Interditada desde setembro de 2010, a alça de retorno da avenida Anhaia Mello, localizada sob o complexo viário Senador Emygdio de Barros Filho, na esquina com a Salim Farah Maluf, voltou a ter o trânsito de veículos liberado no último final de semana. A princípio, o bloqueio ocorreu por conta das obras do monotrilho, mas, no início de 2013, a Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô informou à Folha que não estava mais realizando serviços no local e que a liberação ou não do trecho era de responsabilidade da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Na época, questionada pelo jornal, a CET destacou que “estudava a melhor forma de liberar a alça de retorno”, o que aconteceu apenas no domingo passado.
Apesar de ter criado outra opção para os motoristas realizarem a conversão na Anhaia Mello, nas proximidades com a avenida Jacinto Menezes Palhares, a CET foi muito criticada por moradores da região por demorar em liberar a alça do complexo viário. “Quem mora no Jardim Avelino ou na Vila Zelina foi muito prejudicado. O retorno provisório que inventaram fazia com que os moradores destes bairros fossem obrigados a dar a volta pela Vila Alpina, aumentando ainda mais o trânsito na região. Já havia passado da hora de liberarem a alça nos baixos do viaduto. Não tinha mais obra no local. A CET estava esperando o que?”, indaga o morador da Vila Zelina, Mathias Ramirez Arias.
Quem também ressaltou a importância do retorno foi o empresário Nilton Farias Aguiar, que reside no Jardim Avelino. “Além de facilitar o caminho de quem mora nos bairros próximos à avenida Francisco Falconi, que agora não precisam dar a volta para chegar em casa, também auxilia na fluidez do tráfego da Anhaia Mello, já que a alça fica embaixo do viaduto, não sendo necessária a instalação de semáforos”.
Ainda no domingo, dia 13, a CET desativou o retorno provisório, o que agradou os motoristas de outros bairros que utilizam a avenida. “Este trecho da Anhaia Mello estava insuportável. Eram três faróis seguidos no sentido bairro, o que gerava um enorme trânsito, também na Francisco Falconi. Agora a via voltou ao normal, com o tráfego fluindo, sem que o motorista seja obrigado a ficar parado neste semáforo”, comentou o morador do Sapopemba, Denis Oliveira Silva.
Avisa o editor que a maioria da população se locomove por transporte público. Essa visão carrocêntrica limitada é digna de pena.
Sério? Duas manchetes na homepage chorando por faixas de rolamento e alças de acesso? Mobilidade urbana é isso?