Enquanto a população vive sob a constante ameaça de interrupção no abastecimento, o vazamento na rede de água da rua Domingos Afonso com o cruzamento da avenida Vila Ema, na região da Santa Clara, no último dia 16, causou muita indignação, pois durante horas as pessoas presenciaram enorme volume de água escorrendo pelas vias. O problema também provocou o desabastecimento em diversos bairros da região durante a sexta-feira, dia 17.
Moradores das imediações da Domingos Afonso reclamaram que o problema já era visível há dias, mas a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) demorou para agir. Relataram ainda que quando os técnicos apareceram para fazer a manutenção da rede e abriram uma enorme vala na via, começou a jorrar muita água que, possivelmente, até então vazava apenas sob o asfalto. “Percebemos que essa água é limpa e não estão preocupados em armazenar”, comentou na ocasião, o aposentado Domingos Fernandes, sobre a conduta da equipe da Sabesp.
Questionada, a Sabesp não informou o volume de água desperdiçado com o vazamento. Esclareceu apenas que nos dias 16 e 17 foi executada manutenção emergencial na rede, sendo necessária a interrupção do fornecimento durante a realização da obra, o que afetou 53 mil ligações e aproximadamente 200 mil habitantes. Segundo a Companhia, o abastecimento foi restabelecido às 13h do dia 17, com a recuperação total do sistema durante a noite.
Sobre o reaproveitamento da água que escorreu pelas vias, a Sabesp alegou que “nestes casos, a água de arrebentado é passível de contaminação e acúmulo de resíduos, não garantindo a qualidade mínima exigida, inclusive para reuso”.