De mão dupla e englobando apenas dois quarteirões, a rua Serra do Pereiro liga a rua Suzana e a avenida Alberto Ramos, mas, apesar da curta extensão, acumula problemas que requerem atenção da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Moradores e motoristas reclamam que os cruzamentos são perigosos. Outro problema flagrado pela Folha é o estacionamento irregular.
No cruzamento com a rua Suzana não há qualquer tipo de sinalização de alerta aos condutores e o trecho já registrou vários acidentes. Para complicar ainda mais a vida de quem passa pelo trecho, principalmente no horário de pico da manhã, é comum encontrar carretas estacionadas nas esquinas da Suzana, o que dificulta a visão de quem desce a Serra do Pereiro. “Tenho que embicar o carro até o meio da rua Suzana para tentar enxergar se está vindo outro veículo, dia desses quase bati com um ônibus que vinha no sentido da Anhaia Mello. Sem contar que por causa desses caminhões parados, sobra apenas uma pista para os dois sentidos da Suzana, o que acaba causando trânsito de manhã porque um carro tem que esperar o outro para passar”, conta Jessé Marins, que reside no Jardim Independência há três anos.
Outro morador do bairro, Valdir de Oliveira, está preocupado com o cruzamento das ruas Serra do Pereiro e Marcelo Muller. “Moro há 12 anos no trecho e já vi muita batida. Tem placas de Pare, mas não adianta. Acho que o único jeito de resolver é transformar a Serra do Pereiro em mão única, só para subir no sentido da Alberto Ramos”, opina. “Tem muito caminhão que desce a Serra do Pereiro tão carregado que é perigoso não conseguir frear e invadir as casas lá embaixo”, completa Oliveira.
Outro problema são os veículos, inclusive caminhões, estacionados em pontos proibidos da Serra do Pereiro. Tal situação também atrapalha os pedestres. “É complicado fazer a travessia porque às vezes o motorista só te vê quando você sai de trás do caminhão e já está muito perto. Também faltam as faixas de pedestres na esquina com a Suzana”, reclama Jacira Moraes, que reside no Jardim Independência e trafega pela Serra do Pereiro sempre que vai caminhar no Parque de Vila Prudente.
Questionada pela reportagem, a CET respondeu em 10 de fevereiro que faria vistoria nos cruzamentos citados visando avaliar a sinalização implantada e, caso necessário, promover mudanças que garantam a fluidez e aumentem a segurança viária. A Folha cobrou por duas vezes o resultado da vistoria, mas não obteve retorno até o fechamento da matéria.