A aposentada Jesuína Cardoso Manzione, 82 anos, sofreu de depressão por anos, desmotivada quase não saía de casa e, ouviu do médico, que se não se tratasse, poderia morrer em breve. Foi nessa época que Jesuína conheceu e começou a frequentar as atividades oferecidas pela Sociedade Amigos de Vila Alpina (Savalp), na rua Barão de Itapoá, 67, e, desde então, aconteceu uma positiva revolução em sua vida. “Conheci muitas pessoas, aprendi a dançar, cantar, comecei a viajar e, com isso, meu astral melhorou muito e praticamente me curei da depressão”, afirmou. Ela é uma das 140 pessoas que participam do Núcleo de Convivência de Idosos da entidade que podem perder a valiosa opção de lazer e saúde. As atividades oferecidas pela Savalp estão com os dias contados, pois o governo municipal não renovará o convênio que dura há 18 anos e se encerra no final do mês. É o contrato com a Prefeitura que garante verba mensal para manter as variadas oficinas, como ginástica, coral, pintura, dança, jogos, bordados, costura, yoga, pilates e entre outras.
Segundo o presidente da Savalp, Rubens Ribeiro, a manutenção do convênio é de extrema importância para a vida financeira da entidade. “Recebemos R$ 32 mil por mês para mantermos as nossas oficinas, pagar professores, funcionários, custear alimentação, material didático, entre outros serviços. Se perdermos esta parceria não teremos como permanecer funcionando”, declara o presidente, que é um dos fundadores da instituição criada em 1970.
De acordo com Ribeiro, problemas burocráticos e trabalhistas dificultaram a adequação da entidade às exigências da Prefeitura, que, segundo ele, agiu com excesso de rigor. “Como a minha esposa passou a ser gerente do núcleo de terceira idade alegaram que estava ocorrendo nepotismo. Então coloquei o meu cargo a disposição e, em abril, quando o novo presidente assumiria, ele faleceu. Precisei continuar. Quando outro nome foi definido em assembléia para ocupar o cargo, quatro funcionários saíram da entidade, surgindo as questões trabalhistas para resolver. Quando consegui solucionar tudo e procurei a Prefeitura pedindo mais uma semana para nomear o novo presidente, a solicitação foi negada sob a alegação que o prazo para regularização se encerrava no dia seguinte”, comentou.
Questionada pela Folha, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social informou que foi obrigada a encerrar a parceria por descumprimento de exigências legais impostas a todos trabalhos conveniados em âmbito municipal, estadual e federal. Foi ressaltado que várias tratativas foram realizadas com a entidade durante um ano a fim de que o serviço não fosse interrompido, mas a direção se mostrou irredutível no atendimento das adequações. Foi esclarecido ainda que a SAVALP pode continuar a exercer o trabalho desenvolvido de forma autônoma e os idosos não serão desassistidos, pois, em audiência pública, foi selecionada outra organização – que cumpriu todas as exigências – para atender a demanda da região por meio de implantação de outro serviço. Até o fechamento da edição não foi informado qual é e onde fica a entidade citada.
ao invés de pintar faixa inútil na rua o prefeito de sp devia agir em uma unidade dessas
Engraçado. Esse prefeito tem verbas para pintar ruas e diz que nao tem verba para cuidar dos idosos?? Ladrão safado