O projeto de tornar a Vila Zelina temática como bairro do Leste Europeu não será levado adiante. Conforme a Folha mostrou nas últimas edições, a proposta estava gerando muitas controvérsias. A decisão da interrupção foi anunciada na tarde do sábado, dia 11, durante reunião promovida pela diretoria da Associação dos Moradores e Comerciantes de Vila Zelina (Amoviza), na Igreja Batista Boas Novas. A importância do encontro para a comunidade lituana, que vinha contestando a iniciativa da Amoviza, pode ser medida pela presença da consulesa geral da Lituânia, Laura Guobužaitė, e do cônsul honorário Francisco Ricardo Blagevitch.
Logo no início do debate, os diretores da entidade admitiram que o projeto vinha causando muito desconforto na região e que após reunião interna da Amoviza, optou-se pela paralisação da tematização – que ainda não contava com qualquer tipo de apoio oficial do poder público. O encarregado de anunciar a decisão foi o vice-presidente Antonio Viotto Netto. “A história da Vila Zelina foi preponderantemente formada por lituanos, não há como negar”, afirmou.
Viotto explicou que a Amoviza vai seguir nas lutas comunitárias, buscando melhorias para o bairro. Também garantiu que a grande festa anual de aniversário da Vila Zelina será mantida, assim como a feira de artesanato promovida periodicamente aos domingos na rua Monsenhor Pio Ragazinskas.
Em seguida, o representante da comunidade lituana, Tomas Butrimavicius, fez uma apresentação audiovisual fundamentando os motivos pelos quais diversos grupos lituanos se posicionaram contra a proposta de tematização – entre eles, o fato da Lituânia não ser considerada um país do Leste Europeu, ao contrário de outras etnias que também estão representadas na Vila Zelina. “A expressão ‘O bairro lituano
O cônsul Blagevitch pediu que a Amoviza formalize oficialmente aos órgãos do poder público a desistência do projeto e também solicitou que nas próximas eleições da entidade, a comunidade lituana tenha uma vaga na diretoria. No final da reunião, ele e o presidente da Amoviza, Victor Gers Jr., deram um aperto de mão e um abraço para selar o fim da discórdia.
Entenda o caso:
Comunidade lituana afirma que a história da Vila Zelina não está sendo respeitada
AMOVIZA afirma que projeto para o bairro não diminuiu a história dos lituanos
Esperada reunião sobre a tematização da Vila Zelina termina em discórdia
Mais uma vez deparo com a intolerãncia e o egoísmo do ser humano, explorado e catalisado por mídias regionais, fruto de um receio pessoal de alguns escribas ante a opinião pública minoritária de um grupo divergente de famílias de ascendência báltica. Infelizmente quem perderá com tudo isso será toda uma comunidade, pois entendi que parte desse projeto seria também para coibir uma verticalização desenfreada da região. Resta a pergunta no ar : “Será que Tematizar Leste Europeu não pode, mas, Lituano pode ?! ” Concordo 100 % com o manifesto publicado por esta associação sob o slogan “A Vila Zelina é de Todos Nós” . É, parece que a comunidade e o bairro realmente tem um dono……
Prezado sr. Luis, protestar assim é muito cômodo, por quê o senhor não participou das reuniões feitas sobre o assunto e expôs a sua opinião perante todos? Não houve intolerância nem tão pouco egoísmo, tudo foi realizado de maneira clara e democrática. É óbvio que a Vila Zelina é de todos, assim como ela é também, de fato e de direito, o bairro dos lituanos da cidade de São Paulo. Chega de ranços e rancores, entenda, por favor, que o mais sagrado aconteceu: a justiça triunfou.
Parece que escribas de algumas mídias por suas ânsias de posse da opinião regional e por vaidades pessoais deram ganho de causa parcial e por pressão de uma minoria, porém , cometeram grandes erros com as demais comunidades de imigrantes do leste europeu que constituem a região como áquelas que também não fazem parte deste . Aliás, “Vila Zelina, o bairro lituano de São Paulo” ?! É brincadeira de alguém que não tem noção…..Interessante alguém afirmar de que não faz parte do “leste europeu” e nos sites de suas entidades escreverem o contrário . Estive na reunião e vi a contradição. Estranho e contraditório, não é ? Isto me lembra as aulas de biologia quando nos ensinaram a definição da palavra “parasitismo”, onde um ser utiliza o outro para seu benefício exclusivo e próprio. O que estes querem mesmo é tentarem tomar posse de algo já pronto e trabalhado por outros. Que Vergonha….