir Sales – Isso é um desperdício de verba inclusive. No caso da UBS, até gravamos um vídeo a última vez que fomos lá (no final do ano passado) porque havia risco de dengue com uma poça de água enorme dentro da obra. Agora está com matagal. Também é um antro para pessoas suspeitas que podem invadir o local, pois à noite fica abandonado. No primeiro mês de mandato, já fiz reuniões com os secretários de Saúde e de Educação para falar sobre essas obras. O Alexandre Schneider (Educação) acha que até a metade do ano está difícil reiniciar a obra do CEU, mas garantiu que fará o máximo possível. Ressaltei que vem causando muito problema na região, por causa dos equipamentos inutilizados dentro do Clube Escola, como o ginásio de esportes, as piscinas, a pista de caminhada, que eram bastante usadas pela comunidade. Depois cortaram a água e a iluminação. Enfim, o objetivo é afastar mesmo o usuário do espaço e falei para ele que isso é um absurdo. Estou sempre atenta para essas questões da região. Tenho uma pessoa no gabinete focada nos prazos para cobrar quando começam a ocorrer os atrasos. Inclusive, no início deste mandato, reiteramos as principais demandas que ficaram pendentes na gestão passada. Já reencaminhamos ofícios para CET, Ilume (Departamento de Iluminação Pública) e outros órgãos cobrando tudo que entendemos que é relevante. Por exemplo, estamos defendendo junto a CET a colocação de vagas de estacionamento a 45º na avenida Jacinto Menezes Palhares e na rua Pinheiros Guimarães.

Folha – Na época da implantação das ciclovias na gestão passada, a senhora trouxe uma equipe da CET na região e percorreu os trajetos com os técnicos e uma comissão de moradores, apontando trechos mal sinalizados e até possíveis falhas de projeto em pontos que geravam perigo tanto para ciclistas como para os motoristas. Com a mudança de gestão, a senhora vai insistir nessa questão?
Edir Sales –
Na primeira reunião em que tive oportunidade de estar com o (prefeito) Doria já discuti essa questão. Disse que na minha região existem algumas ciclovias inoperantes, não têm lógica de existir e nem passam ciclistas. Ressaltei que não sou contra essas faixas, mas precisam ser colocadas em locais apropriados. Obtive o compromisso dele de que a Prefeitura fará um replanejamento das ciclovias.

Sem sinalização, pedestres se arriscam na avenida Vila Ema

Em dezembro do ano passado foi finalizada a obra de drenagem realizada pela Prefeitura na avenida Vila Ema, entre as ruas Maria Fett e Herwis. O trecho, que é bastante movimentado, foi recapeado, mas, desde então, não foi realizada a sinalização viária, o que tem gerado perigo aos motoristas e pedestres que passam pela via.

Segundo o comerciante Antonio Geraldo Bueno, a falta de sincronia entre os órgãos da Prefeitura coloca em risco a vida das pessoas. “Já passaram três meses do término da obra e a sinalização ainda não foi feita pela CET. Esse trabalho deveria ter sido executado logo em seguida que a obra foi concluída. Enquanto não fazem nada os motoristas e pedestres são obrigados a se arriscarem, principalmente os mais idosos”, afirmou Bueno.

Outro comerciante que também está preocupado com a falta de sinalização é Roberto Sanches. “Todos os dias vejo as pessoas atravessarem correndo entre os carros e ônibus. A faixa de separação de pista e de pedestre precisam serem pintadas com urgência antes que ocorra algum acidente grave”, comentou.

A FolhaVP entrou em contato com a Companhia de Engenharia de Tráfego e questionou o motivo da via ainda não ter sido sinalizada e qual é a previsão para a realização do serviço, mas o órgão não se manifestou até o fechamento da edição.