São Paulo vive uma epidemia de casos de Dengue. Em relatório oficial divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde na última quarta-feira, dia
Semanalmente a Folha recebe denúncias de imóveis abandonados, onde o matagal e materiais largados nos locais servem para o acúmulo de água, o que propicia a criação do Aedes Aegypti. Os prédios de números 603 e 605 da rua Paramú, na Vila Bela, estão entre os vários pontos reclamados. “Os dois terrenos estão vazios há anos e não vemos ninguém fazer a limpeza. A vizinhança sofre com os mosquitos e a Prefeitura não consegue cobrar devidamente os proprietários para resolverem o problema. Nesta via tem uma escola e centenas de crianças passam em frente aos imóveis diariamente”, comenta uma vizinha que prefere não se identificar.
O terreno na esquina das ruas do Oratório e Francisco Polito, na Vila Prudente, onde anos atrás funcionava uma concessionária de automóveis, também está na mira da vizinhança. “Há uma infestação de mosquitos por causa do descaso nessa área. O mato está muito alto. Após denúncia da Folha, a Prefeitura deu prazo de dois meses para a limpeza do local, cabendo multa. Mas, até agora ninguém apareceu e já ocorreram casos de Dengue na vizinhança. Estamos pedindo socorro!”, destaca uma moradora do entorno que também pediu para o nome ficar em sigilo.
Mas, para assombro da população, não são apenas os imóveis particulares que oferecem pontos propícios para o surgimento de mosquitos. Terrenos públicos, que deveriam servir de exemplo, também são alvos de reclamações. É o caso do depósito de apreensões da Subprefeitura de Vila Prudente, na esquina da rua Manuel da Costa com a avenida Anhaia Mello, no São Lucas. “Há anos esse local abriga vários tipos de materiais, além de carcaças de carros. E tudo isso fica completamente exposto, sem nenhum tipo de cobertura ou abrigo, o que facilita o acúmulo de água. O mato, com frequência, também está muito alto e com sujeira. Às vezes meu marido paga alguém para pular o muro e cortar um pouco. Mesmo assim, nossa casa, que fica nos fundos do terreno, está sempre repleta de mosquitos”, critica uma dona de casa.
Secretaria de Saúde afirma que locais não possuem criadouros
Sobre o terreno da esquina da Oratório com a Francisco Pólito, a Secretaria Municipal de Saúde informou que “o local foi vistoriado no dia 30 de janeiro e os agentes não encontraram criadouros para o mosquito da Dengue, mas o mato estava alto. Na ocasião, foi feita solicitação para intimação de limpeza junto à Subprefeitura Vila Prudente, que autuou o proprietário. E em vistoria, no dia 29 de abril, a equipe da Secretaria novamente não encontrou possíveis focos de criadouros do mosquito”. Já a SUB-VP destacou que o proprietário do imóvel foi intimado, multado e instruído a regularizar a situação da limpeza no prazo de 60 dias e que, caso não atenda o pedido, será multado a cada bimestre.
Quanto aos imóveis da rua Paramú, a Secretaria ressaltou que fez vistoria no último dia 29 e não encontrou focos de Dengue e que a Subprefeitura também intimou os proprietários a fazerem a limpeza dos espaços em um prazo de 60 dias, cabendo multa pelo descumprimento da ordem.
A SUB-VP também se pronunciou, mais uma vez, sobre o seu depósito no São Lucas. O órgão afirmou que o mato do espaço foi cortado e que realiza trabalho de aplicação de raspa de asfalto nas partes planas, evitando empoçar água e removendo diariamente os entulhos. Já sobre as carcaças de automóveis no local, foi informado que há estudo para transferi-las de terreno. Foi destacado ainda que, periodicamente, o depósito passa por desinsetização, evitando o risco de doenças.
Prefeitura dá prazo de limpeza de 60 dias, nesse período mosquito pode contaminar até 300 pessoas
Como nos casos dos imóveis citados na matéria, a norma da Prefeitura é notificar e autuar os proprietários dos terrenos com problemas de limpeza para que realizem a manutenção no prazo de 60 dias. Se ocorrer descumprimento, cabe apenas a reaplicação de multas. Enquanto isso, em menos de dois meses o Aedes Aegypti é capaz de contaminar até 300 pessoas.
A fêmea do mosquito coloca de
As pessoas sequer economizam água, estarão interessadas em participar do combate à dengue? Claro que não, o mais cômodo é jogar a culpa no terreno vazio dos outros e nos políticos
creio que a saúde é pública, mas é reponsabilidade de todos, as pessoas não querem ter trabalho e acaba trazendo um problema de saúde grave para todos…fica difícil, todos deveriam fazer a sua parte.