O Círculo de Trabalhadores Cristãos de Vila Prudente e a Associação Comercial de São Paulo – Distrital Mooca promoveram na noite da quarta-feira, dia 9, debate entre lideranças locais e a comunidade com o intuito de esclarecer dúvidas e organizar reivindicações sobre o Projeto de Lei 272/2015 que estabelece a revisão participativa da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo. Esta revisão é uma obrigatoriedade estabelecida no Plano Diretor Estratégico (PDE) de São Paulo, cuja lei foi sancionada em 31 de julho de 2014 e visa nortear o crescimento da cidade pelos próximos 16 anos.
A síntese do projeto foi apresentada pela arquiteta e urbanista Patrícia Saran, que já foi subprefeita de Vila Prudente e hoje trabalha na SP-Urbanismo. Ela especificou e justificou a transformação prevista para a região. “A ideia no Plano Diretor é promover maior adensamento populacional, através de habitações, perto de eixos de transportes para evitar o uso de carros, melhorando a mobilidade. O Plano prevê mais moradias em áreas próximas a estações de trem e de metrô, monotrilho, corredores de ônibus, entre outros, além de comércios e serviços. Um desses locais é a avenida Anhaia Mello e seus arredores”, explicou.
O assessor parlamentar da vereadora Edir Sales, Paulo Ferreira, que nos últimos anos se dedicou aos estudos do Plano Diretor Estratégico, também apresentou alguns detalhes do projeto de lei e falou sobre a polêmica questão das Zonas Especiais de Interesse Social (Zeis). “Nesse momento é muito importante a participação e união da comunidade para defender os interesses da Vila Prudente e seus espaços. É necessário organizar as reivindicações e propor o melhor para a região na audiência oficial da região que irá acontecer no próximo dia 17”, propôs. Sobre as Zeis previstas para a região, Ferreira tentou amenizar a polêmica. “Muitas pessoas estão achando que o trecho que segue paralelo à avenida Anhaia Mello irá receber moradias populares, o que desvalorizaria os imóveis já existentes, mas não é isso que irá ocorrer. Na Vila Prudente há poucos locais previstos para interesses sociais e um deles é a própria Favela de Vila Prudente. A faixa da avenida em questão é uma Zona de Estruturação Urbana (ZEU), que prevê moradias de médio e grande porte com comércios e serviços nos andares térreos”, explicou.
A audiência pública oficial da Prefeitura sobre a revisão participativa da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo, onde a comunidade poderá expor opiniões e fazer reivindicações está marcada para a quinta-feira, dia 17, às 19h, no Círculo de Trabalhadores Cristãos de Vila Prudente, rua José Zappi, 120.
Palavras de assessores políticos em discursos e em jornais deviam ser formalizadas de alguma forma, pois não é o que tem-se concretizado no futuro durante a implementação dos projetos. Peço a este nobre jornal quando da votação deste projeto na câmara que divulgue quais os vereadores que votaram a favor daquilo que virá contra aos anseios comunitários como é este projeto.(principalmente àqueles(as) vereadores(as) de partidos coligados ao partido do Prefeito) .Não queremos mais ouvir suas justificativas vazias depois.