As fortes chuvas do início do ano provocaram danos irremediáveis na estrutura do prédio da escola municipal de ensino fundamental (EMEF) Visconde de Taunay, na avenida Casa Grande, na Vila Industrial. A Prefeitura terá que reconstruir 2.195 m² do imóvel e outra área de 1.080 m² será reformada, num total de 3.275 m². Para as obras, os 672 alunos matriculados na unidade, segundo dado da Secretaria Municipal de Educação, serão transferidos a partir do próximo mês para as escolas estaduais Professor Aroldo de Azevedo e Jocelyn Pontes.
A notícia de que o prédio será demolido surpreendeu alunos, pais, professores e demais funcionários da EMEF. Mesmo com algumas reuniões já realizadas pela direção da escola, ainda restam muitas dúvidas. “As novas escolas são mais distantes e essa mudança vai complicar bastante a vida de muitos pais, mas também tenho muito medo de saber que meu filho está estudando em um lugar com um problema tão grave, um prédio condenado”, comenta a mãe de um aluno do 4º ano, que prefere não divulgar o nome. “A Prefeitura não devia ter deixado a situação chegar neste ponto, de precisar derrubar uma parte da escola”, completa.
Por conta das dúvidas geradas, a Secretaria foi convidada a participar de uma reunião, junto com representantes de pais de alunos, professores e outros órgãos locais ligados ao governo municipal. O vereador Toninho Vespoli (PSOL) também foi procurado para auxiliar na questão e está tentando intermediar o diálogo entre a comunidade e a Prefeitura. “Não se discute a necessidade de uma nova escola, mas a forma como está sendo colocada essa questão, sem a participação de todos os personagens envolvidos”, destaca a assessoria do vereador.
A Secretaria Municipal de Educação informou à Folha que o Departamento de Edificações da Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb) concluiu o projeto de reforma e reconstrução parcial da EMEF e que atualmente encontra-se em fase de atualização de orçamento para licitação. O projeto compreende a reforma e substituição de um dos blocos de salas administrativas e de serviços, além de salas de aula. O novo bloco terá três andares. A Secretaria enfatizou que a transferência dos alunos será feita em maio.
Olá,
É lamentável a forma com que o poder público trata algumas questões relacionadas à educação. Trabalhei nesta escola entre 2003/2009 e já nesta época havia problemas de infiltrações entre outros, em vários espaços (salas de aula, informática, sala dos professores, etc). E a fala era sempre a mesma: ‘haveria uma reforma pra sanar de vez com estes problemas’. E agora é interressante observar o tratamento democrático/dialógico com que esta Gestão trata esta questão…pois ano passado (2015) voltei lecionar nesta UE e as infiltrações…adivinhem continuavam. Ou seja, se há muitos anos ouvíamos que a escola deveria passar por uma grande reforma…por que não foi realizada? Por que gastar o nosso dinheiro público de uma forma tão ineficiente? Onde entra o Direito de Aprendizagem dos nossos alunos…Pois certamente eles é que irão arcar com os prejuízos advindos da burocracia a serviço do entravamento do processo de ensino e aprendizagem.