Conforme a Folha antecipou com exclusividade na edição de 28 de junho, uma área de 21.200 m² da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), na avenida Paes de Barros, esquina com a rua Sebastião Preto, na Mooca, será aberta à população. Na manhã do último domingo, dia 18, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) esteve no espaço para oficializar a criação do parque que deve ficar pronto em oito meses e terá o tamanho da praça Buenos Aires, em Higienópolis. O Governo do Estado destacou que é um presente para os 75 mil moradores do bairro que acaba de completar 457 anos.
“A gente espera que seja um ponto de encontro e de lazer para a população da Mooca e da zona leste”, afirmou Alckmin. “Teremos áreas de esporte, cultura, educação ambiental, academia ao ar livre, bicicletário, sanitários. Além de muito verde, muita árvore. Toda a área de percurso com acessibilidade e uma escadaria de água”, explicou.
A área também abrigará uma exposição permanente voltada à conscientização ambiental e o objetivo de sensibilizar a população sobre uso racional da água. Haverá ainda o plantio de 200 árvores e cerca de 3 mil arbustos e trepadeiras. A obra está orçada em R$ 10,5 milhões e será custeada pela Sabesp, que também ficará responsável pela manutenção e segurança do parque após ser aberto ao público. A previsão de inauguração é agosto de 2014.
No total, o terreno da Sabesp tem cerca de 37 mil m² e abriga também um escritório operacional da Companhia, que será mantido no local, dividido da área do futuro parque. O local tem ainda um dos maiores reservatórios de água da América Latina, de onde são bombeados 14 mil litros de água por segundo e que continuará em atividade após a implantação do parque. “É o mais importante distribuidor de água da cidade de São Paulo”, destacou Alckmin.
Sobre o antigo terreno da Esso…
Durante a coletiva de imprensa, a reportagem da Folha questionou o governador sobre a área de 100 mil m², na rua Barão de Monte Santo, também na Mooca, que abrigou uma distribuidora de combustíveis da Esso Brasileira de Petróleo e teve o solo e as águas subterrâneas contaminados. O terreno está em fase final de remediação, monitorado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), e foi adquirido por uma construtora, mas, a comunidade pleiteia a implantação de um parque público. A Mooca é um dos bairros mais áridos de São Paulo.
Alckmin respondeu que a prioridade é fazer parques em áreas públicas, do próprio Estado. Como exemplo, ressaltou que além da área da Sabesp na Mooca, outros três espaços da Companhia, em Cangaíba, Butantã e Pinheiros, também serão transformados em parques. Mesmo assim, Alckmin se comprometeu a levar o caso para o secretário estadual do Verde e Meio Ambiente, Bruno Covas.
Desde maio, foi constituída a comissão “Por um Parque Verde na Mooca” que reúne diversas entidades, movimentos sociais e moradores da região. O objetivo do grupo é mostrar às autoridades a importância da área para o futuro do bairro e cobrar uma ação efetiva. Neste domingo, dia 25, a partir do meio-dia, acontece um piquenique na rua Francisco Cipullo, esquina com a rua Barão de Monte Santo (leia mais na página 9). Moradores sentarão no asfalto com suas cestas para protestar pela área verde. Na ocasião também deve ocorrer um abraço simbólico do local.