A proibição implantada pela São Paulo Transportes (SPTrans) desde o fim do ano passado que impede duas linhas de ônibus para São Mateus de parar no ponto da Praça Gióia Júnior, na avenida Anhaia Mello, provocam até hoje situações confusas. Para evitar congestionamentos nesse ponto, a SPTrans decidiu barrar das 16h às 20h nos dias úteis as paradas das linhas originárias do Terminal Mercado e da Estação Tamanduatéi. Elas passaram a trafegar pela faixa exclusiva da Avenida Anhaia Mello.
Essa mudança obriga os passageiros dessas duas linhas a caminhar mais de 300 metros para o ponto mais próximo, situado quase na esquina da rua Virgílio. “Não sabia que não para mais aqui”, disse o motorista particular Eliseu Silva, na tarde da última terça-feira, dia 16. “Não costumo usar transporte coletivo, mas podiam pelo menos colocar aviso informando essa medida”.
As demais 17 linhas que circulam pela Anhaia Mello no sentido bairro continuam a receber passageiros na Praça Gióia Júnior. A exceção é a do Terminal Mercado/Terminal Vila Prudente que para no canteiro central para desembarque, embora não exista sinalização de ponto.
A restrição é atribuída ao fato dessas linhas possuírem veículos articulados, com 18 metros de comprimento e que acabam congestionando a parada. Apesar dessa medida, ainda ocorrem problemas, sobretudo no horário de pico à tarde. “Depois das 18h, forma-se fila de espera de ônibus e o grande número de pessoas para embarcar criam situações confusas”, afirma o comerciante Carlos Moura. “Já notei motorista impaciente da linha Ana Rosa/Vila Industrial acessar a rua Oliveira Gouveia direto pela avenida, enquanto passageiros aguardavam no ponto da praça”.
A confusão também afeta a próxima parada perto da rua Vírgílio. Ao final da tarde, o local registra grande aglomeração de passageiros e longas filas de ônibus, pois todas as linhas podem parar no ponto. A presença de funcionário de colete da Via Sul tentando organizar o embarque não consegue dar rapidez no embarque. “Essa proibição das linhas no ponto anterior só transferiu todo o problema para cá”, conta o estudante de Engenharia, Jefferson Nascimento. “Seria mais lógico distibuir as paradas das linhas em pontos diferentes, mas próximos, como foi feito no sentido centro e que está surtindo efeito mais positivo”.
A Folha questionou a SPtrans sobre os problemas que encontrou nas paradas, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.