Na edição passada a Folha publicou matéria sobre o deteriorado prédio localizado na esquina das avenidas Vila Ema e Salim Farah Maluf, no Parque Sevilha, que foi ocupado por um grupo de sem-tetos no último dia 7. De acordo com informações colhidas pela reportagem, o local, que no passado abrigou a padaria Amália, está tomado por cerca de 200 famílias. Desde o início da ocupação, a Folha tem recebido muitas reclamações e denúncias de moradores e comerciantes vizinhos, que descrevem situações problemáticas no trecho.
“No período da noite, por exemplo, a rua onde está a principal entrada do prédio fica praticamente fechada com várias pessoas andando pelo meio da via e sentadas nas calçadas. Não temos como saber se há pessoas mal intencionadas entre os ocupantes. A vizinhança está bem insegura”, comentou um vizinho que não quer divulgar o nome.
Outra preocupação é que o imóvel apresenta problemas estruturais, segundo a vizinhança. “As paredes estão rachadas, a estrutura de ferro dos telhados está despencando e vários pontos estão sem telhas. Algum acidente grave pode acontecer com as pessoas que estão no interior do prédio, pois percebemos que estão adaptando e construindo no local”, comentou um vizinho que preferiu não revelar o nome.
No primeiro posicionamento da Subprefeitura Mooca, encaminhado na semana passada, o órgão informou que, por ser particular, cabia ao proprietário entrar na justiça e requerer retomada da posse. Além disso, foi ressaltado que não havia ações programadas para o local. Diante da grande quantidade de reclamações que continuam chegando, a Folha voltou a procurar a Subprefeitura nesta semana reiterando o risco de acidentes em razão da condição do prédio e o incomodo da vizinhança com a situação. A reportagem questionou ainda o órgão sobre a possibilidade de acionar o responsável legal pelo imóvel, mas a Subprefeitura voltou a informar que cabe ao proprietário tomar todas as providências.
Na semana passada, o 21º Batalhão de Polícia Militar informou que o policiamento ostensivo continuará ocorrendo no local.
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