Segundo vereador mais votado nas eleições municipais de São Paulo, Andrea Matarazzo (PSDB) esteve na Vila Prudente na tarde do último dia 15. Apesar de não ser um político com bases locais, obteve bastante apoio nas urnas dos eleitores da região e quer retribuir a confiança. Ele foi recebido pelo presidente do Círculo de Trabalhadores Cristãos e da Folha, Newton Zadra, e também por representantes do maior grupo de terceira idade do bairro. Matarazzo falou sobre os projetos que pretende defender para esse público e também sobre a delicada situação da Câmara Municipal, cuja maioria esmagadora dos vereadores é aliada ao governo municipal.
“Isso é deletério para a democracia e para a cidade. É uma vergonha para São Paulo ter uma Câmara dessa”, afirmou. “Sem oposição, o prefeito fará o que quiser. O papel da Câmara não é esse. Além de legislar, nossa função é fiscalizar. Apesar de estar em minoria, vou criticar duramente o que assim exigir. Não vou fazer picuinhas. Montei um gabinete técnico, com especialistas em urbanismo e orçamento para me fornecerem dados. Vamos ter a votação do Plano Diretor da cidade e quero estar na Comissão de Urbanismo. Também é necessário acompanhar atentamente o orçamento porque já diz muito sobre a diretriz do governo”, explica.
Matarazzo defende o envelhecimento produtivo da população (leia abaixo artigo do vereador sobre o assunto) e promete cobrar políticas públicas para a terceira idade. “Estou aberto para sugestões. Também pretendo conversar com médicos e outros especialistas para saber o que realmente pode ser feito”, comenta. “Uma proposta é a criação de espaços, conveniados com a Prefeitura, onde o filho que cuida dos pais idosos e precisa trabalhar, possa deixá-los durante o dia. São como as creches para as crianças. Esses centros teriam programações especiais, atividades e cursos como informática. Minha mãe aprendeu a mexer no computador aos 79 anos, hoje está com 82 e o domina melhor do que eu”, ressalta.
O vereador se colocou à disposição para batalhar pela urbanização da Favela de Vila Prudente. Também destacou que encaminhou ofício ao prefeito Fernando Haddad pedindo que ele revogue a lei de maio de 2012 (de Gilberto Kassab) que concedeu um terreno na Luz de 4 mil m², avaliado em aproximadamente R$ 20 milhões, para o Instituto Lula. “Defendo que naquele espaço, que é público, seja construída uma creche”, afirma. Na Câmara, Matarazzo propôs a criação da Frente Parlamentar de Saúde Mental e Combate à Dependência Química. “Sou favorável à internação compulsória. O pai que descobre a dependência do filho, vai interná-lo para se tratar. O grande problema dessas pessoas que estão pelas ruas é que não contam mais com o apoio da família. O poder público não pode se omitir também. Quando fui subprefeito da Sé conheci de perto o drama na Cracolândia”, destaca Matarazzo que apesar da dura batalha que terá pelos próximos quatro anos, acredita que o aprendizado como vereador será muito útil no futuro. “Quero ser prefeito de São Paulo”, avisa.
É realmente lamentável o partido do governo ter a maioria na casa. Isso é o que acontece na ALESP e tem permitido ao governo do PSDB, desde 1994, barrar toda e qualquer CPI que pudesse investigá-lo. Dessa forma, é fácil parecer honesto http://brasilpensador.blogspot.com.br/2013/02/com-texto-livre-tucanos-castram.html