Na manhã da segunda-feira, dia 14, Mayke Laete da Silva, de 7 anos, faleceu no hospital geral de Itapecerica da Serra, depois de ficar uma semana internado. Ele foi atropelado por volta das 16h do último 7, quando atravessava sozinho a avenida Oratório. A notícia da morte revoltou a população da favela das Linhas Corrente, na rua General Irulegui Cunha, no Jardim Independência, onde a criança residia. Alguns moradores atearam fogo em móveis e madeiras, parando o trânsito da avenida em duas ocasiões. O Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar precisaram intervir.
O primeiro protesto ocorreu por volta das 13h30. Os participantes aproveitaram os tapumes da obra do pátio do monotrilho para fechar a avenida. Em seguida, juntaram outros objetos na pista, jogaram álcool e atearam fogo. A PM e os Bombeiros chegaram na sequência, dispersando os manifestantes e controlando rapidamente as chamas. O protesto continuou na General Irulegui Cunha e a Força Tática do 21º Batalhão foi acionada para conter o tumulto. No início da noite, os moradores voltaram a fechar a via com objetos incendiados. O trânsito precisou ser desviado até a polícia e os bombeiros dispersarem a multidão e apagarem o fogo.
Em conversa com a reportagem, moradores reclamaram da falta de sinalização na avenida e pedem que a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) instale um semáforo ou coloque uma lombada no trecho. Eles alegaram ainda que com as obras do monotrilho, a travessia ficou mais perigosa.
Conforme imagens das câmeras de segurança de uma empresa do trecho, Mayke não percebeu um veículo que trafegava no sentido centro da Oratório. O menino se chocou violentamente contra a lateral traseira do carro e caiu, batendo a cabeça no asfalto. O motorista não prestou socorro. Mayke teve traumatismo craniano e na manhã da última segunda sofreu uma parada cardíaca, que ocasionou o óbito.
A Folha indagou a CET sobre a implantação de inibidor de velocidade no trecho, mas o órgão não se pronunciou sobre o caso.
Erro no inquérito
Até a notícia da morte de Mayke, a investigação do atropelamento sequer havia sido iniciada pela Polícia Civil por causa de um erro de digitação na elaboração do boletim de ocorrência. Apesar de o caso ter ocorrido na área do 42º Distrito Policial – Parque São Lucas, o boletim de ocorrência foi parar no 57º DP – Parque da Mooca. Ao invés do local do acidente ser registrado como avenida do Oratório, Jardim Independência, o endereço sinalizado foi a rua do Oratório, na Mooca.
Assim, somente no dia 14, policiais do 42º tiveram conhecimento do caso. Segundo eles, a investigação vai se empenhar na busca do proprietário do veículo que atingiu o menino, através das imagens da câmera de segurança.
Mais 1 Família que sofre pelo transito violento aqui na cidade que o culpado pague pelo crime que cometeu é o minimo para essa familia ,que DEUS possa confortar os corações dos pais dessa criança.