No início de 2012 a Subprefeitura de Vila Prudente refez a sarjeta da avenida Vila Ema entre as ruas James Stoltz e André Frias. Mas, passado apenas um ano, a vala já estava destruída. Para piorar a situação, o trecho não conta com galeria pluvial e, consequentemente, não tem bocas de lobo. Assim, a água que desce das vias próximas fica acumulada no local, formando enormes poças. Em dias de chuva, a situação é ainda mais crítica, chegando a alagar a avenida. Moradores e comerciantes estão revoltados com a falta da atenção da Subprefeitura para o problema.
“O material usado é de má qualidade, não durou nem um ano! E não adianta falar que foi por causa da chuva. A sarjeta existe justamente para receber essa água. Gastaram dinheiro público em uma obra que não serve para nada. Precisam prolongar a galeria da avenida até o trecho e construir bocas de lobo, para a água ter para onde ir. Já cobrei a Prefeitura, olharam e nada fizeram. Se não for resolvido, vou até o Ministério Público. Esse descaso deve ser reparado”, comenta o comerciante Antonio Geraldo Bueno.
Quem também reclama do material utilizado na construção da sarjeta é o dono de uma loja de animais, Francisco Fionoto. “Como podem usar um concreto que não dura nem um ano? É muito desperdício de dinheiro público e falta de respeito com a população. Era certo que a obra não resolveria o problema, já que a galeria não foi prolongada, mas como fizeram o serviço, deveriam ao menos usar um material de qualidade e não esse vagabundo. Bastou chover para a sarjeta ficar com rachaduras”, ressaltou Finoto.
Para o morador da rua Augusto Fetzer, Mario Zivtsac, a situação prova o descaso da Prefeitura com os contribuintes. “O trecho é alto, em relação ao restante da avenida. A água não tem para onde escorrer pela falta de bocas de lobo. Pago imposto e me revolta ver um órgão público gastar o dinheiro do contribuinte em uma obra que não serve para nada! Alguém tem que fiscalizar isso!”, destaca Zivtac.
Questionada, a Subprefeitura Vila Prudente informou que “realizou a reforma da sarjeta com o material adequado – concreto usinado, com resistência compatível para esse tipo de serviço. Entretanto, devido à declividade da via e a inexistência de uma galeria pluvial, ocorre um acúmulo permanente de água ao longo da sarjeta, o que reduz a resistência e consequentemente a durabilidade”. A Subprefeitura ressaltou ainda que “já encaminhou pedido de consulta à SIURB (Secretaria de Infraestrutura Urbana) sobre a viabilidade de prolongamento de uma galeria localizada na avenida Vila Ema, visando solucionar o problema”.