Na semana passada a Folha mostrou o grave acidente envolvendo o motociclista Davi Augusto Moura Sanches, de 32 anos, atingido por um carro que realizava ultrapassagem pela contramão na rua Dianópolis, na Mooca, no último dia 5. Apesar de ter passado por cirurgia e sobrevivido às primeiras 48 horas após o acidente, consideradas as mais críticas pelos médicos; Sanches sofreu uma hemorragia na terça-feira, dia 11, e faleceu no hospital Santa Casa, no Centro.
O motociclista, que trabalhava com eventos e turismo, era morador da Quinta das Paineiras, na Vila Prudente, e estudou em dois tradicionais colégios locais, o João XXIII e o São Miguel Arcanjo. Sanches também era filho de uma conhecida família da região. A mãe, Silvana Moura Sanches, tem uma corretora de seguros também na Quinta das Paineiras. O pai, o advogado Domingos Sanches, foi um dos fundadores da Folha, foi diretor do Círculo dos Trabalhadores Cristãos de Vila Prudente e é conselheiro do Clube Atlético Juventus.
O pai do motociclista se mostrou indignado com o fato de o boletim de ocorrência ter sido elaborado como acidente culposo, quando não existe a intenção. “É uma dor enorme perder um filho, ainda mais desta forma. Ainda é muito cedo para sabermos o que vamos fazer, mas um sujeito que entra na contramão assume o risco de causar um acidente. Ele não pode ser indiciado culposamente. O inquérito deveria ser elaborado de forma dolosa. Já que ele assumiu esse risco conscientemente. Se for pego dirigindo embriagado você é indiciado por dolo ao volante. Agora, se entra na contramão para não ficar parado no trânsito, não assume um risco? Isso tem que ser revisto”, comentou Domingos Sanches.
O velório de Davi aconteceu no cemitério de Vila Alpina, durante a manhã e a tarde da quarta-feira, dia 12. Por volta das 15h, o cortejo, com centenas de amigos e familiares, seguiu para o crematório de Vila Alpina.
Missa
A missa de sétimo dia pela morte de Davi está marcada para segunda-feira, dia 17, às 19h30, na paróquia de Santo Emídio, no Largo de Vila Prudente.
Amor ao Corinthians
Davi era membro da torcida Gaviões da Fiel, do Corinthians, há cerca de 20 anos. Não perdia um jogo da equipe, mesmo fora do estado ou do país. Também participava do time de futebol e dos desfiles da agremiação. Após o acidente, a Gaviões realizou uma campanha de doação de sangue para Sanches.
Muitos membros da torcida estiveram presentes no velório, inclusive diretores e ex-presidentes, e depois seguiram o cortejo, que foi a pé do cemitério ao crematório de Vila Alpina. Antes de o caixão de Davi ser levado para a sala de cerimônia de cremação, os torcedores cantaram como última homenagem o samba do grupo Fundo de Quintal: “A amizade. Nem mesmo a força do tempo irá destruir. Somos verdade. Nem mesmo este samba de amor pode nos resumir. Quero chorar o seu choro, quero sorrir seu sorriso… Valeu por você existir amigo”.
Vizinhança reclama de local do acidente
O motorista do Honda Fit, que colidiu frontalmente com a moto de Davi, informou à polícia que vinha pela Dianópolis, sentido bairro, e entrou na pista contrária para ultrapassar uma carreta que estava na sua frente realizando manobra para entrar na empresa Votorantim Siderúrgica, situada na altura do número 1.280 da via.
Moradores de um condomínio residencial do trecho relataram à Folha que a situação é recorrente no local. “O portão da empresa está em um ângulo que dificulta a entrada dos caminhões e os caminhoneiros acabam invadindo a contramão durante a manobra para entrar. Isso ocorre o dia todo e ninguém faz nada. Muitos motoristas apressados acabam ultrapassando essas carretas pela pista contrária mesmo”, ressalta Ricardo Augusto Bedore, que reside no condomínio em frente à empresa. “Já fizemos várias reclamações na Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Agora estamos organizando um abaixo-assinado para entregar ao órgão de trânsito para ver se conseguimos algum resultado”, completa o morador.
A reportagem questionou a Votorantim Siderurgia e a empresa, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que “não aprova, em hipótese alguma, as práticas citadas e que irá reforçar a orientação aos funcionários e prestadores de serviço quanto à completa obediência às leis de trânsito, tomando providências em relação aos que insistirem em não respeitar as orientações”.
Também questionada, a CET não se pronunciou sobre o caso até o fechamento da edição.
🙁 Não poderia deixar aqui registrado não só a minha revolta , mas de todos nós moradores, cidadãos dessa comunidade!
Qualquer imprudência no trânsito seja ela qual for se assumi o risco de ferir ou matar ……até quando nossas leis continuarão tão brandas?????
Meu pesar aos familiares desse jovem que tive o prazer de conviver.
O neguinho Davi foi meu aluno no Colégio São Miguel. Arcanjo, só guardo ótimas lembranças, ele fazia parte da turma de estudos da minha filha Daniela hoje casada com Nelson kurgan Jr. Me lembro como fosse hoje quando esteve em minha casa com a sua turma para uma reunião em família, a gente passou por momentos agradáveis. Descanse em paz neguinho.
O Davi foi um grande amigo desde a infância, passará anos e não vou entender o motivo ou a razão đeste acidente. O rapaz que cometeu este crime é um assassino, e vai ter que pagar por isso
Vá com Deus meu amigo
Saudades do meu grande cunhado! Ele faz parte da nossa família e da minha irmã.
ele foi uma pessoa demais. Eternamente Saudades Davi! Nunca esquecemos até hoje. e mora em nosso coração.
Descansa em Paz, meu nego!
Agora tenho o meu segundo filho chama Davi.