Além do grave problema abordado na edição passada, dos túmulos desabados no cemitério São Pedro, na Vila Alpina, outra questão vem incomodando as pessoas que visitam a necrópole. É a falta de manutenção das campas onde foram sepultadas as vítimas, sem identificação, do trágico incêndio do edifício Joelma em fevereiro de 1974. Segundo os frequentadores, o local que abriga as chamadas 13 Almas, está com os jazigos danificados, repletos de rachaduras e aspecto de abandono.
“O espaço serve como santuário para muitas pessoas que crêem que alcançaram graças pela intercessão das 13 Almas. Eu sou uma delas e gostaria que fosse melhor conservado. Os túmulos estão rachados, precisando de reparos. Acho que um pouco de areia, cimento e tinta não custariam tanto para a Prefeitura fazer os consertos”, comenta João Carlos, morador da região .
Nesta semana a Folha esteve no local e constatou a situação. Além da falta de manutenção dos jazigos, foram encontrados vários copos com água sobre as campas, que são colocados por devotos com o objetivo de tranquilizar as vítimas que morreram carbonizadas. A ação preocupa outros visitantes do cemitério. “Entendo e respeito a crença, mas nos preocupamos com a questão da Dengue. Esse copos podem servir de berçário dos mosquitos”, ressalta a aposentada Maria de Lourdes que costuma visitar o cemitério na semana que antecede o Dia de Finados.
Questionado pela reportagem, o Serviço Funerário do Município esclareceu que os copos são retirados pela equipe de limpeza no final de todos os dias. Sobre a manutenção das campas, o órgão não se manifestou.