Desde 2012 a Folha ressalta que o paraciclo localizado ao lado da estação Vila Prudente da Linha 2 – Verde do metrô é alvo constante de furtos de bicicletas. A Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô alegava que não se responsabiliza pelos equipamentos deixados nos paraciclos, apenas nos bicicletários, e que a parada não contava com este espaço, pois um bicicletário seria construído na estação Vila Prudente da Linha 15 – Prata do monotrilho, que tem interligação com a Linha 2. Entretanto, no final do ano passado o “estacionamento de bicicletas” foi inaugurado no monotrilho, o que também não resolveu a situação dos usuários que deixam suas bikes para irem ao trabalho, já que o local funciona apenas durante a Visita Controlada do transporte, diariamente, das 9 às 14h.
“Não serve para nada este bicicletário. Pelo menos com esse horário. Ninguém entra no trabalho depois das 9h e sai antes das 14h. Isso é ridículo. Tanto que o espaço está sempre vazio. Resta esperar o começo da Operação Comercial do monotrilho para poder ir de bicicleta até o metrô. Hoje não faço isso porque são inúmeros os casos de bikes furtadas no paraciclo. Acabo indo de carro até a estação e deixando o automóvel no estacionamento. O que, além de me custar mais, aumenta o trânsito na região. Afinal, é um veículo que poderia estar fora do tráfego e não está”, declara o morador da Vila Zelina, Bruno Freitas Teixeira.
E não faltam relatos sobre furtos no paraciclo. “No último dia 5 um amigo meu foi trabalhar e quando voltou a bicicleta não estava mais lá. Procurou os seguranças e eles falaram que não poderiam fazer nada, que não era de responsabilidade do Metrô. Ele ainda foi informado que aquele foi o segundo furto no dia”, declara o morador da Vila Alpina, Douglas Nunes de Souza.
Indenização na Justiça
Em setembro de 2013, o advogado Rodrigo Alves Zaparoli ganhou uma ação na Justiça na qual pedia o ressarcimento de sua bicicleta, que havia sido furtada no paraciclo da estação Vila Prudente do metrô em outubro de 2012. A Justiça não levou em consideração a argumentação do Metrô de que a Companhia não se responsabilizava pela segurança do paraciclo.
Metrô responde
Questionado novamente sobre os furtos no paraciclo, o Metrô voltou a afirmar que a responsabilidade da bicicleta deixada no espaço é do próprio usuário, e que o local conta com placas informativas sobre a situação. Quanto ao bicicletário do monotrilho, a Companhia ressaltou apenas que o equipamento funciona durante a Visita Controlada, e que a extensão do horário depende da ampliação do funcionamento da Linha 15.