Mesmo com a evidente falta de chuvas, o que acarreta cada vez mais na diminuição do volume de água nos reservatórios que atendem a cidade de São Paulo, a Prefeitura utiliza como argumento “o período de chuva” para justificar o matagal que toma conta de diversas vias, calçadas e canteiros centrais da região. Ao percorrer por ruas e avenidas dos distritos da Mooca e Vila Prudente percebe-se que o serviço de zeladoria, como a limpeza e o corte de mato das vias públicas, acontecem de forma esporádica e lentamente. Há locais que os pedestres são obrigados a passarem entre o mato e há trechos que as pessoas optam em caminhar pela rua em razão do passeio estar bloqueado pelo matagal. Moradores da região estão indignados com o desprezo da Prefeitura, pois relatam que já registraram várias solicitações de corte e limpeza, mas não são atendidos.
Um desses casos problemáticos acontece na rua Madrid, nas proximidades da rua Múrcia, no Parque Sevilha, que é responsabilidade da Subprefeitura Mooca. “As calçadas de ambos os lados estão impossíveis de transitar. Qualquer hora acho uma cobra no meio do capim. Essa situação acontece em várias outras ruas e praças da vizinhança”, contou o morador da rua, Gaspar Carvalho.
Bem perto desta via, na rua Padre Leonel França, várias calçadas e sarjetas estão tomadas pelo mato. “Além de prejudicar a fluidez da água na sarjeta em dias de chuva, o mato atrai muitos bichos e insetos. Já contatamos a Subprefeitura Mooca, mas o problema continua”, comentou o comerciante José de Abreu, que reside na via há 22 anos.
Na rua Chamantá, altura do número 70, na Mooca, a situação é parecida. Já na viela, que liga a rua Coronel Joviniano Brandão com a rua Chamantá, a calçada está intransitável devido a falta de corte de mato no local.
Outro ponto que chama atenção é o canteiro central da avenida Paes de Barros. Em vários trechos os pedestres precisam se aventurar no meio do mato ao passar pelo canteiro. “Isso é um absurdo. A avenida Paes de Barros é um dos cartões postais da Mooca e, mesmo assim, não recebe atenção da Prefeitura”, declarou o morador do bairro, José Carlos de Azevedo.
Na Vila Prudente acontece o mesmo problema. Na rua Torquato Tasso, altura do número 440, a calçada atrás do muro da Escola Estadual Professora Julia Macedo Pantoja, está repleta de mato. Situação ainda pior é o passeio da rua Fidélis Papini, 228, onde a altura do matagal chega a quase meio metro.
Questionada sobre a situação, a Subprefeitura Mooca informou que no período de chuvas o mato cresce abundantemente, cerca de 20 centímetros por mês, mas o serviço já foi intensificado e todos os pedidos serão atendidos conforme programação. Foi ressaltado que nesta última semana equipes estavam concentradas em grandes vias, como as avenidas Radial Leste e Salim Farah Maluf.
A Subprefeitura de Vila Prudente informou que existe um circuito de capinação e roçagem ao longo dos distritos de Vila Prudente e São Lucas, porém, o clima atual é de chuva e sol, o que faz com que o mato cresça mais rapidamente. Foi ressaltado que os serviços de capinação nas sarjetas e cabeças de guia são feitos conforme as demandas, porém, o mato existente em passeios de particulares, é de responsabilidade do proprietário/ocupante do imóvel.