De tempos em tempos a notícia se repete. O estudante Eduardo Nieri, de 27 anos, conta que por volta das 7h30 da última terça-feira, dia 28, estacionou a sua bicicleta no paraciclo das estações Vila Prudente do metrô e do monotrilho, na avenida Anhaia Mello, e foi à faculdade. Apesar de ter usado uma corrente e um cadeado, quando voltou em torno do meio dia, não a encontrou no local.
Segundo o estudante, assim que percebeu o furto e notar uma câmera de vigilância nas proximidades, dirigiu-se à cabine de segurança da estação. “No local fui informado que o Metrô não se responsabiliza por este tipo de delito e que a câmera próxima ao paraciclo não pega as bicicletas paradas e também não grava as imagens. Quer dizer, não serve para nada e também não há segurança alguma”, afirmou.
Indignado com a situação, Nieri percorreu algumas lojas de bicicletas da região para explicar o ocorrido e solicitar ajuda caso alguém aparecesse para tentar comercializar seu equipamento, que era apropriado à pratica de Montain Bike e avaliado em cerca de R$ 2.500. Mas, teve a segunda surpresa negativa do dia. “Pensei que possivelmente alguém já teria tentado vender minha bicicleta nestas lojas, mas, não tive sucesso até agora. E fiquei ainda mais surpreso porque em todas as bicicletarias me orientaram a nunca parar nestes paraciclos do Metrô, pois quase todos os dias há casos de furto”, conta.
Em protesto ao ocorrido, Nieri voltou ao paraciclo e colou nas paredes vários cartazes com os dizeres: “Não deixe sua bike aqui, alto índice de furto, a minha foi furtada hoje”.
No dia seguinte a reportagem da FolhaVP esteve no local e verificou que os cartazes foram removidos. O jornal entrou em contato com a Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô e aguarda um posicionamento. Nas diversas matérias anteriores sobre o mesmo tipo de delito em seus paraciclos, a resposta foi sempre a mesma: que o Metrô não se responsabiliza e que existe placa informativa no local. No entanto, já houve caso de usuário do metrô ganhar na Justiça a indenização pelo furto.
Cheguei a usar o bicicletário da estação Oratório do monotrilho algumas vezes, até que um dia, ao voltar do trabalho, encontrei a corrente que usava para prender minha bicicleta cortada. Só não levaram minha bicicleta porque tinha uma segunda trava U na parte de baixo, que provavelmente o bandido não tinha percebido. Fui informado na época que o roubo de bicicletas lá era comum e, após reclamar no SAC do metrô, recebi uma resposta padrão de que o metrô não se responsabiliza pelos roubos em seus bicicletários. Absolutamente lamentável.