Embora precise bastante do apoio da torcida em casa, já que a campanha na série A-2 do Campeonato Paulista não é boa, o Juventus enfrentou o Santacruzense na tarde da última quarta-feira, dia 13, com os portões fechados. Os torcedores que tentaram ir à Javari para empurrar a equipe grená deram com a cara na porta. Reprovado na vistoria da Federação Paulista de Futebol ocorrida na sexta-feira, dia 8, o estádio Conde Rodolfo Crespi foi interditado. O que mais causou indignação é que os torcedores não foram avisados. Nenhum comunicado foi divulgado pelo clube antes da partida.
“Fui, sou e sempre serei juventino, mas, nunca imaginei que passaria por esta situação. Foi um grande desrespeito com o torcedor. Várias pessoas ficaram aglomeradas do lado de fora, entre elas, crianças e muitos idosos. Me senti envergonhado”, declarou o ex-vice-presidente do clube, Francisco Romanucci, que é assíduo frequentador da Javari. “Nosso time é fraco e apenas o apoio da torcida em casa pode representar uma força a mais. Infelizmente ignoraram isso. Muitas pessoas da atual direção são inexperientes e não souberam lidar com o problema”, completou.
Antes do início da partida na quarta-feira, torcedores que se deparavam com os portões trancados ligaram para o jornal em busca de esclarecimentos. A reportagem procurou, através da assessoria, a diretoria que não soube informar com exatidão o motivo da interdição. Somente com a bola rolando e a torcida já dispersada, o advogado do clube, Wilson Marchetti, conversou com a reportagem. De acordo com ele, a Promotoria de Justiça do Consumidor solicitou à Federação Paulista de Futebol uma vistoria no estádio, que ocorreu na sexta-feira, dia 8. Ainda segundo Marchetti, na ocasião, o Batalhão de Choque da Polícia Militar exigiu laudos técnicos de certificação de engenharia, que não estavam disponíveis no momento da vistoria e ocasionaram a interdição do estádio. “Como isso ocorreu em uma sexta-feira, véspera de carnaval, ficou tudo mais difícil. Corremos atrás das documentações e tentamos agendar outra vistoria para a manhã da quarta-feira, antes da partida, o que não aconteceu em razão de vários órgãos voltarem a trabalhar apenas depois do meio dia”, explicou o advogado.
Somente depois da partida o clube divulgou em seu site a seguinte nota: “O Clube Atlético Juventus informa que a partida entre Juventus e Santacruzense não teve a presença de público porque não houve tempo hábil para a vistoria do 2° Batalhão de Choque, responsável por constatar se as exigências determinadas pelo Ministério Público de São Paulo foram devidamente cumpridas. Ressaltamos que a referida vistoria, segundo informação fornecida pela Federação Paulista de Futebol, será realizada na sexta-feira, dia 15. Comunicamos ainda que a Diretoria Executiva não divulgou oficialmente a interdição do estádio da Rua Javari, ocorrida na última sexta-feira de carnaval, dia 8, da qual o clube apenas tomou conhecimento às 16h30 daquele dia, porque acreditava que, após todos os esforços realizados durante os dias carnavalescos, o estádio seria liberado até o início da partida da quarta-feira, dia 13”.
A Folha pediu mais esclarecimentos à Federação Paulista, que não se pronunciou até o fechamento desta edição.
Gostaria de saber quais as medidas e criterios foram utilizados para a interdicao pois ao lado parede com parede onde funcionava a escola Montessori no predio conhecido como Marina Crespi, ha uma invasao de pessoas que a cada dia cresce mais com o consequente aumento de barracos no espaco pondo em risco inclusive a vida de todos sem contar com o aumento de lixo que todos os dias eles lancam na calcada inviabilizando a passagens das pessoas que por ai circulam, muito interessante!!!