Com a proposta de melhorar a fluidez do trânsito na rua General Porfírio da Paz, no Jardim Grimaldi, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) fez intervenções viárias há cerca de dois meses. A faixa central da via foi repintada, alguns trechos receberam restrição de estacionamento, semáforos foram implantados e recuos para ônibus foram sinalizados. No entanto, as modificações não agradaram moradores e comerciantes instalados na via. Eles acusam ainda que as mudanças foram desnecessárias e causaram prejuízos.
“O tráfego sempre fluiu bem. Não consigo entender porque remanejaram a faixa central. Um lado ficou mais largo que o outro e proibiram o estacionamento em vários trechos, inclusive na frente da minha loja”, conta um comerciante que prefere não citar o nome. “Nesses dois meses de mudanças viárias percebi que já tive prejuízo de 20% nas vendas. Os clientes não têm onde parar e acabam optando por outra loja”, completa.
Outra indignação é com o trecho entre os números 1.500 e 1.600. “Neste ponto, onde há um mercado, também foram feitas as intervenções, mas, um mês depois, sem ninguém entender o motivo, a faixa central voltou a ser como antes e as placas de proibido estacionar foram removidas. Além da CET gastar com o serviço e depois voltar atrás, não entendo porque apenas esse pequeno trecho ficou sem alterações”, declara o comerciante.
O aposentado Luiz Amaro, que reside na via há 17 anos, também acredita que as ações da CET foram desnecessárias. “Ainda não consegui sentir alguma melhora com o que fizeram. Pelo contrário. Além de não poder mais parar em frente à minha casa, implantaram um semáforo no cruzamento com a rua Israel da Fonseca. Quando o sinal está vermelho o trânsito para e não consigo sair ou entrar na garagem”, comenta.
Em reposta, a CET reforçou que as intervenções foram realizadas para melhorar a fluidez e proporcionar mais segurança. O órgão não explicou porque voltou atrás nas mudanças que havia feito no trecho entre os números 1.500 e 1.600. (Gerson Rodrigues)