A luta de mais de 10 anos da Folha e da comunidade para a criação de um parque municipal no terreno de cerca de 100 mil m² entre as ruas Barão de Monte Santo e Vitoantonio Del Vechio, na Mooca, ganhou mais um preocupante capítulo. Nesta semana, a Cosan, empresa que comprou os direitos da Esso no Brasil, confirmou ao jornal que concretizou a venda da área no final do ano passado.
A ideia da Construtora São José, nova proprietária do terreno, seria construir um condomínio residencial no local, que foi utilizado por seis décadas pela Esso como depósito de combustíveis e desde 2002 passa por processo de descontaminação do solo e das águas subterrâneas, supervisionado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB. O órgão recebe semestralmente o laudo dos trabalhos no terreno, que até então eram realizados pela Cosan.
Na semana passada, inclusive, a CETESB informou que a descontaminação da área encontrava-se em fase de monitoramento da qualidade das águas subterrâneas.
Desde o encerramento das atividades da Esso no local, a Folha, junto a políticos locais e membros da comunidade, batalha para conseguir transformar o terreno em um parque para a população, além de melhorar a oferta de verde na região. A Mooca tem atualmente o menor índice de área verde por habitante da cidade.
Porém, em 2002, a própria Esso informou que tanto o solo, como as águas subterrâneas do terreno, estavam contaminadas. Por conta disso, foi firmado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a empresa, o Ministério Público e a CETESB, para definir a descontaminação do local. Entretanto, mais de 10 anos se passaram e o processo ainda não foi concluído.
Em nota enviada ao jornal informando a venda do terreno, a Cosan ressaltou que “o comprador do terreno assumiu toda e qualquer obrigação ambiental referente ao imóvel, bem como garantiu que manterá a Cosan totalmente indene de qualquer obrigação ambiental relativa ao citado terreno”.
Questionada pela reportagem sobre a compra do terreno, o processo de descontaminação e o projeto da construtora para o local, a São José não se pronunciou até o fechamento desta edição.
A Folha também procurou o vereador Adilson Amadeu (PTB), que criou um projeto de lei, vetado em 2008 pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD), para a criação do parque no local, mas a assessoria do edil informou que ele não poderia falar sobre a venda, já que ele mantinha contato com a Cosan e nunca conversou com a São José.
Também indagada sobre a possibilidade da desapropriação da área para a criação do parque, a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente não se pronunciou.
Abaixo-assinado
O Movimento Mooca Verde, criado por moradoras do bairro, pretende lutar junto à Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente para que a área seja desapropriada.
“Conversamos com o secretário, Ricardo Teixeira (PV), que também é da Mooca, e ele ressaltou que tem a intenção de pedir a desapropriação do terreno para a criação do parque. Essa também é a nossa intenção e estamos organizando um abaixo-assinado virtual para que isso se torne realidade”, explica a advogada Adriana Zveibil e a jornalista Veronica Cassavia Diogo, fundadoras do movimento.
O abaixo-assinado virtual encontra-se no endereço www.peticaopublica.com.br/?pi=MoocaPar. Mais informações no site www.moocaverde.com.br ou na página www.facebook.com/MoocaVerde.
Parabéns a FOLHA VP por praticar um jornalismo atuante, em defesa da nossa comunidade.Moro no Pque.São Lucas, mas adoro a Mooca, por isso fico triste em saber que o Bairro é o menor em área verde per capita.Por isso, torço para que esse terreno vire um belo parque para alegria de todos nós, seria isso uma utopia ¿ …
Este povinho, merece os políticos que votaram, continuem assim elegendo os “promessinhas de sempre”, que para serem eleitos vendem até a mãe.
Jesus ! Não se pode construir locais fechados e moradia num terreno desses ! Um parque, por ser ao ar livre, seria o ideal para todos ! A Prefeitura vai deixar acontecer no local a mesma coisa que ocorreu no Shopping Center Norte e no Cingapura das imediações ! Estão colocando ambição e lucro acima de tudo !
infelizmente o povo vota nesses canalhas de vereadores que ganhao milhoes de votos e promete resolver os problemas da regiao e a hora que o povo mais precisa eles somem chega de promesa e vamos trabalhar seus vagabundos, e tem mais ja estao votando na camera novo aumento salarial, esse terreno ja tem mais de dez anos que o povo luta por uma area de lazer na regiao, estamos carente de area verde e esses deputados e vereadores nao faem merda nenhuma, esse tal adilson amadeu e o seu ricardo teixeira eles querem mais que o povo se exploda, a maioria e tudo corrupto, de repente essa empreiteira manda uma grana pra eles ai eles dao um jeito e logo e construidos varios predios no local, e um vai pro adilso amadeu e outro pro ricardo teixeiro caso encerrado, e tem mais aquela area de laser que seu alkimin prometeu na inauguraçao da estaçao vila prudente do metro, que hoje virou um deposito de material do metro da vila mariana, cade os nossos vereadores, deputados, que nao fizeram nada ate agora, bom estamos de olho, tudo isso e uma vergonha.
Como sempre a Folha VP participando ativamente das lutas da nossa comunidade!! Muito obrigada pela força!
Contamos com vcs.
Grande abraço,
Adriana Zveibil e Veronica Diogo
Movimento Mooca Verde
Moro em um predio em frente ao terreno e não vejo vegetação nenhuma … crescer nesse tempo todo.
Será mesmo que esta descontaminado????
Amigos, caso essa venda realmente se concretize, é bom a Construtora São José saber que estaremos em frente ao seu stand de vendas para tornar público e alertar aos possíveis compradores sobre o risco que estarão correndo ao fixar residência num local contaminado, sujeito a doenças e até explosões por gases aprisionados pela construção no subsolo. Vamos melar as vendas da construtora !!! Avanti popolo !!!!!!!!!! 😆