Com os constantes congestionamentos na avenida Anhaia Mello, cada vez mais as ruas secundárias da região são utilizadas por caminhoneiros como rota de fuga para acessar a avenida do Estado, sentido ABC, gerando muitos transtornos aos moradores destas vias, que, na sua grande maioria, não estão preparadas para receber o trânsito de carretas. Este é o caso da rua Barão de Tramandaí, na Vila Alpina. A comunidade perdeu a conta de quantos fios já foram estourados por caminhões.
“As casas trepidam o dia inteiro. Já ficamos sem telefone, sem Internet e sem energia por causa dessas carretas. Elas são muito altas e a fiação é baixa. Já reclamamos da situação na Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Eles vieram aqui e quando estavam na rua flagraram um caminhão estourando os fios. Falaram que iam resolver o problema, mas nunca mais voltaram”, comenta o morado José Ribeiro.
Segundo a população, a maioria dos veículos de grande porte que passa pela rua é de uma empresa que presta serviço para uma montadora de automóveis em São Caetano do Sul. “Como a região está sempre com muito trânsito, eles cortam por aqui para acessar a ponte que liga ao ABC, que cai direto nessa montadora. Acho que a CET tinha que proibir a passagem de carretas na rua, que é totalmente residencial”, destaca José Ribeiro.
Já a moradora Elizete de Freitas também ressalta que os caminhões trafegam em alta velocidade. “O limite de velocidade da rua é 30 km/h e eles passam muito acima disso. A via é em declínio e conta com lombadas em apenas um trecho. Os caminhoneiros se aproveitam e descem em alta velocidade. Como a via não tem nenhuma lombada eletrônica ou faixa de pedestres fica difícil para os moradores conseguirem atravessar a rua. É muito perigoso”, completa Elizete.
A reportagem questionou a CET sobre a situação, mas até o fechamento desta edição o órgão não se pronunciou.