Vizinhos e pais de alunos da escola estadual Professora Julieta Nogueira Rinaldi, na rua Ielmo Marinho, 940, São Lucas, denunciaram a presença de um grande contêiner com cerca de 22 toneladas em uma das entradas da unidade de ensino. Um vizinho afirma que uma criança já se machucou com o enorme depósito, que é de madeira e possui pregos e parafusos.
Além do perigo aos estudantes, o que chamou a atenção foi o fato do contêiner não ter nada a ver com a escola: pertence a uma empresa particular que fica ao lado da unidade. “É um absurdo a diretora aceitar e ser conivente com isso. O espaço público é utilizado por uma firma para guardar seu maquinário. Conversei com funcionários da empresa vizinha e eles confirmaram que o container é deles e que a diretoria da escola autorizou a permanência no espaço”, declarou um vizinho que não quer divulgar o nome. “Como a administradora da unidade libera tal ato sem antes consultar um conselho e a própria comunidade? O que está por trás disso?”, indaga o vizinho.
A reportagem esteve na unidade e questionou sobre a procedência do contêiner, mas os funcionários não souberam justificar. A Folha também indagou trabalhadores da empresa vizinha, os quais afirmaram que não tinham autorização para dar informações.
A Secretaria do Estado da Educação confirmou na quarta-feira, dia 30, que o equipamento pertence à uma empresa particular e estava instalado de forma irregular dentro da propriedade da escola. O órgão ainda ressaltou que a diretora da unidade foi orientada a não repetir o fato e que o contêiner seria removido até ontem com a utilização de um guindaste. A operação será realizada pela própria empresa.
A pergunta que fica é, a Prefeitura autorizou a empresa a instalar o equipamento?, tem licença e alvará de funcionamento?, a CET autorizou o fechamento da rua para que o equipamento fosse descarregado?, acho que tudo foi feito as escuras…pois bem!