São constantes as reclamações de abandono do canteiro central da avenida Anhaia Mello nos trechos onde a obra do monotrilho já foi finalizada. Esse é o caso do trecho próximo à avenida Salim Farah Maluf. Não há mais movimentação de operários e maquinários no local e a Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô e a concessionária responsável pelos trabalhos não mantém segurança no canteiro. O resultado é que os tapumes foram derrubados e a área vem servindo como ponto ilegal de descarte de entulho.
“Até caminhoneiros entram ali para despejar os dejetos. Nunca ninguém da obra aparece para coibir. Chegamos até a pensar que era o próprio Metrô que estava descartando os restos da construção do monotrilho, mas, deu para perceber que tanto os caminhões como os motoristas não têm identificação alguma”, reclama uma moradora das proximidades.
Outro vizinho do canteiro ressalta que os descartes acontecem em plena luz do dia e que tal situação pode provocar muitos prejuízos em caso de chuva. “Bem próximo desse local está a rua da Prece, onde, durante as tempestades, a água chega a dois metros de altura. Com esse entulho as enchentes podem ser ainda maiores neste final de ano. É um absurdo uma obra desse tamanho não ter segurança alguma, estar abandonada. Na tarde de terça-feira, dia 19, um caminhoneiro, descalço e sem camisa, parou o caminhão no canteiro e ficou lá por cerca de 30 minutos descarregando o entulho sem que ninguém aparecesse”, comenta o homem que prefere não se identificar.
Questionado, o Metrô ressaltou que a área não está abandonada e que a fiscalização de descarte ilegal de entulho em local público, como o canteiro central, cabe à Subprefeitura. Entretanto, a Companhia informou que já levou o entulho para um aterro adequado e que cobrou da SUB uma fiscalização maior no trecho.