Desde a última segunda-feira, dia 23, ônibus têm exclusividade ao longo de 4,1 km da avenida Anhaia Mello, de segunda a sexta-feira, das 6 às 9h em direção ao centro, e das 17 às 20h no sentido bairro. A faixa exclusiva à direita na Anhaia Mello engloba desde a rua Francisco Fett, no Parque São Lucas, até a rua Itamumbuca, na esquina da estação Vila Prudente do metrô.
O corredor para o transporte coletivo incluí pontos onde a avenida só tem duas pistas de rolamento por causa das obras do monotrilho, como o trecho na altura do Jardim Independência onde foi construída a estação Oratório. Outro local que ficou ainda mais afunilado foi o viaduto na junção com a avenida Salim Farah Maluf. O equipamento tem uma das faixas interditadas há mais de um ano e agora, com a exclusividade aos ônibus, restou apenas uma pista para o tráfego dos demais veículos.
As faixas exclusivas têm dividido opiniões. Enquanto motoristas reclamam que não conseguem mais deixar o bairro no pico da manhã, usuários do transporte público afirmam que o tempo de viagem caiu pela metade (leia mais na página 5).
A medida começou a vigorar em um dia bastante complicado para o trânsito, com recorde de congestionamento em São Paulo e vários semáforos apagados após a forte chuva durante a madrugada da segunda-feira. Por volta das 9h, mais de 90 equipamentos estavam apagados ou no amarelo piscante, incluindo aparelhos em cruzamentos importantes da própria Anhaia Mello.
A Prefeitura informou que circulam pela Anhaia Mello no sentido centro, 16 linhas de ônibus municipais, transportando 112.632 passageiros por dia útil. No sentido bairro, passam 15 linhas de ônibus, levando 112.352 passageiros por dia útil. A frequência média é de 91 ônibus/hora.
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), transitar na faixa exclusiva à direita de ônibus é uma infração leve, com perda de três pontos na carteira e multa de R$ 53,20. Nestes primeiros dias, os agentes de trânsito estão apenas orientando os motoristas. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) não definiu a data de quando começarão as autuações. Segundo a assessoria de imprensa, esse período educativo tem durado, em média, 15 dias nos demais corredores exclusivos da cidade.
Rua dos Trilhos
A medida também foi implantada na segunda-feira, dia 23, na rua dos Trilhos, na Mooca, com 1,2 km de exclusividade à direita, de segunda a sexta-feira, das 17 às 20h em direção ao bairro, entre as ruas Dr. Almeida Lima e Clark.
O morador do Alto da Mooca, Ricardo Torok Antonio, foi um dos que procurou o jornal para protestar. “Entre as ruas Taquari e Clark foi um absurdo implantarem essa segregação, pois são apenas duas faixas de rolamento no trecho e o tráfego já era complicado antes da mudança. Agora temos o afunilamento do trânsito de veículos de três faixas para apenas uma!”, reclama. “O que a Prefeitura está fazendo pela cidade, ao impor essas faixas, alegando melhorias de mobilidade no transporte público, serve apenas para iludir a população. Estão querendo reduzir a circulação de automóveis pela cidade porque a CET não consegue gerir o tráfego. Se o Governo Federal baixou os impostos para facilitar a aquisição de automóveis, por que agora querem barrar na marra a circulação? Incoerência!”, conclui.
Mais faixas na Vila Prudente
No último dia 16, a Operação Dá Licença para o Ônibus também foi implantada na rua e no viaduto Capitão Pacheco e Chaves. O transporte coletivo tem exclusividade na faixa à direita ao longo de 1,3 km entre as avenidas Paes de Barros e do Estado, de segunda a sexta-feira, das 6 às 9h.
A rua Ibitirama também conta com a faixa exclusiva para ônibus desde julho, no trecho de 300 metros entre a rua José dos Reis e a avenida Anhaia Mello. No local, a medida vale de segunda a sexta-feira, em horário mais prolongado: das 6 às 20h.
CERTISSIMO,A MAIORIA TEM QUE TER PRIORIDADE!
Concordo, desde que o poder instituído dê condições para aquele que usa carro passe a usar transporte coletivo, e não fazer do jeito que está sendo feito, pois querem induzir a todos que passem a utilizar transporte coletivo, sendo que o transporte público de São Paulo é uma piada. Ou seja, os gênios da prefeitura estão começando a construir a casa pelo telhado. Mesmo a R$3,00, a oferta de ônibus aqui em São Paulo é pífia, pois não consegue transportar com decência nem aqueles que dependem exclusivamente de trem, ônibus ou metrô, como ficará, se todos que usam carro passarem a usar ônibus?
Aliás, será que o nosso ilustre prefeito já desfrutou do prazer de andar em ônibus lotado em São Paulo alguma vez na vida? Creio piamente que não.
A maioria tem que ter prioridade, só que quem anda de carro paga impostos igual a quem anda de ônibus. Agora as opções se resume a uma ruim e uma péssima: ou se anda de carro e fica travado no trânsito (a ruim) ou se anda em pé, espremido em ônibus (a péssima)…
TEMOS Q TER IGUALDADE AFINAL TODOS PAGAMOS IMPOSTOS
Pego minha esposa todo dia na estação Vila Prudente do metrô as 18:00 horas, agora levo de 15 a 20 minutos a mais no trajeto até o parque são lucas.
Nos últimos 3 dias contei os onibús no trajeto, não chegam a 10, hoje não ví nenhum na faixa.
DUVIDO que existam 16 linhas, as linhas de onibús sempre passaram pela avenida Vila Ema, em meus 52 anos de vida.
Quero ver quando esse monotrilho ficar pronto e parar lá em cima, apinhado do gente, e começarem jogar gente pela janela.
Ou vai ter paraquedas para todo mundo ?
A linha de ônibus que utilizo percorre cerca de 4 km pela Av Vila Ema, graças ao corredor de ônibus implantado na Av Anhaia Mello estou levando de 30 a 40 min. a mais pra chegar no metrô Vila Prudente, está insuportável …. 🙁