Quem passa pela rua Pedro de Godói, na Vila Prudente, próximo à esquina com a rua Ibitirama, está assustado com a situação do local. O trecho escuro tem favorecido a ação de criminosos. O problema ocorre desde agosto de 2012, quando a via foi liberada para o trânsito após a conclusão dos trabalhos da Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô. Até agora, sequer os postes de iluminação pública foram recolocados.
“No último dia 28, por volta das 20h, minha esposa foi roubada por um homem de bicicleta que a ameaçou com uma faca e levou seu celular”, conta Adriano Coleto, que mora nas proximidades. “A via precisa de iluminação pública com urgência, além de vigilância mais presente para evitar casos como o ocorrido com a minha esposa”, completou.
Todas as outras residências do trecho foram derrubadas para as obras do metrô e após o término da Linha 2, a Companhia construiu um depósito na esquina, de forma que o local fica ermo durante a noite. “Não há movimento por aqui. Ninguém vê nada e com a escuridão, fica fácil a ação dos bandidos. Precisamos de um poste de iluminação próximo à rua Ibitirama”, afirma o escriturário Jorge de Almeida que reside na Pedro de Godói. “Além dos casos de assaltos, a minha preocupação é também com acidentes de trânsito. Pedestres podem ser atropelados”, argumenta.
O Departamento de Iluminação Pública (Ilume) informou que um poste com braço e luminária foi retirado do local por causa da obra realizada pelo Metrô. Mas, com o término dos trabalhos, o poste não foi recolocado pelo órgão. Foi ressaltado que um novo poste será instalado no trecho, cuja data de execução será possível definir apenas após a conclusão do projeto.
O 21º Batalhão informou que, em pesquisa no sistema de informações criminais, entre o período de dezembro do ano passado até esta semana, consta apenas o caso ocorrido no dia 28 de fevereiro. Mesmo assim foi ressaltado que será destacado policiamento preventivo para coibir delitos no local.
Saiu nesta semana a seguinte carta de um leitor da Folha:
“Gostaria de contar, mais uma vez, com a ajuda deste jornal para relatar a situação cada vez pior da rua das Heras, na Vila Bela. Da última vez, a ‘Companhia de Embolar o Trânsito’ – CET informou que estava em estudo quanto a situação de caminhões, mas parece que este estudo não adiantou, pois, além dos caminhões que só subiam, agora temos também ônibus fretados em ambos os sentidos da via. Em determinados momentos fica impossível retirar nossos carros da garagem e o que é pior: os pedestres não conseguem atravessar as devido a quantidade de veículos”,
A Folha encaminhou o caso para a CET, que não se pronunciou até o fechamento da edição.
Pois bem. Se esta rua das Heras for a mesma que eu conheço, não é só os caminhões e fretados que “atrapalham o pedestre” nessa via. Carros sobre a calçada o tempo todo e as proprias calçadas mantidas pelos moradores, sobretudo no trecho entre Rua Campos Novos e Avenida Zelina são, pra usar um eufemismo, criminosas. Mas desse tipo de coisa os moradores não reclamam. Não é a primeira vez que este jornal publica as chorumelas seletivas dos moradores da Heras e não é a primeira vez, portanto, que eu venho expor a hipocrisia e desonestidade destas pessoas. Parece da vez que instalaram um posto policial no largo de Vila Zelina e os agentes da lei passaram a multar os motoristas por algo que, segundo um morador do bairro, sempre era feito – ilegalmente – naquele local. Aí as pessoas, que tanto celebraram a vinda do posto policial, passaram a reclamar do mesmo, simplesmente pelo fato dos policiais cumprirem sua obrigação. Ou seja, querem a lei que os favorece e exclusividade no uso das ruas do bairro. Se a seção dos leitores tivesse espaço para comentários eu postaria isso lá, mas, infelizmente, não existe tal espaço.