E o ensino público enfrenta mais problemas na região. Depois de a escola municipal de educação infantil (EMEI) Maria Luiza Moretti Gentile, na Vila Prudente, ser interditada no mês passado por risco de desabamento do prédio; agora é a vez de pais de alunos e até funcionários da escola municipal de educação fundamental (EMEF) Professor Queiroz Filho, na Vila Bela, procurarem a Folha para denunciar a situação precária da unidade, que a qualquer chuva fica tomada por goteiras.
“O caso é grave. As crianças chegam em casa reclamando que a escola estava cheia de água. Já falamos com a direção, que também reclama do problema e alega que cobra constantemente a Diretoria de Ensino sobre a situação. Mas, parece que ninguém está nem aí com a escola”, ressalta uma mãe que prefere não se identificar.
De acordo com os pais, a diretora chegou até a pedir a ajuda deles. “Realmente a unidade está com muita goteira. Principalmente na parte onde fica a entrada e saída dos alunos. A diretora até conversou com alguns pais sugerindo que também cobrássemos na Secretaria de Educação”, destacou um pai.
A situação é confirmada pelos funcionários da EMEF. “Está difícil trabalhar aqui. São muitas goteiras. Com as chuvas fortes que tem caído, principalmente de noite e de madrugada, a escola amanhece repleta de água, até mesmo nas salas de aulas. Temos que ficar passando rodo e pano. Imagina quando começarem as chuvas de verão, que normalmente ocorrem no período em que as crianças estão estudando? Vai ser um corre-corre”, comentou um funcionário da unidade que prefere ficar no anonimato.
Quadra esportiva
Mas o problema na escola não está apenas nas goteiras. Alguns pais também reclamam das constantes reformas desastrosas na quadra de esportes da EMEF. “Já fizeram um monte de obra no local. Além de não fecharem todo o teto, o que possibilita a entrada de água da chuva, as crianças frequentemente ficam sem aula de Educação Física por conta de problemas no piso da quadra, que vive se soltando. Meu filho adora praticar esportes e vira e mexe chega em casa triste por causa disso. É um absurdo gastarem dinheiro dos nossos impostos em um serviço que não funciona”, destaca a mãe de um dos alunos.
A Diretoria Regional de Educação Ipiranga informou, por meio da Secretaria Municipal de Educação, que existe projeto para a realização de serviços elétricos, hidráulicos e de cobertura da EMEF, mas que o mesmo se encontra na Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb), para a adequação orçamentária. Sobre a quadra de esportes foi destacado que a mesma passa por reparos, mas que em nenhum momento as atividades foram suspensas, pois, quando necessário, a quadra e o pátio descobertos são utilizados para aulas de Educação Física.
Já a Siurb destacou que assim que o orçamento estiver concluído será submetido à Secretaria da Educação para liberação de recursos, o que está previsto para acontecer até o final deste mês.